Em
uma extensa repreensão do apóstolo Paulo aos irmãos de Corinto, encontramos no
capítulo 15, versículo 33 da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios a
seguinte afirmação: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons
costumes” (1Co. 15.33).
Os pecados da palavra
Se
analisarmos bem, tal afirmação é válida para todo momento de conversação, pois
bem sabemos que conversas mundanas, recheadas de malícia e más intenções
terminam por corromper quem as incita e até mesmo que as presencia
frequentemente.
O
apóstolo Tiago faz uma inspirada explanação sobre os males da língua (Tg 3.1-12), quando nos esclarece como é difícil e necessário refrear a própria
língua. Tiago, chega a afirmar que “Se alguém não tropeça no falar é perfeito
varão” (Tg. 3.3).
A
palavra é algo tão poderoso que Deus utilizou-se dela para sua criação: “Disse
Deus: haja luz e houve luz” (Gn.1.3). O próprio Senhor Jesus é apresentado como
A Palavra em Jo. 1.1: “ἐν ἀρχή ἦν ὁ λόγος” – No
princípio era a palavra (verbo).
Jesus
indica que pelas palavras que proferimos revelamos o que temos no coração (Mt.12.34), e o Rei Salomão chega a afirmar que a Palavra dita na hora certa é
muito boa (Pv. 15.23). Portanto, fica muito claro que todo cristão sincero deve
buscar sempre estar envolvido em boas conversações e evitar as más, pois devem
abster-se de toda forma de mal (1Ts. 5.22).
No
entanto, nesta reflexão quero me ater mais no ambiente em que Paulo proferiu
tais palavras: o ambiente da igreja.
Uma mensagem à Igreja
Naquele
momento Paulo se dirigia não aos que combatiam a Cristo, não aos que adoravam
outros deuses, mas aos cristãos de Corinto.
Se
lermos todo o capítulo 15 veremos que Paulo inicia falando da ressurreição de
Jesus e da ressurreição dos mortos no dia da volta do Senhor e assevera que
“alguns dentre vós afirmam que não há ressurreição de mortos” (1Co. 15.12), é
quanto a estes que Paulo alerta aos cristãos sinceros para não se iludirem com
más conversações, pois elas corromperiam seus bons costumes (1.Co. 15.33).
De
fato, irmãos temos de tomar cuidado com aqueles que buscam trazer “fogo
estranho” (Lv. 10.1) para dentro da Igreja. São costumes mundanos “adaptados” ao
templo, conceitos estranhos à Palavra de Deus e até interpretações
“contorcionistas” que são criadas para que aquilo que é condenado pela Bíblia
seja aceito entre os irmãos.
A vida do cristão deve ser pautada no pensar, falar e agir de acordo com a palavra de Deus...
Devemos
lembrar que nem todos em Israel são israelitas (Rm. 9.6), nem todos os que
estão na igreja de fato estão com Cristo e quanto a estes o próprio apóstolo
Paulo recomenda que não nos associemos a eles (1Co. 5.11).
Portanto,
devemos estar alertas contra ideias estranhas às Escrituras dentro da Casa de
Deus. Controvérsias inúteis, fofocas, a crítica pela crítica, ideias de divisão
e que não busquem a união e o crescimento da igreja devem ser evitadas.
Lembremos que o apóstolo Tiago alerta-nos que “onde há inveja e sentimento
faccioso (de divisão) aí há confusão e toda espécie de coisas ruins” (Tg. 3.16).
A
vida do cristão deve ser pautada no pensar, falar e agir de acordo com a
palavra de Deus, por isso devemos evitar e até mesmo combater conversações que
fujam a esses padrões dentro da Casa de Deus e até mesmo no nosso cotidiano
fora da igreja, pois como alerta-nos o apóstolo dos gentios tudo o que
fizermos, seja em palavra, seja em ação, façamos em nome do Senhor Jesus, dando
por ele graças a Deus pai. (Cl. 3.17).
Lembremos
que os falsos profetas sobre os quais Jesus nos alertou em Mt. 7.15, nem sempre
são líderes religiosos ou pessoas proeminentes, mas pode ser qualquer um de nós
que deixar de viver em espírito (Gl. 5.16).
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