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Mostrando postagens de maio, 2015

A BÍBLIA COMO ORÁCULO

Tenho observado com tristeza a multiplicação, nas igrejas, dos irmãos que têm usado a Palavra de Deus como um oráculo da sorte, como se fosse um tipo de “astrologia divina”, onde a cada dia, escolhem, ao acaso, um versículo bíblico, e ao lê-lo, normalmente isoladamente, o interpretam, quase sempre fora de contexto, e o tomam como sua “sorte” do dia. Textos isolados Para maior infelicidade, algumas igrejas estimulam tal prática ao produzirem uma espécie de caixa de mensagens, repletas de versículos isolados da Palavra de Deus, e distribuírem entre seus membros. Infelizmente, alguns irmãos pensam sinceramente que dessa forma estão estudando a bíblia e alguns chegam até mesmo a decorar alguns versículos, mormente aqueles mais “sorteados” em suas consultas diárias. No entanto, será que tal procedimento atende à repreensão do Mestre ao dizer: “errais não conhecendo as escrituras?” será que a bíblia foi escrita para que a usássemos como um brinquedo de sorte? O apóstolo Timóteo, em

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE VIGIAR E ORAR

É bem conhecido o trecho bíblico onde Jesus, no Getsêmani, quando estava prestes a ser preso, disse a Pedro: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. ( Mt. 26.41 ). Em textos anteriores já falamos um pouco sobre oração, agora quero me ater no ato de vigiar, ordenado aqui pelo Senhor. Notemos que quando Jesus pronunciou tais palavras ele havia levado a Pedro e os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João) ( Mt. 26.37 ) ao monte para orar ao Pai. Se afastou dos discípulos e orou ao Senhor, pedindo para que, se possível, o livrasse da morte em cruz. Ao voltar à presença dos discípulos os achou dormindo e então repreendeu-os dizendo: “Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. ( Mt. 26. 40-41 ). Vigiar Os evangelistas Mateus e Marcos, ao narrarem esse episódio utilizaram, no grego, a palavra γρηγορέω , que significa manter-se atento em algo, manter-se em vigilância, manter-se desperto. Embora, em um sentido direto, Jesus es

STATUS QUO DA SALVAÇÃO

Tenho observado ultimamente como a pretensa certeza da salvação tem levado a muitos irmãos estagnarem na fé, no estudo da Palavra de Deus, e, até mesmo, na própria vida cristã. Sem querer entrar no debate teológico sobre se podemos ou não perder a nossa salvação após nos convertermos, pois, isso exigiria um estudo longo e complexo, que não é o objetivo desse post, quero ao menos refletir um pouco sobre a dinâmica da salvação. Independentemente de nossas convicções teológicas sobre as garantias de salvação, uma coisa é evidente: Ela jamais pode nos levar a letargia e a inércia. Talvez, ainda influenciados pela imagem medieval de um céu monótono, onde os santos viveriam em passiva beatitude, alguns irmãos parecem crer que, após adquirir a salvação por meio do batismo, devem passar o resto de suas vidas em uma estagnação quase mórbida e se limitam a frequentar cultos sem, contudo, se envolver com a Palavra de Deus. Crer e ser batizado Ao afirmar “quem crer e for batizado será sal

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