Normalmente
as culturas ocidentais, diferentemente de algumas culturas orientais, tomam o
momento da morte como uma ocasião de muita dor, sofrimento e tristeza.
A dor da perda
De
fato, quando se trata da partida de um ente querido a saudade e a sensação de
ausência da pessoa amada costuma nos trazer muita angústia. No entanto, para
nós cristãos, em que pese a sensação quase inevitável da saudade, a morte de
uma pessoa querida poderia ser encarada de uma outra forma.
Sabemos
que enquanto Cristo não voltar a morte é inevitável (Ec. 3.19-20), sabemos
também que a morte é um sono até a volta do Senhor (Sl. 13.3; Ec. 9.5),
portanto ela, em si mesma, não causará sofrimentos futuros para quem passou por
ela. No entanto o que pode vir a provocar dor futura em quem partiu é a forma
como tal pessoa viveu. Se nada podemos fazer para evitar a morte de quem
amamos, muito podemos para tentar prepara-la para tal momento.
Se a
pessoa querida e nós já conhecemos a Cristo e andamos como Ele andou (1. Jo.2.6) teremos a certeza de que no Dia do Senhor nos reencontraremos felizes. Se
tal pessoa ainda não conhece a Jesus, podemos lhe apresentar o Senhor e
estaremos contribuindo para tornar o momento da morte apenas uma passageira
separação.
Ocorre
que quando o sinistro acontece com alguém que amamos, sobretudo se é com uma
pessoa jovem ou mesmo criança, costumamos estremecer na fé, questionar a Deus
sobre o porquê de ter nos tirado aquele alguém, ou até mesmo, loucamente,
blasfemar contra o Senhor.
Embora
nos dias atuais, em que o mundo jaz no maligno (1Jo. 5.19), muitas mortes sejam
provocadas pelo próprio falecido, em virtude do uso de drogas, álcool (que
também é uma droga), violência e outros desvios de conduta, algumas vezes a
pessoa que passa pela morte sucumbe vítima do fortuito, e nesse momento o fato
se nos apresenta como uma injustiça, e é aí que mais questionamos os planos de
Deus.
O amor de Deus
No
entanto, devemos compreender que o Senhor não encara a morte como nós, e na
visão de Deus a morte pode ser uma benção.
Em
2Rs. 22 encontramos a história do rei Josias, filho do rei Amon, filho do rei
Manassés. O texto bíblico nos informa que Josias, assumiu o reino com oito anos
de idade (2Rs. 22.1) e que ele fez o que era reto perante o Senhor, andou no
caminho de Davi e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda (2Rs.22.2).
No
décimo oitavo ano de seu reino, após ter purificado toda a Judá e a Jerusalém
(2Cr. 34.3-7), o rei decide reparar a Casa do Senhor. Durante os preparativos
para a obra o sumo sacerdote Hilquias achou, na Casa, o Livro da Lei (2Rs.22.8).
Safã
leu aquele livro dado por intermédio de Moisés (2Cr. 34.14) para o rei Josias,
e este, tendo ouvido aquelas palavras rasgou suas vestes (2Rs. 22.11) e ordenou
que se consultasse ao Senhor sobre aquele livro (2Rs. 22.13)
O senhor sabe o que nos aguarda no futuro, que sofrimentos estão em nosso caminho, que tentações, os riscos que passaremos...
Os
enviados do rei consultaram, então, a profetisa Hulda (2Rs.22.14) e o Senhor
falou por seu intermédio e confirmou todos os males que haveria de recair sobre
aquele lugar e sobre seus moradores, como estava escrito no Livro da Lei, pois
todo o povo tinha provocado ao Senhor com as abominações que praticaram nos
dias de Manassés e de Amon (2Rs.22.15-17).
No
entanto, o Senhor faz uma ressalva, Ele, por intermédio da profetisa, se refere
ao rei Josias e diz que em virtude de o coração do rei ter se enternecido e ele
ter se humilhado perante o Senhor e ter rasgado suas vestes e chorado quando
ouviu aquelas palavras que estavam no Livro da Lei (2Rs. 22.19), O senhor o
reuniria a seus pais e o rei seria recolhido em paz à sepultura (2Rs. 22.20).
Isso
mesmo, para ser poupado de todo sofrimento que aquela terra e seu povo passaria,
o rei Josias morreria antes. Deus não voltou atrás quanto ao sofrimento do
povo, Deus não disse que o rei passaria a morar em outro local, mas Deus disse
que ele morreria. O que a primeira vista poderia parecer uma injustiça, pois
Josias era um bom rei, convertido ao Senhor de todo o seu coração, de toda a
sua alma e de todas as suas forças (2Rs. 23.25) e tinha apenas 39 anos, na
verdade era uma benção do Senhor ao rei, pois seria poupado do que estaria por
vir.
Devemos
nos lembrar que Deus conhece todos os nossos dias antes de existirmos (Sl.139.16) e que até os cabelos de nossa cabeça estão contados (Mt. 10.30). O
senhor sabe o que nos aguarda no futuro, que sofrimentos estão em nosso
caminho, que tentações, os riscos que passaremos e as possibilidades que temos
de sucumbir ao pecado e nos afastarmos dEle e, sendo assim, pode nos tirar do
mundo para nos manter perto dEle.
Quando
uma pessoa querida passa pela morte, sobretudo se é jovem ou até mesmo uma
criança, costumamos perguntar: por que? Saibamos que se o sinistro não foi
consequência do comportamento pecaminoso da própria vítima, é possível que o
Senhor tenha permitido que tal pessoa se afastasse de nós, nesse momento, para
que possa permanecer juntinha conosco por toda a eternidade.
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Bastante oportuno o tema desta semana irmão Carlos, visto que, mesmo com todo o avanço tecnológico e do conhecimento em geral, que vemos, grande parte da humanidade ainda continua às escuras com relação às questões espirituais, como é o caso da morte. Que, quando não encarada como algo natural, resultado último, que é a culminância da nossa vida aqui na Terra, causa em muitos medo, e em outros tantos, revolta, como colocou irmão em seu texto, falando da perda de entes queridos.
ResponderExcluirGuardadas as devidas proporções, discordo do irmão em alguns pontos. No entanto, não querendo levantar aqui questões de crenças e de doutrinas, e nem criar polêmicas, concordo com o irmão no diz respeito ao conhecimento da Palavra de Deus e de suas promessas, quando menciona o nosso encontro futuro com Cristo e o reencontro com os afetos que deixamos aqui no planeta.
Quem aprendeu a conhecer o Senhor e seus propósitos, aprendeu também a entender que estamos aqui como aprendizes, cumprindo um roteiro, que foi por Ele preparado para nós. E que, independente do tempo que passarmos aqui, devemos fazer dos nossos dias um hino de louvor e honra ao nosso Deus. Nos colocando todo o tempo a Sua disposição, como filhos que somos, aprendendo todos os dias a seguir o exemplo do Cristo e caminhar segundo os seus caminhos.
Nisto nos sentiremos invadidos pela Sua Paz e Esperança, o que nos dá todos os dias a certeza de tempos melhores. Seja aqui, ou quando fecharmos os olhos aqui, para iniciarmos uma nova caminhada.
Fica na Paz Irmão!
Obrigado pelo comentário irmã. Deus continue te abençoando muito e te dando entendimento sobre Sua palavra. Fica na Paz.
ExcluirGlória a Deus em todos os momentos.
ResponderExcluirQual clara fora esse esclarecimento. Parabéns pela postagem.
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