Algumas
pessoas ainda imaginam que a salvação é dependente de nosso esforço pessoal e
entendem que existe uma batalha violenta entre Deus e o nosso inimigo para que
as bênçãos divinas cheguem até nós.
Precisamos
lembrar que o inimigo só tem poder para lutar conosco e ainda assim apenas se
Deus o permitir e se nós mesmos dermos liberdade para que ele venha a
influenciar significativamente a nossa vida.
Quando
a Palavra de Deus nos esclarece que a nossa luta não é contra carne e sangue,
mas contra principados e potestades, (Ef. 6.12) isso não quer dizer que essa
luta deva ser travada por meio da violência, da força e do poder do nosso
braço, mesmo porque bem sabemos que nada conseguimos por meio da nossa força (1Sm.2.9).
A
luta contra o inimigo deve ser por meio da Palavra e do Poder de Deus que é
essencialmente manso (Mt. 11.29).
Quando
Davi foi lutar contra o gigante soldado filisteu Golias que repetidamente
provocara e insultara a Deus e ao Seu povo ele disse: “Tu vens contra mim com espada,
e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos
Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. ” (1Sm.17.45).
O
inimigo do povo de Deus estava diante dele com espada e lança e exibia todo seu
poder físico do alto de seus seis côvados e um palmo de altura (1Sm. 17.4).
Para Davi bastava apenas o nome do Senhor.
Aqui
a Palavra de Deus nos revela uma grande verdade: Se quisermos derrotar o
inimigo utilizando suas armas seremos vergonhosamente derrotados. Davi havia
provado a armadura de Saul, mas não conseguiu andar com ela (1Sm. 17.38-39), se
tivesse insistido em lutar com ela e com a espada do rei, diante do guerreiro
gigante dos filisteus não teria sucesso, porque essa luta é do inimigo, esse
campo de batalha o inimigo conhecia bem. Não temos que jogar o jogo do nosso
adversário para vencê-lo. Basta-nos o poder do nome do Senhor.
Antes
de derrubar o gigante Golias, o futuro Rei Davi ainda afirmou: “Saberá toda
esta multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do
SENHOR é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos. ” (1Sm. 17.47).
E
aqui o relato bíblico nos revela outra verdade: a salvação não vem por meio da
nossa luta, mas o Senhor nos dá gratuitamente (Ef. 2.8), por meio de seu filho
unigênito que Ele nos entregou por amor a nós (Jo. 3.16).
Ao
lermos esse versículo na língua original, o hebraico, veremos que ele diz que o
Senhor (יהוה) –(Jeová)salva (יהושיע)- (yehoshiya). Essa palavra em Hebraico vem da palavra ישועה (Ieshua) que significa salvação, que veio a ser o nome de Jesus
Cristo – ישוע המשיח(Ieshua hamashia) – Jesus o Messias, que mais tarde foi
traduzida para o grego como Ιησούς
Χριστός (Iessus Christós) – Jesus o ungido.
A salvação, por meio de Jesus Cristo, não
vem com lutas nem por meio de armas de violência, essas armas são do inimigo,
se as tomarmos estaremos lutando em um campo de batalha que é dele, não nosso.
Quando
o anjo estava contendendo com o inimigo pelo corpo de Moisés, notemos que ele
não se prontificou a condenar nem proferir impropérios contra seu adversário,
apenas disse: “que o Senhor te repreenda” (Jd. 1.9).
Acharmos
que a nossa vitória ou a nossa salvação virá por meio de exaustivas lutas com o
inimigo ou com martirizações de nossa carne é ingenuidade. A guerra, a dor e o
sofrimento são armas do inimigo. De Deus, precisamos de Sua Palavra, pois foi
com ela que tudo foi feito (Jo. 1.1-3).
Se
permanecemos na Palavra do Senhor, nossa luz vai surgindo como aurora (Pv. 4.18)
até que nos tornemos verdadeiramente novas criaturas em Cristo Jesus (2Co. 5.17),
com renúncia do mundo e com boas obras, mas sem fadigas, dor e sofrimentos,
porque quem está com Cristo corre e não se cansa, mas sobe aos céus como as
águias (Is. 40.31).
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