É bem conhecido no meio cristão o
fato de que a salvação de um indivíduo não se dá em virtude de suas obras, de
sua bondade, religiosidade, caridade ou de qualquer atitude que possa tomar ou
ação que possa executar mas ela vem em virtude da graça de Deus, do Seu
infinito amor por nós. Talvez o texto bíblico em que essa verdade está mais
explícita encontramos na carta do apóstolo Paulo aos efésios onde ele diz: “Porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não
de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef. 2.8-9).
Salvação por meio da fé
No entanto algumas pessoas
parecem não atentar para que Paulo afirma que a Graça de Deus nos salva
mediante a fé e, portanto, é preciso sim uma atitude nossa para a consumação da
nossa salvação. De fato, como vivemos sob uma aliança (a Nova Aliança consumada
em Jesus) temos também obrigações a cumprir para que esse compromisso entre
Deus e nós continue válido. A respeito das obrigações envolvidas em uma Aliança
eu comento na postagem do nosso Blog intitulada ALIANÇA E COMPROMISSO COM DEUS.
Ao entendermos que para nossa
salvação nos é requerido que tenhamos fé nos deparamos com o texto de Tiago que
afirma: “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem
obras é morta.”. (Tg. 2.26).
A fé expressa em obras
Portanto, embora a salvação não
se dê em virtude de obras humanas, mas pela exclusiva Graça de Deus, a fé pela
qual a salvação é consumada em nossa vida exige a execução das boas obras.
Porém, não executamos boas obras para que tenhamos fé, na verdade quando temos a
verdadeira fé as boas obras tornam-se uma consequência natural. Ao contrário do
que pensaram os primeiros calvinistas que julgaram ser a prosperidade um sinal
da eleição do indivíduo por Deus, se há de fato algum sinal da eleição de Deus
esse será a execução natural e sincera das boas obras.
...e compreendemos que a falta da prática do bem nos afasta de Deus e, como consequência, da salvação
A razão clara para esse fato
encontramos no capítulo 4 da carta de Tiago onde esse apóstolo afirma: “Portanto,
aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tg.4.17). Ora, se entendemos que ao deixarmos de fazer o bem quando podemos
fazê-lo é pecado então recorremos ao texto de Isaías que diz:” Mas
as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos
pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Is. 59.2) e
compreendemos que a falta da prática do bem nos afasta de Deus e, como
consequência, da salvação.
A falsa fé
Dessa forma é fácil entendermos
que aquela “fé” que se contenta em sentar no banco da igreja para ouvir a
pregação buscando apenas a consolação pessoal ou a “fé” que busca a erudição
bíblica apenas pelo prazer do conhecimento na verdade não passam de egoísmo e
vaidade.
É bom lembrarmos do questionamento
que Deus nos faz no Salmo 50 “De que te serve repetires os meus preceitos e
teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas
as minhas palavras?” (Sl. 50. 16-17) e da afirmação clara que encontramos na
carta de João quando diz: “aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode
amar a Deus, a quem não vê.” (1Jo. 4.20b).
Que obras tem produzido a tua fé?
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