Jesus,
quando esteve no meio de nós, em todo o tempo pregou o amor. O Mestre chega a
afirmar que dos mandamentos de Amar a Deus e ao próximo como a si mesmos
dependem toda a Lei e os Profetas (Mt. 22. 37-40); Ele também nos recomenda a
amarmos os nossos inimigos para que nos tornemos filhos do Pai celeste (Mt. 5.44-45). A seus discípulos Jesus dá um novo mandamento dizendo: “Novo mandamento
vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos
ameis uns aos outros. ” (Jo. 13.34), em diversas outras passagens bíblicas
encontramos Cristo falando e ensinando sobre o amor.
No
entanto, o que de fato significa amar ao próximo? Somos capazes de sentir a
mesma afeição que temos por quem nos quer bem por aqueles que nos perseguem? Em
um mundo onde a palavra amor tem se tornado tão banal, como entender os
ensinamentos do nosso Senhor Jesus Cristo a respeito de amar uns aos outros?
O
evangelista João nos esclarece esse questionamento em sua segunda epístola ao
escrever: “E agora, senhora, peço-te, não como se escrevesse mandamento novo,
senão o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. E o amor
é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes
desde o princípio, é que andeis nesse amor. ” (2Jo. Vs. 5-6).
O
evangelista deixa bem claro que o amor ao qual se refere, e que não é
mandamento novo, mas aquele mesmo que Jesus pregava, trata-se de andar nos
mandamentos do Senhor, ou seja, cumprir a vontade do Pai.
Como praticamos o amor?
De
fato, se vivermos como o Senhor nos orienta a viver, com temor e tremor,
fazendo a Sua vontade, se sujeitando a Deus e resistindo ao diabo (Tg. 4.7),
buscando primeiro o reino de Deus e a Sua Justiça (Mt. 6.33), e andando como
Ele andou (1Jo. 2.6), já estaremos praticando o amor, pois se vivermos dessa
forma estaremos amando a Deus, honrando a nossos pais, não estaremos matando
nem cometendo adultérios, não furtaremos nem diremos falso testemunho e nem
mesmo cobiçaremos o que não é nosso.
Todo
esse comportamento de nova criatura em Cristo Jesus (2Co. 5.17) ocorrerá de
modo natural sem as imposições legalista da antiga aliança.
As dúvidas surgem em nossa cabeça porque costumamos confundir amor com amizade, afinidade ou paixão.
Como
bem nos esclarece o evangelista, o amarmos uns aos outros consiste em
cumprirmos a vontade do Senhor para conosco e para com os outros, em viver em
harmonia com os ensinamentos de Cristo, isso é amar a Deus de todo nosso
coração, toda a nossa alma, todo nosso entendimento e de toda a nossa força e
ao próximo como a nós mesmos (Mc. 12.30-31).
As
dúvidas surgem em nossa cabeça porque costumamos confundir amor com amizade,
afinidade ou paixão.
Se
analisarmos os textos bíblicos nos originais, no grego antigo, que serviram de
base para as traduções para as demais línguas modernas observaremos que nos
versículos citados acima onde Cristo e também o evangelista João fala sobre
amar uns aos outros, a palavra grega utilizada é sempre ἀγάπη (Ágape).
Como
vimos em uma postagem anterior do blog Preceitos de Fé, intitulada “o Amor dePedro”, a língua grega possui três palavras que significam amor: ἀγάπη (Ágape), que significa o amor divino,
sacrificial; φιλέω (Filéo), o
amor de amigos; e ἔρος
(Éros), o amor carnal, de desejo ardente.
Amar aos inimigos
Percebamos,
portanto, que Jesus e o evangelista não estão falando para termos sentimentos
de amizade e muito menos qualquer tipo de atração por todas as pessoas, mas se
referem ao amor divino, o amor daquele em que Cristo faz morada (Gl. 2.20) e
por isso deseja que todas as pessoas superem as suas dificuldades e alcancem a
salvação por meio de Jesus e que estará sempre disposto a ajuda-las nesse
caminho. Este é o amor no qual devemos andar (2Jo. Vs. 6).
Termos
mais afinidades por algumas pessoas e menos por outras é natural neste mundo e
se deve a fatores psicológicos, culturais e tantos outros, porém o amor na
forma do viver os mandamentos do Senhor em todos os momentos e no trato com
todas as pessoas, esse, é uma prática diária e um esforço contínuo, mas não um
esforço físico ou mental, pois não prevalecemos pela força (1Sm. 2.9), mas um
esforço do coração sincero (1Rs. 9.4) que clama a Cristo para que o ensine a
amar e reconhece que sem Ele nada poderá fazer (Jo. 15.5). Esse é o amor que
Jesus espera que tenhamos uns pelos outros.
Gostou
desta postagem? Comente, compartilhe, recomende. Utilize os botões abaixo para
postar esse texto em sua rede social, colocar em seu blog ou enviar por e-mail
para seus amigos. Ajude a divulgar a Palavra de Deus.
A Paz do Senhor,
ResponderExcluirApenas uma ressalva, o amor agápe não é exclusivamente como o Senhor citou acima. Se formos analisar os textos da Septuaginta e do Novo Testamento, várias passagens pelo amor as coisas, amor entre casais, amor de Deus para o homem e vice-versa usa o amor agape, em em João 16:27 o amor de Deus para com os homens é usado o amor fileo. Claro que no diálogo entre Jesus e Pedro podemos tirar ali conclusões extras, pois o uso do amor agape e fileo estão em questão. Forte abraço