Conhecereis
a verdade, e a verdade vos libertará (Jo. 8.32), disse Jesus. Mas o que é a
verdade? Foi exatamente essa pergunta que fez Pilatos quando interrogava Jesus,
mas que, infelizmente para ele, não aguardou para ouvir a resposta do Mestre.
(Jo. 18.38).
Porém,
nós ainda podemos ouvir a resposta do Senhor quando diz: “Eu sou o caminho, e a
verdade e a vida” (Jo. 14.6).
Ele
também é o pão da vida (Jo. 6.35), e não é coincidência que nasceu em Belém que
em Hebraico se escreve בית לחם (Bethlehem) e que traduzido literalmente significa casa do pão.
Jesus e o Pai são um, Ele é o próprio Deus (Jo.10.30). O Apóstolo João afirma que Ele, Jesus, é o verbo que se fez carne e
habitou no meio de nós (Jo. 1. 14). O Apóstolo Paulo afirmou que, embora fosse
igual a Deus, por amor a nós, se esvaziou e se humilhou assumindo forma de
homem para morrer por nós (Fp. 2.7-8). João Batista o chamou de cordeiro de
Deus (Jo. 1.29), Pedro O declarou filho do Deus vivo (Mt. 16.16).
Quem é Jesus?
Muitas outras descrições existem na Palavra de
Deus a respeito da pessoa de Jesus, no entanto Ele próprio afirmou que
errávamos por não conhecer as escrituras nem o poder de Deus (Mt. 22.29) e
recomendou que examinássemos as escrituras, pois elas testificam de Cristo (Jo.5.39).
De fato, encontramos em todo o Antigo Testamento
(as escrituras às quais Jesus se referia eram os livros do que hoje conhecemos
como Antigo Testamento) relatos de profecias sobre a chegada do Messias, que é
Jesus. Paulo chega a afirmar, escrevendo aos gálatas, que as escrituras
serviram de guia para nos conduzir a Cristo (Gl. 3.24).
Porém, nós, cristãos, conhecemos a Cristo? Como
conhecermos a Jesus se relutamos em “examinar as escrituras” e, dessa forma,
ficamos sem tomar conhecimento do testemunho a Seu respeito?
Em virtude de nossa própria acomodação
permanecemos sujeitos a todo vendo de doutrina, sendo jogados de um lado para o
outro e, por que não dizer, usados, pela astúcia de homens que nos induzem ao
erro (Ef. 4.14).
Dessa forma, passamos a crer e a conhecer tão
somente um Jesus da prosperidade, como se o Senhor fosse um Coaching do sucesso
financeiro, profissional ou amoroso. E, em troca desse suposto “treinamento
celestial” para os resultados de alto nível, abarrotamos cofres de igrejas mal
orientadas com o fruto do nosso suor em busca da ilusão do êxito fácil.
Porém, perguntamos: em que ensinamentos, parábolas
ou orações Jesus nos orienta a procurar a prosperidade? Ele mesmo nasceu em um
local humilde e durante sua vida não acumulou bens, ao contrário, chegou a
afirmar que o filho do homem não tinha nem um local para recostar a cabeça (Mt.8.20).
O Seu Reino
Em seus ensinamentos afirmou que o Seu reino não
era desse mundo (Jo. 18.36), recomendou-nos a buscar primeiro o reino de Deus e
a Sua justiça (Mt. 6.33), aconselhou-nos a ajudar aos pobres (Lc. 18.22),
criticou a ganância (Lc. 12. 13-21) e, até mesmo, nos indicou a procurar os
últimos lugares e não os primeiros (Lc. 14.7-10) e asseverou que aquele que
quer ser grande que seja o mais humilde (Mt. 20.26-27). E ainda podemos citar o
fato de que Jesus nem mesmo foi casado.
De onde vem, então, a pregação da busca
ensandecida pela prosperidade financeira, profissional ou amorosa? Por que
temos visto tantos templos, que deveriam estar cultuando ao Senhor e pregando a
Sua Palavra, tornando-se num balcão de barganha com Deus? Mas será que Deus
barganha bênçãos?
Busquemos conhecer, então, o verdadeiro Jesus, aquele que nos ensinou a ser pescadores de almas...
Se conhecermos as escrituras veremos que aquele
que busca troca de favores é Satanás, pois foi uma barganha que ele propôs a
Jesus quando O tentou no deserto (Mt. 4.8-9).
Deus dá suas bênçãos a todos liberalmente (Tg. 1.5)
chegando a oferece-las a justos e injustos (Mt. 5.45) e, como Deus não muda (Ml.3.6), logo sabemos que não é a Deus que estamos servindo quando buscamos uma
igreja unicamente para alcançarmos bênçãos.
Deus não pode dar-nos prosperidade? Claro que sim,
pois dEle é todo ouro e toda a prata e tudo o que há no mundo (Ag. 2.8) ele é
contra a riqueza? De forma alguma, pois, ela pode vir de Deus e, sendo assim, é
uma benção (Ec. 5.19) e o amor é dom de Deus e Ele mesmo fez homem e mulher
para ser uma só carne (Gn. 2.24).
Se for de Sua soberana vontade nos dar essas
coisas, elas virão, no entanto, quando colocamos alguma delas à frente da busca
sincera, com inteireza de coração (2Rs. 20.3), pelo Senhor, estaremos buscando
servir a Deus e a Mamon (Lc. 16.13), estamos colocando outros deuses a sua
frente (Ex. 20.3) e, tal qual os povos pagãos da antiguidade, estaremos nos
curvando diante de ídolos de barro.
Busquemos conhecer, então, o verdadeiro Jesus, aquele
que nos ensinou a ser pescadores de almas (Mt. 4.19), não de bens, que nasceu
de um carpinteiro e sua esposa, que seguiu a profissão do pai, aquele Jesus em
quem não se achava beleza alguma e nem parecia importante (Is. 53.2-3), mas que
era o filho unigênito de Deus (Jo. 3.16).
Lembremos que o próprio Jesus, asseverou que para
conhecermos a verdade e ela nos libertar, necessitamos permanecer em Suas
Palavras. (Jo. 8. 31).
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