Continuamos
hoje nosso estudo sobre a oração ensinada por Jesus, o Pai Nosso, entendendo-o
não como uma fórmula milagrosa, ou uma “receita pronta” de oração ensinada pelo
Senhor, mas como um ensinamento do Mestre, sobre como devemos nos colocar
diante de Deus no momento de falarmos com Ele e em toda a nossa vida.
Na
Primeira Parte deste estudo analisamos o primeiro verso da oração do Senhor,
quando Ele nos ensina a iniciarmos a oração dizendo: “Pai nosso que estás nos
céus, santificado seja o teu nome” (Mt. 6.9).
Hoje
analisaremos o segundo verso onde Jesus exclama: “venha o teu reino; faça-se a
tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt. 6.10).
No
Evangelho de Lucas, mais sintético, como dito no texto anterior, esse verso
está: “venha o teu reino” (Lc. 11.2b).
O Reino
Em
ambas as narrativas, a de Mateus e a de Lucas, o princípio que Jesus ensina
aqui é o mesmo: a nossa sujeição a Deus.
Quando
o Mestre nos ensina a orar pedindo “venha o teu reino” não está falando em
bênçãos ou em prosperidade, mas em nos colocarmos inteiramente sujeitos à
vontade do Senhor. Ele nos mostra que devemos em primeiro lugar buscar o Seu
reino e a Sua justiça (Mt. 6.33), que devemos sempre estar sujeitos a Ele (Tg.4.7), pois afinal de contas é Ele que faz em nós o querer e o executar (Fp.2.13) e sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5).
Não
é apenas coincidência que na oração que Jesus nos ensina, logo após dirigir-se
ao Pai com palavras de louvor e adoração (Mt. 6.9), o primeiro pedido é para
que venha o Seu reino. Percebamos que outros pedidos são feitos no decorrer
desta oração, mas o primeiro deles é pelo reino do Senhor, porque de fato é ele
que devemos buscar em primeiro lugar.
Se
recordarmos os dez mandamentos, veremos que logo após Deus se identificar
dizendo ser Ele o Senhor que os havia tirado da terra do Egito, o primeiro
mandamento é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex. 20.3).
A
forma é diferente, mas o princípio é o mesmo. Nada deve existir antes do
Senhor, o Seu reino deve ser o único em nossas vidas, não no sentido de
recebemos bênçãos sem qualquer responsabilidade, mas no sentido de que é Seu
reino, Sua vontade, Seu querer, que deve comandar as nossas vidas.
As
bênçãos vêm, é verdade, afinal Jesus veio para nos dar vida em abundância (Jo.10.10) não apenas no porvir, mas também durante nossa existência aqui na terra,
no entanto, o que Jesus nos ensina aqui é darmos prioridade absoluta a Deus e à
Sua vontade.
Os deuses estranhos
Observemos
que lá em Êxodo, o Senhor não diz que não havia outros deuses, Ele não declara
logo que todos os outros deuses adorados pelos povos pagãos na verdade não
existem, foram criados pelos homens, essa verdade o Senhor revela mais adiante
em inúmeros textos bíblicos, mas nesse momento Ele apenas afirma: “não terás
outros deuses diante de mim” (Ex. 20.3), é como se Deus falasse: não os adore,
não os considere deuses, eu sei que outras nações os adoram.
Assim,
como naquela época “existiam” tantos deuses quantos eram as cidades do mundo
antigo e que os povos se curvavam diante deles, e Deus, sabia bem disso, Jesus
também conhecia o fato de que as pessoas de seu tempo, e as de nosso tempo,
permanecem muito dispostas a se “encurvarem” diante do deus do dinheiro, do
deus da beleza, do deus do prazer, do sucesso e de tantos outros que prometem
“reinos fartos”, mas que só entregam o engano, pois o fim de todos eles é a
morte (Pv. 14.12).
Jesus nos ensina no segundo verso da oração dominical a buscarmos pelo Seu reino...
Por
isso, Jesus nos ensina a pedir o reino de Deus, com a Sua vontade sendo feita
aqui na terra e no céu (Mt. 6.3) e não a nossa vontade, e não a vontade do
mundo, e não a vontade do governante, do empresário, do líder religioso, mas a
vontade de Deus, é ela que deve comandar o nosso coração, porque onde está o
nosso tesouro aí também estará o nosso coração (Mt. 6.21) e bem sabemos que o
nosso coração é o que mais devemos guardar, pois dele provém as fontes da vida
(Pv. 4.23).
Em
que reino guardamos o nosso coração? No reino de Deus ou no reino do mundo?
Jesus
nos ensina no segundo verso da oração dominical a buscarmos pelo Seu reino e a
clamarmos para que, independentemente de qualquer coisa, seja feita em nossa
vida presente e no porvir, no nosso planeta e no universo a Sua vontade, afinal
os pensamentos de Deus são muito mais altos do que os nossos (Is. 55.9).
Na
nossa próxima postagem do blog Preceitos de Fé continuaremos este estudo,
analisando mais um verso da maravilhosa e inspiradora oração que Cristo nos
ensinou, então, até lá.
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