Muitas vezes nos perguntamos como
nos libertarmos do pecado, na verdade esse é um questionamento de todo cristão
sincero, pois bem sabemos que todos nós temos pecado (1Jo. 1.8).
Durante a Idade Média, alguns
religiosos acreditavam que a libertação do pecado estava relacionada com a
penitência e a ela entendiam como a mortificação do corpo praticando, muitas
vezes, a automutilação afim de evitar a queda. Conta-se inclusive que Orígenes,
hoje conhecido como um dos pais da igreja, decepou o próprio órgão sexual para
tentar evitar a tentação.
A verdade é que esses esforços
humanos não funcionam. Em primeiro lugar porque nossa natureza é corrompida
pelo pecado, que surgiu em nós, segundo o relato bíblico, a partir da primeira desobediência lá no Éden, de forma
que devemos sim lutar contra nosso pecado, mas sabendo que somente nos
libertaremos plenamente dele quando estivermos na Graça com Cristo. Em segundo
lugar, nossos esforços são frustrados porque normalmente utilizamos uma
metodologia baseada em iniciativa negativa ao invés de positiva.
Veja, quando buscamos nos
libertar do pecado nos preocupamos apenas em “tirar” ele de nós, nos livrarmos
dele e raramente pensamos em substituirmos ele por algo bom. Nosso combate
contra o pecado assim é na verdade uma fuga, não o enfrentamos, não o
derrotamos, não o destronamos para colocar Cristo em seu lugar.
É inútil lutarmos sozinhos contra a degeneração da nossa natureza.
Jesus falando aos escribas e
fariseus disse: “Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos
procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa
donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então,
vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando,
habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro.
Assim também acontecerá a esta geração perversa.” (Mt. 12. 43-45). Da mesma
forma se buscamos retirar o pecado de nós sem substituí-lo pela fé e pela
Palavra de Deus deixaremos a nossa casa vazia e ainda que consigamos expulsar o
pecado logo ele estará de volta pior do que era antes.
A melhor forma de retirarmos o ar
de dentro de uma garrafa é enchê-la com alguma coisa. A melhor forma de
retirarmos o pecado de nossa vida é preenchê-la com Jesus. Por isso Paulo
escrevendo aos filipenses disse: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor
existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fp. 4.8).
O apóstolo Tiago escreve: “Sujeitai-vos,
portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg. 4.7). Precisamos
resistir ao diabo, mas antes, nos sujeitarmos a Deus, ou seja, estarmos com Ele
em nossas vidas e fazemos isso quando a Sua palavra está em nós. É o diabo quem
precisa fugir de nós e não nós que precisamos fugir desesperadamente das suas
armadilhas, porque só não perderemos a batalha contra o pecado quando
preenchermos a nossa vida com Jesus, pois nEle somos mais que vencedores (Rm.
8.37)).
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