Jesus, após ressuscitar, apareceu aos discípulos que, com medo dos judeus que os perseguiam, estavam reunidos em uma casa (Jo. 20.19). Ao saudá-los com a paz os discípulos tiveram medo, pois achavam tratar-se de um espírito (Lc. 24.37). Após confirmarem tratar-se mesmo do Senhor, Jesus lhes disse: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.” (Jo. 20.21). Em seguida fez uma ação simbólica de profundo significado e valor real: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo. 20.22).
O Sopro de Deus
Jesus, nesse ato, repete a ação
de Deus Pai ao criar o homem; “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da
terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma
vivente.” (Gn. 2.7).
É evidente que os discípulos
ainda possuíam, assim como todos nós, o fôlego de vida que Deus havia soprado
nas narinas de Adão, porém Jesus estava simbolicamente completando a missão
para o qual encarnou: Dar a eles (e a nós) uma nova vida.
...o receber o Espírito não era apenas uma questão de honraria, não era para que ostentassem uma suposta posição espiritual superior.
O apóstolo João escreve: “Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo. 3.16). Jesus, ao
soprar sobre seus discípulos naquele momento estava simbolizando a efetiva
realização dessa missão que havia se completado com sua morte e ressurreição. “Pois
assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último
Adão, porém, é espírito vivificante.” (1Co. 15.45), assim escreve o apóstolo
Paulo. Jesus ao soprar sobre seus discípulos dando-lhes o Espírito Santo estava
vivificando suas vidas.
O Receber
Mas é importante salientar que se fazia necessária também uma atitude dos discípulos para de fato serem vivificados: receber o Espírito. Jesus O ofertava, mas não O impunha. Cristo está à porta e bate, mas é preciso que alguém abra a porta para que Ele possa entrar e cear (Ap. 3.20). Recebei o Espírito Santo, diz Jesus. Já havia chegado a hora de Ele ofertar o Espírito, pois antecipadamente já havia anunciado: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo ). enviarei.” (Jo. 16.7).
Após a crucificação os discípulos
se encontravam desanimados (Lc. 24. 13.21), com medo (Jo. 20.19), incrédulos
(Jo. 20.25), de volta à rotina. Embora tivessem acompanhado o Mestre,
presenciado Seus milagres e ouvido Sua palavra, era necessário que recebessem o
Espírito para que de fato houvesse uma transformação íntima e se tornassem
novas criaturas (2Co. 5.17).
Porém é importante também saber
que o receber o Espírito não era apenas uma questão de honraria, não era para
que ostentassem uma suposta posição espiritual superior. Jesus diz: “[...] Assim
como o Pai me enviou, eu também vos envio.” (Jo. 20.21). Eles recebiam o
Espírito para realizarem a obra do Senhor.
Ao recebermos o Espírito Santo O
recebemos para cumprirmos uma missão: Ir por todo o mundo e pregar o evangelho
a toda criatura. (Mc. 16.15), porém não apenas pregar com palavras, mas,
sobretudo, com ações, comportamento, com a própria vida sempre lembrando do
padrão que Paulo nos revelou quando escreveu: “[...] fazei tudo para a glória
de Deus.” (1Co. 10.31).
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