A JUSTIÇA DE DEUS - PARTE 2

Na Primeira Parte deste Estudo falamos sobre os conceitos que normalmente temos sobre justiça de modo geral e sobre justiça divina. Abordamos também o fato de que a Justiça de Deus possui, na verdade, vários aspectos, alguns que nos sãos revelados nas Sagradas Escrituras e outros ainda ocultos para nós.

Neste post buscaremos entender como a justiça do Senhor também tem relação com o cumprimento das promessas de Deus e como esse fato se torna um poderoso fundamento de nossa fé no Senhor.

Como foi falado no texto anterior, a justiça de Deus possui diversos aspectos que estão revelados na Sua Palavra. Além dos já estudados, outro aspecto revelado que é de fundamental importância para nós, encontramos no relato do batismo de Jesus.

O batismo de Jesus

Quando Jesus foi ao rio Jordão para ser batizado por João Batista, este não queria fazê-lo pois dizia: “Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? ” (Mt. 3.14), ao que Jesus respondeu: “Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. ” (Mt. 3.15).

Percebamos que Jesus não está falando aqui de alguma regra moral, ou de algum princípio ético, que João Batista precisaria cumprir nem mesmo está falando de retidão ou verdade. Jesus se refere ao cumprimento da vontade e da promessa de Deus.

Bem sabemos que o Antigo Testamento está repleto de profecias que anunciam o nascimento de Jesus. A vinda de Cristo era uma promessa de Deus ao povo judeu.

Ao lermos os evangelhos percebemos também que em diversos momentos Jesus revela que determinados atos Ele praticava para que se cumprisse o que estava escrito nas profecias das Sagradas Escrituras sobre Ele.

Nesse momento, em que João batiza a Jesus, assim foi feito para que se cumprissem as profecias a respeito de Cristo, e o Senhor chamou a esse cumprimento de justiça. Notemos então que o cumprimento de uma profecia ou de uma promessa de Deus, também é uma manifestação da Sua justiça.

Uma vez que sabemos que Deus não muda (Ml. 3.6), entendemos que ainda hoje essa característica existe, ou seja, se temos uma promessa de Deus em nossa vida, o cumprimento de tal promessa é a própria justiça de Deus em ação.

A promessa de Deus

Ora, se a promessa de Deus em nossa vida não fosse cumprida então não haveria a justiça de Deus e, por conseguinte, Deus teria sofrido uma mudança e consequentemente deixaria de ser Deus, o que é absurdo.

Neste ponto está um forte fundamento para que tenhamos a certeza, a plena convicção de que toda e qualquer promessa feita por Deus para nós será indubitavelmente cumprida, do contrário Deus deixaria de ser Deus. E o que vem a ser esta plena certeza e convicção, senão a fé? (Hb. 11 1), sem a qual, aliás, é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6).  

Reflitamos então como é profunda e abrangente a justiça de Deus e estejamos sempre prontos para colaborar com ela...

Da mesma forma, precisamos também nos colocar sempre disponíveis para cumprir a promessa do Senhor. No relato do batismo de Jesus, João Batista não se achava capaz de cumprir aquela missão, mas Jesus o encorajou.

Se o Senhor nos encarrega de alguma atividade, por mais difícil ou incompreensível que pareça busquemos executa-la com alegria no coração, pois certamente estaremos colaborando para o cumprimento de Sua soberana vontade e, possivelmente, de alguma promessa do Senhor, sendo assim, estaremos, em última análise, contribuindo para a manifestação da justiça de Deus na terra.

Reflitamos então como é profunda e abrangente a justiça de Deus e estejamos sempre prontos para colaborar com ela, crendo firmemente, proclamando-a e cumprindo-a.

Encerramos aqui este rápido estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos corações.

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