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O CORDEIRO DO SACRIFÍCIO

A Bíblia nos conta que Deus fez a promessa a Abraão de dar-lhe uma descendência numerosa, reafirmou essa promessa por diversas vezes e depois de certo tempo a cumpriu. Abraão viu o cumprimento da promessa divina quando talvez ninguém mais acreditasse que ela fosse possível pois já estava da idade de 100 anos (Gn. 21.5). 

A provação de Abraão


Porém, Deus, quando Isaque, o filho fruto do cumprimento da promessa divina, ainda era um jovem rapaz, pediu a Abraão que o sacrificasse em holocausto sobre um monte. O texto bíblico diz: “Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei” (Gn. 22. 1-2). 

Quão grande é esse amor que dá o seu único filho em sacrifício para que nós, corrompidos pelo pecado, não sejamos sacrificados.

Gn. 22.8
O relato bíblico continua dizendo que Abraão levantou-se de madrugada preparou tudo levou seu filho consigo e foi até ao monte indicado por Deus. Lá construiu um altar colocou a lenha onde lançaria o fogo, colocou seu filho amado amarrado sobre a lenha e quando, de posse do cutelo, estava pronto para imolar seu próprio filho, fruto da promessa e do seu amor por Sara, Deus o chamou e disse: “Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. ” (Gn. 22.12) e o texto bíblico continua relatando que “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. ” (Gn. 22.13).
Esse relato das Escrituras Sagradas além de demonstrar a imensa fé que possuía Abraão, é também uma personificação do sofrimento vicário de Jesus. 

A personificação de Jesus


Percebamos que Abraão era aquele homem de quem descenderia muitas nações (Gn. 17.4), Deus é o criador de toda a humanidade; Isaque era o único filho legítimo de Abraão e Sara, Jesus é o filho unigênito do Pai; Isaque era quem seria queimado no fogo, mas Deus providenciou de fato o cordeiro para aquele holocausto e evitou o sacrifício do filho de Abraão (Gn. 22.8, 13); Nós é que herdaríamos a morte em virtude do pecado (Gn. 2.17; Rm. 6.23) mas Deus providenciou um cordeiro para ser sacrificado por nós: seu próprio filho unigênito (Jo. 3.16).
Cristo já vem sendo anunciado desde as primeiras letras do Antigo Testamento, Ele era o verbo presente na Criação e desde lá já havia o plano salvífico de Deus para nós porque Ele nos amou primeiro (1Jo. 4.19).
Quão grande é esse amor que dá o seu único filho em sacrifício para que nós, corrompidos pelo pecado, não sejamos sacrificados. O apóstolo Paulo afirma que “Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm. 5.7-8). É muito difícil que alguém fosse capaz de dar sua própria vida para salvar outro, mesmo que esse outro fosse um justo, mas Jesus fez muito mais que isso: Deu sua própria vida por nós que somos pecadores.
Nos arrependamos agora de nossas iniquidades ao menos para que não se acumule também sobre elas o pecado da profunda ingratidão. 
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