Muitos
podem ser os motivos das perdas que eventualmente ocorrem em nossas vidas:
imprudência em nossos atos, imperícia em nossas atividades, nosso pecado, as
consequências naturais de um mundo que jaz no maligno (1Jo. 5.19) ou até mesmo
o plano de Deus.
É
evidente que o Senhor não é o causador de nossos males nem de nossas perdas,
pois bem sabemos que em Deus não há treva alguma (1Jo. 1.5) e que nEle somos
mais que vencedores (Rm. 8.37), porém Ele pode permitir que algum dano ou
alguma perda suceda em nossa vida para que dela resplandeça a vitória e o Seu
nome seja glorificado uma vez que tudo coopera para o bem daqueles que amam a
Deus (Rm. 8.28).
A história de José
Vejamos
a história de José para que possamos exemplificar essa verdade: José, filho de
Jacó com Raquel (Gn. 35.24) a quem amava (Gn. 29.18), havia sido vendido aos ismaelitas
por seus próprios irmãos, pois estes tinham inveja dele em virtude de ser muito
amado de seu pai (Gn. 37.3) e por ter José tido sonhos reveladores que anunciavam
a honra que ele haveria de alcançar (Gn. 37.5-11).
José
foi vendido pelos ismaelitas como escravo a Potifar, comandante da guarda do
Faraó Egípcio (Gn. 39.1). Por ter percebido que o Senhor era com José (Gn.39.3), Potifar o nomeou mordomo de sua casa e lhe deu poder sobre tudo o que
tinha de tal forma que ele mesmo não era maior do que José na casa (Gn. 39.6-9).
Percebamos
que para José, que por muito pouco não foi morto por seus próprios irmãos (Gn.37.18-21), foi jogado dentro de uma cisterna (Gn. 37.24) e vendido como escravo
em uma terra estranha (Gn. 39.1), o ter se tornado homem próspero (Gn. 39.2) e
administrador de todos os bens do comandante da guarda do Faraó, era de fato
uma grande conquista.
No
entanto, por ser um homem de boa aparência (Gn. 39.6), José foi desejado pela
mulher de Potifar (Gn. 39.7). Mas José era fiel a Deus, e também a Potifar e
recusou as insistentes investidas da esposa de seu senhor para, com ele,
cometer adultério (Gn. 39.8-10).
Ora,
aos olhos humanos pode parecer que, José que já era abençoado por Deus, após
uma atitude de tamanha fidelidade, deveria ser ainda mais agraciado de bênçãos pelo
Senhor e ser ainda mais coberto de honrarias pelo comandante da guarda de
Faraó.
No
entanto, O Senhor permitiu que a mulher de Potifar acusasse a José injustamente
e ele foi preso. Após ter conquistado a simpatia do comandante da guarda do
Faraó egípcio, ter se tornado um homem próspero e poderoso na casa de Potifar,
perdeu tudo o que havia alcançado e foi parar na prisão. Parece algo injusto; e
da parte dos homens de fato foi injusto, porém não da parte de Deus.
A justiça de Deus
Aquilo
que pareceu injusto na verdade era apenas a manifestação dos pensamentos que o
Senhor tinha a respeito de José, porque os pensamentos dEle são mais altos que
os nossos (Is. 55.9).
Ainda
na prisão José alcançou simpatia do carcereiro (Gn. 39.21-23). No cárcere, José
recebeu revelação de Deus (Gn. 40.8) e interpretou os sonhos do copeiro-chefe e
do padeiro-chefe de Faraó que haviam sido presos (Gn. 40. 9-19) e, de fato tudo
ocorreu como José havia revelado (Gn. 40.20).
José
ainda passou mais dois anos na prisão (Gn. 41.1) até que, para que
interpretasse um sonho de Faraó que nenhum dos seus magos e sábios conseguiam
interpretar (Gn. 41.8), foi retirado da masmorra (Gn. 41.14).
Ao
interpretar adequadamente os sonhos de Faraó, o filho amado de Jacó, demonstrou
a sabedoria daqueles que são fiéis ao Senhor, pois bem sabemos que o temor a
Deus é o princípio da sabedoria (Pv. 1.7).
...assim nos ensinou que no conforto da prosperidade ou nas dificuldades da prisão devemos ter o nosso foco no olhar de Deus...
Impressionado
com tamanha sabedoria e reconhecendo ter José o Espírito de Deus (Gn. 41.38-39),
Faraó nomeou-o governador sobre toda a terra do Egito e apenas no trono Faraó
seria maior que ele nas terras egípcias (Gn. 41.40-44).
Os
planos de Deus para José eram muito maiores do que a administração da casa de
Potifar, o Senhor o queria governante geral da terra mais rica daqueles tempos.
Mas para isso José precisaria sair da casa do comandante da guarda, precisava
perder todas aquelas comodidades e passar pelas dificuldades da prisão. José
precisava demonstrar sua fidelidade a Deus independentemente das condições e
demonstrar que aqueles que O amam tudo podem pois Ele os fortalece (Fp. 4.11-13).
José
perdeu para ganhar porque Deus permitiu dessa forma e assim nos ensinou que no
conforto da prosperidade ou nas dificuldades da prisão devemos ter o nosso foco
no olhar de Deus e não no nosso que só é capaz de ver a aparência (1Sm. 16.7) e
termos a certeza que é Ele que possui os planos corretos para atingirmos o fim
que desejamos (Jr. 29.11).
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