Se
observarmos a história humana perceberemos que a existência de pessoas pobres
no mundo é um fato muito antigo e remonta ao tempo dos patriarcas bíblicos.
A
verdade é que a partir do momento que o homem passou a viver em sociedade, a
pobreza, de uma forma ou de outra, passou a existir. Antes mesmo de surgir a
figura do dinheiro como o conhecemos, ainda antes do tempo do escambo, já havia
pessoas menos favorecidas.
A história nos conta que, nos tempos antigos, o homem rapidamente percebeu que era mais prático dominar clãs vizinhos menores e mais frágeis, e tomar-lhes seus alimentos e bens do que andar por vastos caminhos em busca de comida. Com isso, o clã derrotado, quando permanecia vivo, passava a viver em uma situação, guardada as devidas proporções, similar ao que hoje chamamos de pobreza.
A história nos conta que, nos tempos antigos, o homem rapidamente percebeu que era mais prático dominar clãs vizinhos menores e mais frágeis, e tomar-lhes seus alimentos e bens do que andar por vastos caminhos em busca de comida. Com isso, o clã derrotado, quando permanecia vivo, passava a viver em uma situação, guardada as devidas proporções, similar ao que hoje chamamos de pobreza.
Na
Bíblia encontramos, no livro de Gênesis, capítulo 10, o relato sobre Ninrode
que “começou a ser poderoso na terra” (Gn. 10.8) ele era valente caçador e
fundou diversas cidades (Gn. 10. 10-12). O fato das Escrituras destacarem o
poder de Ninrode denota que havia na terra pessoas menos poderosas que ele, ou
seja, menos abastadas para as condições da época.
A pobreza na sociedade
Os
sistemas sociais se sucederam, porém, a distribuição de bens nunca foi
igualitária, por vezes mudavam de mãos, mas o poder e as riquezas, de alguma
forma, sempre estiveram concentradas em torno de alguns em detrimento de
muitos.
Alguns
pensadores antigos como Karl Marx, talvez até bem-intencionados, imaginaram um
sistema social supostamente capaz de enxergar todos como iguais, mas o que
aconteceu no comunismo foi o surgimento daqueles que eram considerados “mais
iguais”.
O
sistema social em que hoje vivemos, chamado por alguns de “capitalismo
selvagem” é, de fato, tão cruel que sua lógica fundante inclui absurdos como a
necessidade da existência de guerras sazonais para que vastas regiões possam
ser destruídas afim de que a sua reconstrução sirva como ponto de sustentação
de corporações que movimentam e alimentam o capital.
A origem da pobreza
Mas
de onde surgiu a pobreza? Por que, apesar de tamanho desenvolvimento das
tecnologias, da medicina, da ciência, do conhecimento e da produção de bens e
alimentos ainda observamos em pleno século XXI tantas desigualdades? Por que,
não obstante a existência de incontáveis organizações de assistência social no
mundo, a miséria humana ainda é tão facilmente encontrada?
A
resposta está na Palavra de Deus que nos esclarece que foi o pecado o produtor dessa
degradação da criação na terra. (Gn. 3.17-19).
Percebamos
que o relato bíblico nos demonstra que a criação na terra, após o pecado, entra
em um processo de deterioração, o homem se afasta de Deus (Gn. 3.10), tem
reduzida a sua expectativa de vida (Gn. 6.3) e passa a comer carne (Gn. 9.3).
A pobreza e as desigualdades sociais existem porque são consequências da deterioração da criação na terra causada pelo pecado...
Uma
vez que o pecado foi o que gerou as grandes desigualdades sociais e a miséria,
fica fácil perceber que tais desigualdades só serão extirpadas por completo da
vida humana quando o Senhor voltar para governar sobre nós. Antes da volta de
Cristo sempre conviveremos com dor e sofrimento, com miséria e exploração,
porque, como bem sabemos, o mundo jaz no maligno (1Jo. 5.19).
O
Senhor nos revela essa verdade no capítulo 15 do livro Deuteronômio, quando
diz: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra” (Dt. 15.11).
Jesus,
ao ouvir a indignação dos discípulos contra Maria que havia lhe ungido a cabeça
com óleo fino disse-lhes: “os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem
sempre me tendes” (Mt. 26.11).
A
pobreza e as desigualdades sociais existem porque são consequências da
deterioração da criação na terra causada pelo pecado, dessa forma, não obstante
a boa intenção das organizações sociais, dos voluntários e de doadores de
recursos ela não será eliminada por completo antes da volta de Jesus, pois sabemos
que assim como o pecado veio por um homem (Adão), também por um homem (Jesus)
vem a salvação (Rm. 5.15).
É inútil tentar ajudar?
Isso
significa que não devemos nos importar com a miséria alheia? Que devemos
ignorar a pobreza? Que não devemos praticar a caridade? Que devemos tão somente
aguardar que Jesus venha e tire os sofredores da dor? Que qualquer ajuda nossa
é inútil?
De
forma nenhuma, se voltarmos ao mesmo capítulo 15 de Deuteronômio veremos que,
após dizer que sempre existirão pobres na terra, a Palavra de Deus diz: “eu te
ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o
pobre na tua terra” (Dt. 15.11).
Deixar
de ajudar ao irmão, quando podemos, é não amar, e quem não ama não conhece a
Deus (1Jo. 4.8).
A
Palavra de Deus é uma palavra de esperança, portanto, mesmo sabendo que seremos
constantemente afligidos por testemunharmos a dor alheia sem, por vezes,
podermos aliviá-la, ela nos dá a garantia de que quando o Senhor voltar e nos
resgatar não haverá mais pecado, nem dor, nem sofrimento, nem miséria (Ap. 21.1-5).
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