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DEUS É O MESMO

É comum haver no meio cristão certa divergência de opiniões a respeito do quanto daquilo que está escrito no Antigo Testamento ainda é aplicável nos dias atuais.
É evidente que certas leis cerimoniais, como sacrifícios de cordeiro, por exemplo, não são necessárias atualmente.  No caso do cordeiro isso se deve pelo fato de que o animal sacrificado no período da Lei, na verdade, representava o Cordeiro de Deus, Jesus, que estava por vir.
No entanto, existem interpretações variadas sobre outros pontos das Sagradas Escrituras, como por exemplo: a possibilidade ou não de existir profetas nos dias atuais (Mt. 11.13), a existência ou não da língua dos anjos (1Co. 13.1), (assunto que, aliás, já foi debatido em nosso blog), a obrigatoriedade do dízimo (Ml.3.8), a guarda do sábado (Ex. 20.10), e tantos outros assuntos que geram pontos de vista diferente dentro do meio cristão.

Na Lei e na Graça

A análise fica ainda mais complexa quando o assunto é a personalidade de Deus e Seus sagrados atributos. Tanto é assim que alguns chegam a pensar que a salvação no período do Antigo Testamento era alcançada pelo cumprimento da Lei e a partir do Novo Testamento passou a ser alcançada pela Graça.
Fora do meio cristão alguns supõem que existem na bíblia dois deuses, ou ao menos, duas personalidades de Deus: uma mais rígida no Antigo Testamento e outra mais benevolente no Novo Testamento.
Embora saibamos que Deus não muda (Ml. 3.6), por vezes fica difícil compreender certos textos bíblicos e atitudes aparentemente opostas do Senhor quando comparamos os relatos do Antigo e do Novo Testamento.
At. 5.10
Antes de Jesus, por exemplo, embora existam relatos de curas divinas realizadas por meio de profetas, tais relatos são escassos e vemos em muito maior quantidade a ação de Deus em batalhas a favor do povo de Israel e contra seus inimigos.
No tempo de Cristo, encontramos inúmeros relatos de milagres de cura realizadas pelo Senhor, no entanto, percebemos um aparente silêncio de Deus diante do domínio de seu povo pelos romanos e da destruição de Jerusalém.
Essa aparente mudança da ação do Senhor faz transbordar de perguntas a mente dos cristãos menos experientes na Palavra.
Uma das dúvidas mais comuns sobre esse tema consiste na possibilidade ou não de haver, no tempo da Graça, algum tipo de consequência sobrenatural em nosso desfavor, caso, cometamos algum pecado grave.
Alguns afirmam que os chamados “castigos de Deus”, relatados diversas vezes no Antigo Testamento, só ocorriam na Antiga Aliança, pois o povo hebreu estava sob o regime da Lei, mas na Graça isso já não ocorre, pois, o Senhor não age mais dessa forma.

O mesmo Deus

É evidente que no tempo dos patriarcas o povo de “dura cerviz” e de pouco entendimento necessitava, muitas vezes, de ações que lhes impressionassem os sentidos, portanto o Senhor usava de alguns eventos para efeito educativo, no entanto, considerar que é impossível para Ele utilizar-se de alguns recursos usados no passado, nos dias atuais, não é considerar que o Senhor mudou?
Vejamos o relato que encontramos no Livro dos Atos dos Apóstolos:
“Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes. Levantando-se os moços, cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o sepultaram. Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera. Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão. No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. ” (At.5.1-10)

precisamos compreender nossa responsabilidade diante do Senhor e assumirmos nosso lugar como filhos do Deus...

Percebamos que esse acontecimento se deu após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, portanto no tempo da Graça, e que não foi Pedro quem determinou a morte de Ananias e Safira, mas ambos expiraram por haverem mentido ao Espírito Santo, mesmo fazendo, o casal, parte da congregação dos santos.
O próprio Senhor Jesus chegou a afirmar que não haveria perdão para aquele que blasfemasse contra o Espírito Santo (Mt. 12.31), se referindo àqueles que têm o pecado como filosofia de vida.
Portanto, precisamos compreender nossa responsabilidade diante do Senhor e assumirmos nosso lugar como filhos do Deus cuja misericórdia é infinita, mas também cuja Justiça é a mesma ontem, hoje e o será amanhã, pois, horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. (Hb. 10.31).

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