Quando
estava próximo de ser traído e capturado, Jesus, em uma conversa com seus
discípulos passa a consolá-los em virtude do que estaria por vir. Em certo
momento da conversa o Mestre afirma: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso
farei, a fim de que o Pai seja glorificado no filho”. (Jo. 14.13)
Essa
afirmação de Cristo, tem sido, muitas vezes, mal interpretada por algumas
pessoas.
Iludidos
com a chamada “Teologia da Prosperidade”, alguns pensam que Jesus estava nesse
momento afirmando que podemos pedir o que desejarmos e seremos atendidos,
bastando, para isso, incluirmos em nosso pedido o Seu Santo nome.
De
acordo com essa lógica, se ao pedirmos, sucesso, fama, um novo relacionamento,
um carro, uma casa, ou qualquer coisa do gênero, seremos prontamente atendidos,
desde que ao formularmos tal pedido incluamos o nome de Jesus.
Pedir em nome de Jesus
Embora,
o Senhor, seja, de fato, dono de toda prata e todo ouro (Ag. 2.8) e
inegavelmente sempre deseja o melhor para seus filhos, o texto de Jo. 14.13 não
tem esse significado.
Ao
analisarmos todo o contexto onde tal afirmação de Jesus foi feita, veremos que
o Mestre estava consolando seus discípulos e os preparando para a missão futura
deles: divulgar a boa nova. Cristo não se referia a pedidos pessoais e
egoísticos, mas a pedidos que se referissem a Sua obra na terra.
Outro
ponto importante é que durante toda sua obra missionária em nenhum momento
Jesus rogou ao Pai pela prosperidade material de alguém, muito pelo contrário,
seus ensinamentos sempre se referiam a não nos preocuparmos com o que iríamos
comer ou vestir (Mt. 6.25), ao jovem rico aconselhou-o a vender tudo o que
tinha e doar aos pobres (Mt. 19.21), considerava tolo aquele que se preocupava
em guardar bens e não guardava a própria alma (Lc. 12.20) e Zaqueu, que era
rico, tocado pelo poder e pela verdade das Palavras do Mestre, decidiu dar
metade de tudo que tinha aos pobres (Lc. 19.8).
Como,
pois, queremos glorificar o Pai no filho fazendo o oposto do que Ele fez quando
estava no meio de nós?
Para
compreendermos o que Jesus quis dizer com aquela afirmação, observemos Mt. 7. 21-23
e percebamos que não basta incluir o nome de Jesus em nossas ações para que
elas sejam automaticamente abençoadas.
No
texto referido, Jesus afirma que naquele dia muitos dirão que profetizaram,
expulsaram demônios e curaram em Seu nome (v. 22), mas Jesus responderá que
nunca os conheceu e ordenará: “Apartai-vos de mim, os que praticais a
iniquidade” (v. 23). O Mestre afirma, ainda, que aquele que faz a vontade do
Pai é que entrará no reino dos céus (v. 21).
A vontade do Pai
Qual
é então a vontade do Pai? O próprio Jesus esclarece em Jo. 6.39 quando diz que
a vontade de Deus é que nenhum daqueles que o Senhor o deu se perca, mas que
sejam ressuscitados por Ele no último dia, pois o Senhor não tem prazer na
morte do pecador e deseja que ele se converta de seus caminhos e viva. (Ez.18.23), ou seja, a vontade do Pai é que todos se salvem.
Bem
sabemos que o caminho que leva a salvação é Cristo, é crer nEle (Jo. 11.26) é
estar com Ele de todo o coração (1Jo.2.6).
Se
voltarmos ao capítulo 14 do Evangelho de João veremos no versículo 21 que Jesus
afirma que aquele que guarda Seus mandamentos é o que o ama e é a este que
Cristo se manifestará.
...o nome de Jesus não é uma senha que abre a porta da prosperidade, do sucesso ou do amor...
Dessa
forma, compreendemos que os pedidos a que Jesus se refere em Jo. 14.13, e que
serão atendidos, são aqueles que estão de acordo com os Seus mandamentos de
amar a Deus de todo coração, toda alma e todo entendimento e ao próximo como a
si mesmo. (Mt. 22.37-39).
É
evidente que podemos, eventualmente, fazer pedidos pessoais ao Senhor, mas
devemos entender e aceitar que nem todos serão atendidos, pois Ele é quem sabe
o que deseja para nós (Jr. 29.11) e seus pensamentos são muito mais elevados
que os nossos (Is. 55.8-9).
Não
queiramos, pois, rebaixar o nome de Deus a um oráculo mágico ou amuleto da
sorte, pois dessa forma estaremos, sim, usando o nome do Senhor em vão e,
certamente Ele não nos considerará inocentes (Ex. 20.7).
Busquemos,
em nossos pedidos ao Pai, satisfazer a vontade dEle muito mais do que a nossa,
pois Ele mesmo nos recomendou a buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça (Mt.6.33) e nos ensinou a orar rogando para que se faça a Sua vontade (Mt. 6.9-13).
Compreendamos,
portanto, que o nome de Jesus não é uma senha que abre a porta da prosperidade,
do sucesso ou do amor, mas o caminho que leva à salvação.
Gostou
desta postagem? Comente, compartilhe, recomende. Utilize os botões abaixo para
postar esse texto em sua rede social, colocar em seu blog ou enviar por e-mail
para seus amigos. Ajude a divulgar a Palavra de Deus.
Parabéns pela mensagem. Deus o abençoe. Muito me edificou. Deixo-lhe estes 2 versos de Habacuque 3.
ResponderExcluir17 Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;
18 Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.
Amém irmão. Toda honra e toda glória ao Senhor. Deus continue abençoando e cobrindo de Sua Graça a você e a toda sua família.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário irmão e pelos versos de Habacuque 3, de fato é isso que Deus espera de nós, muito bem citado,
Como é bom compartilharmos a Palavra de Deus, não é?
Um forte abraço. Fique na Paz.