Quando o Senhor disse a Moisés: “Vai,
sobe daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito
da qual jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a darei.”
(Ex. 33.1), uma única coisa pediu insistentemente Moisés: “Se a tua presença
não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” (Ex. 33.15).
A face de Deus
A palavra hebraica que é
traduzida por “tua presença” na versão bíblica utilizada aqui (ARA) é פניך )Panicha)
que significa tua face, tu mesmo, você mesmo. Isso significa que Moisés não se
referia a algum tipo de presença mística ou subjetiva do Senhor, algum tipo de
sensação de Deus estar com ele e o povo, mas pedia a presença da próprio Deus
no meio deles. Ele foi tão enfático nesse pedido que disse que preferia
permanecer ali onde estava, no deserto, a ir à terra prometida desacompanhado
do Senhor.
Moisés sabia bem a importância de ter o próprio Deus conosco quando temos um objetivo a alcançar, quando precisamos cumprir uma missão. Jesus nos disse que sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5). Moisés já conhecia essa verdade.
Porém esse não era o único motivo
que levava o legislador hebreu a clamar pela presença da pessoa de Deus no meio
do povo: “Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu
povo? Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu
e o teu povo, de todos os povos da terra?” (Ex. 33.16).
O andar com Deus
Moisés queria ter a certeza que
durante todo o caminho permaneceria no caminho certo, no caminho que agradava a
Deus, “...como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu
povo?”, diz Moisés. Como saberemos nós que o que estamos fazendo de fato agrada
a Deus, essa é uma pergunta que todos nós cristãos deveríamos fazer, pois
muitas vezes nos preocupamos mais com o que nós queremos do que com o que Deus
quer, muitas vezes queremos guiar nossos caminhos baseados mais no que nós
achamos justo do que naquilo que é justo para Deus. E quando a isso as Escrituras
Sagradas nos alerta que “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá
em caminhos de morte.” (Pv. 14.12).
Nos separarmos da idolatria do EU e adorarmos o único e verdadeiro Deus amando-o sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos...
Mas o próprio Moisés nos dá a
resposta desse questionamento: “Não é, porventura, em andares conosco, de
maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra?” (Ex.
33.16). O andar com Deus nos torna separados do senso comum, nos torna
diferentes do vulgo. Porém essa separação não é advinda de uma atitude
prepotente de querer isolar-se de todos os pecadores, pois do contrário
teríamos, como nos alerta o apóstolo Paulo, de sair do mundo (1Co. 5.10).
O andar com Deus nos torna
separados do regozijo no pecado, da hipocrisia de apontar nos outros pecados
que nós mesmos possuímos, do pecado da intolerância, da prepotência, do
orgulho, do egoísmo, da falta de amor. Nos separarmos da idolatria do EU e
adorarmos o único e verdadeiro Deus amando-o sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos, essa é, nas relações humanas, a separação que o andar com
Deus proporciona e que devemos desejar. Qualquer outra é divisão e como tal tem
sua origem no Diabo.
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