Quero abordar hoje uma afirmação
que encontramos na Carta aos Hebreus a respeito da qual precisamos ter muita
atenção a fim de não nos confundirmos. No capítulo 4, versículo 15 lemos: “Porque
não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”
(Hb. 4.15).
Encontramos afirmação semelhante
no capítulo 2 da mesma carta: “Por isso mesmo, convinha que, em todas as
coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo
sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados
do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso
para socorrer os que são tentados.” (Hb. 2.17-18).
Por se tratar de um tema
relativamente complexo proponho um estudo em duas partes a serem publicadas nas
postagens do blog Preceitos de Fé. Iniciemos então com uma análise minuciosa
desses textos:
Sumo Sacerdote
Em ambos os textos, dentre outras
coisas, o escritor está dando ênfase à posição de Jesus como Sumo Sacerdote eterno
que substituiria de uma vez por todas a posição existente na religião judaica
da época do sumo sacerdote humano que era responsável pela realização dos
sacrifícios em favor do povo.
Porém a Expiação de Cristo nos substitui da pena de morte com a qual já nascemos que provém do pecado original.
Dessa forma o escritor diz que
para nos fazer Deus propício por meio de Seu sacrifício, Ele se tornou semelhante
a nós (Hb. 2.17), sendo tentado em todas as coisas, assim como nós, porém sem
cometer pecado (Hb. 4.15) e em virtude disso é poderoso para socorrer os que
são tentados (Hb. 2.18).
No entanto, é importante
entendermos que quando o escritor diz que Jesus foi tentado em todas as coisas
não está querendo dizer que Ele sofreu todos os tipos de tentações às quais os
seres humanos estão expostos, do contrário Cristo não teria feito outra coisa
na vida a não ser sofrer tentação.
O Pecado
Jesus foi tentado e venceu o
pecado da raça, que em essência é o fundamento de todas as categorias de
pecados que vemos na história humana. Não fosse assim Seu sacrifício também nos
livraria da pena de todo e qualquer pecado que inventássemos nos dias atuais.
Porém a Expiação de Cristo nos substitui da pena de morte com a qual já
nascemos que provém do pecado original. A essa origem pecaminosa se refere Davi
em seu Salmo, quando diz: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu
minha mãe.” (Sl. 51.5).
Para entendermos melhor o que chamei de “pecado da raça”, precisaremos entender o mecanismo da tentação utilizada contra Eva e também o da utilizada por Satanás contra Jesus, somando-se às análises das duas situações veremos as palavras do evangelista João a respeito das concupiscências, e dessa forma entenderemos que em ambos os relatos se trata da mesma essência de tentação.
Sendo assim, nos encontramos na
próxima postagem do blog Preceitos de Fé para compreendermos mais profundamente
o tema. Então até lá.
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