Bem
sabemos que o termo cristão significa ser seguidor de Cristo, daí depreende-se
que aqueles que se denominam cristãos deveriam ter como modelo fundamental de
vida Jesus Cristo, no entanto todos sabemos que nem sempre é assim.
Talvez
em virtude de uma concepção equivocada de que o fato de Jesus ser Deus (Jo.10.30) O torne alguém inatingível e distante da realidade humana, muitos
cristãos pensam ser impossível tornarem-se seus imitadores (Ef. 5.1) andando,
de fato, como Ele andou (1Jo. 2.6) e, portanto, buscam dentro de suas
congregações outros exemplos “mais próximos” a quem possa seguir.
Tal
atitude, via de regra, tem se revelado desastrosa e causadora de grandes
decepções levando, inclusive, a apostasia e, em algumas situações, à revolta
contra a congregação, a igreja ou mesmo contra Deus.
Os líderes
Não
obstante as figuras do Pastor e do obreiro dentro de uma congregação serem
importantes para que a palavra de Deus seja anunciada, devemos nos lembrar que
não é a eles que devemos seguir, mas a Jesus.
Não
há mal algum em pedir ajuda ou conselhos a uma Pastor ou mesmo a um obreiro,
porém é importante sabermos que nosso guia deve sempre ser a Palavra de Deus e
que qualquer orientação contrária a ela deve ser ignorada e refutada.
Analisemos
a situação do Ministério de Cristo. Jesus, consciente de Sua missão de salvação
da humanidade, ao escolher os doze discípulos que estariam mais próximos dEle
em sua jornada, chamou, dentre eles, a Judas Iscariotes que veio a ser o
traidor.
Não
obstante tenha sucumbido ás insinuações de Satanás (Jo. 13.2), traído Jesus (Mc.3.19) e se enforcado (Mt. 27.5), antes desses fatos ocorrerem Judas andou
muitas vezes na companhia do Senhor, presenciou maravilhas, milagres, curas e,
possivelmente, até as executou na companhia dos demais discípulos.
Pensemos
então na imagem que aqueles que se convertiam a Cristo tinham de Seus
discípulos mais próximos. Mesmo após a crucificação de Jesus, aqueles que
pregavam a Sua Palavra eram admirados e até mesmo adorados e comparados a
deuses como tentaram fazer com Paulo e Barnabé (At. 14.11-12).
Jesus
multiplicou pães e peixes para milhares de pessoas, acalmou tempestades,
ressuscitou mortos, expulsou demônios, deu vistas a cegos, fez paralíticos
andarem, realizou maravilhas e quase sempre seus discípulos estavam a Seu lado
nesses momentos e, dentre eles, Judas.
Quão
grande não deveria ser a admiração daquelas pessoas pelos discípulos do Mestre
que podiam estar sempre a Seu lado porque foram por Ele escolhidos para aquela
Seara.
No
entanto, Judas O traiu. Trocou o verdadeiro tesouro no céu (Mt. 6.20) por
trinta moedas de prata (Mt. 26.15) e se enforcou.
Que exemplo deu Judas?
Agora
pensemos em todos aqueles que viram Judas durante cerca de três anos na
companhia do Senhor, presenciando milagres, ajudando na distribuição dos peixes
e dos pães, organizando as multidões, juntamente com os demais discípulos, para
que pudessem ouvir a Palavra de Deus, cuidando das finanças do Senhor (Jo.13.29). Que reação tiveram ao saberem que um dos 12 mais próximos de Jesus O
traiu e entregou?
Muitos
talvez nunca tenham conseguido falar de perto com Jesus, mas talvez tenham
falado com Judas, mas ele O traiu e se enforcou. Não seria esse motivo
suficiente para abandonar aquela fé? Ora, se um dos que estavam mais próximos
do Mestre cometeu um pecado tão horrendo qual então o valor daquela pregação?
Nosso único modelo de vida, nosso único exemplo a seguir, se quisermos alcançar a vida eterna foi, é, e sempre será Cristo Jesus...
Se
todos àquela época pensassem dessa forma, talvez o cristianismo não existisse
mais e com ele a esperança, e sem esperança haveria o caos e com o caos a
eterna perdição.
Porém,
Jesus não veio ao mundo para anunciar um grupo seleto de iniciados, mas a Boa
Nova da salvação e os próprios discípulos entenderam isso e reconheceram que
eram homens iguais a nós, sujeitos às mesmas tentações (At. 14.15).
Nossos
pastores, obreiros e irmãos são todos sujeitos as mesmas tentações, todos são
pecadores, assim como nós, pois não há ninguém que não peque (Ec. 7.20),
assumiram a nobre missão de difundir a Palavra de Deus, mas precisam estar
vigilantes para não cair (1Co. 10.12), da mesma forma que nós.
Se
aqueles que se converteram na época de Cristo tivessem tomado a Judas como
exemplo de vida a seguir o que haveria acontecido com eles?
Nosso
único modelo de vida, nosso único exemplo a seguir, se quisermos alcançar a
vida eterna foi, é, e sempre será Cristo Jesus, porque só ele é o caminho, a
verdade e a vida (Jo. 14.6). Se compreendermos isso jamais sofreremos decepções
na igreja nem abandonaremos a nossa fé.
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