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O PAI NOSSO - PARTE 4

Seguindo com o nosso estudo sobre o Pai Nosso, hoje analisaremos o quarto verso desta oração que, revela como devemos nos colocar diante de Deus no momento de falarmos com Ele e em toda a nossa vida.
Na Primeira Parte deste estudo analisamos o primeiro verso da oração do Senhor, quando Ele nos ensina a iniciarmos a oração dizendo: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mt. 6.9).
Na Segunda Parte deste estudo entendemos como Jesus nos ensina que a prioridade em nossa vida deve ser o Reino de Deus e a Sua vontade, no sentido de que devemos nos sujeitar ao Senhor e desejar sempre que se faça em nossa vida, não a nossa vontade, mas a dEle.
Na terceira parte entendemos que Jesus nos ensina a evitarmos a ganância e a ansiedade com o futuro e nos sentirmos saciados e felizes com o que Deus tem reservado para nós.

O Pão espiritual

Hoje, analisaremos o quarto verso da oração do Senhor, que diz: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mt. 6.12). Em Lucas encontramos: “e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve” (Lc. 11.4).
Percebemos que este verso é, quase, uma complementação do anterior, pois no terceiro verso Jesus nos ensina a pedir o pão material e agora pede o pão espiritual: o perdão de nossas dívidas, de nossos pecados.
Mt. 6.12
Em um texto anterior intitulado Aliança e Compromisso com Deus comentei sobre o significado da Aliança que temos com Deus e de como ela, assim como qualquer aliança, pressupõe obrigações a serem cumpridas por todas as partes envolvidas. Neste verso Jesus demonstra isso ao utilizar a conjunção comparativa “assim como”, (pois também, em Lucas), (ὡς – em grego), ou seja, Jesus nos ensina a pedir ao Pai perdão de nossos pecados, mas também nos diz que devemos perdoar a quem nos deve.
É interessante notar como Jesus usa esta frase, Ele não diz: “assim como nós também perdoaremos os que nos devem”, ou ainda “assim como nós queremos perdoar os que nos devem”, mas Ele usa a afirmação no pretérito perfeito composto: “assim como nós temos perdoado” (no presente em Lucas), indicando que para esperarmos o perdão de Deus, devemos buscar viver em harmonia com Ele, cumprindo a Sua palavra, andando como Ele andou (1Jo. 2.6), perdoando que nos ofende, se preciso for, setenta vezes sete vezes (Mt. 18.22), amando nossos inimigos, afinal que diferença faremos se amarmos apenas nossos amigos? (Mt.5.46).

O perdão

Lembremos da Parábola do credor incompassivo (Mt. 18. 23-35), nela Jesus nos ensina que se obtemos o perdão do Pai, a quem rejeitamos frequentemente com nossos atos, palavras e pensamentos, temos a obrigação de perdoar a transgressão alheia contra nós.
Neste ponto podemos perguntar: Mas Jesus não morreu por nós? Para que nossos pecados fossem perdoados? Por que, então, precisamos perdoar para esperarmos o perdão de Deus?

...precisamos abrir nossa porta, a porta do nosso coração para Cristo Jesus e deixa-lo entrar e comandar nossa vida...

Irmãos, Jesus morreu por nós para nos dar a salvação e perdoar nossos pecados, mas isso é uma oferta do Senhor para nós, Ele oferta-nos a vida (Dt. 30.19), mas cabe a nós aceitarmos Sua oferta. Jesus bate à porta do nosso coração (Ap. 3.20) Ele não arromba a porta nem pula o muro (Jo. 10. 1-2), mas espera que nós abramos nossa porta e, se o fizermos, Ele entrará e ceará conosco no grande banquete da Salvação (Ap. 3.20).
Se queremos cear com o Pai, precisamos abrir nossa porta, a porta do nosso coração para Cristo Jesus e deixa-lo entrar e comandar nossa vida, fazendo Cristo viver em nós (Gl. 2.20).
Se esperamos que o Pai perdoe nossos pecados, e nós temos muitos, porque não há aquele que não peque (Ec. 7.20), não endureçamos o nosso coração e ouçamos a Sua voz (Hb. 3.7-8) quando nos diz: vivam uma vida de perdão, perdoem aqueles que pecam contra vós, e Deus que olha tudo em secreto (Mt. 6.6) vos perdoará também.
Na nossa próxima postagem do blog Preceitos de Fé continuaremos este estudo, analisando mais um verso da maravilhosa e inspiradora oração que Cristo nos ensinou, então até lá.

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