Um fato interessante ocorre nos
relatos dos evangelistas a respeito das aparições de Jesus após ser
crucificado: Ele só apareceu para aqueles que O seguiam.
Antes da crucificação Jesus
esteve em muitas cidades anunciando a chegada do Reino de Deus, ensinando,
pregando o arrependimento, curando corpos e almas em todos os lugares, porém
após ressuscitar apenas seus seguidores tiveram a benção de vê-lo outra vez.
Esse fato pode sugerir aos
incrédulos que os relatos das aparições de Cristo após sua morte na cruz tenham
sido criados de maneira fantasiosa por alguns de seus discípulos, no entanto a
própria história da Bíblia, a tradição cristã, a coincidência entre os relatos
e tantos outros fatores revelam que tudo de fato aconteceu.
Para ver a Glória de Deus
A verdade é que para ver o Filho
de Deus em Sua Glória é preciso querer vê-lo verdadeiramente, pois Ele está a
porta e bate (Ap. 3.20) mas é preciso querermos ouvir a Sua voz e abrir a porta
do nosso coração.
O texto grego do versículo 14 do
capítulo 1 do evangelho de João demonstra sutilmente esse fato através da voz
verbal utilizada quando o evangelista escreve: “e vimos a sua glória”. O texto
diz o seguinte: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e
de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. ” (Jo.1.14).
Na língua grega antiga havia três
vozes verbais, a voz ativa e a voz passiva (como na língua portuguesa) e a voz
média. As vozes ativa e passiva na língua grega antiga possuem propriedades
semelhantes às da língua portuguesa, porém a voz média embora, assim como a voz
ativa, indique que o sujeito é o agente da ação, inclui o componente da vontade
do sujeito, ou seja, na voz média o sujeito não executa a ação do verbo apenas
por executar, ele não faz por fazer, ele pratica a ação do verbo porque teve
vontade de fazer, desejou fazer aquilo.
O texto grego de João
No caso do texto de João o verbo
utilizado é ἐθεασάμεθα
(Etheassámetha - ver – na voz média) indicando que aqueles que viram a glória
do unigênito do Pai não foram aqueles que estavam lá eventualmente, aqueles que
estavam na terra quando Jesus esteve entre nós, ou aqueles que ouviram falar
dos milagres e apenas por curiosidade foram até onde Cristo estava. Os que
viram a Glória de Deus em Cristo foram o que creram e desejaram verdadeira e
ativamente ver a Sua Glória.
Jesus ainda pode surgir em nossa vida, basta para isso querermos verdadeiramente a Sua presença.
O texto de João então ficaria
assim se expressássemos o sentido do verbo grego utilizado pelo evangelista: “E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos
(porque quisemos, desejamos verdadeiramente ver) a sua glória, glória como do
unigênito do Pai. ”
Buscai e achareis (Mt. 7.7),
disse Jesus. Buscai o SENHOR enquanto se pode achar (Is. 55.6), alertou o
profeta Isaías. Ainda podemos encontrar a Cristo. Jesus ainda pode surgir em
nossa vida, basta para isso querermos verdadeiramente a Sua presença. Não
apenas O louvamos com lábios mantendo longe dEle nosso coração (Is. 29.13), mas
nos tornando amigos de Cristo buscando fazer sempre a Sua vontade (Jo. 15.14).
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