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A PACIÊNCIA DE DEUS

Algumas pessoas as vezes lastimam as consequências que advém de suas próprias ações; afastam-se de Deus e quando passam a conviver com o caos que é a ausência do Senhor em suas vidas sentem-se, por vezes, injustiçadas. 
Porém, os sofrimentos que causamos a nós mesmos quando nos afastamos de Deus são fruto não apenas da loucura desse afastamento como também do nosso desprezo pelos alertas que o Senhor nos dá a respeito das consequências.
Antes do sofrimento nos tocar, Deus, em Sua infinita misericórdia, nos avisa do caminho errado que estamos tomando.

Os avisos do Senhor ao povo de Israel

Encontramos no Primeiro Livro dos Reis um exemplo claro de que Deus avisa a seus filhos de seus maus caminhos. O texto que encontramos no capítulo 17 relata que Salmaneser, rei da Assíria, tomou a Samaria e levou cativo todo o povo de Israel (2Rs. 17.3-6) e esclarece que: “Tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses. Andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara de diante dos filhos de Israel e nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel. ” (2Rs. 17. 7-8).
No entanto, tal acontecimento não ocorreu repentinamente, o texto relata que o povo de Israel foi avisado por Deus a respeito de seus pecados: “O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas. ” (2Rs. 17.13).
No entanto, em vez de se arrependerem de seus pecados, os israelitas “ não deram ouvidos; antes, se tornaram obstinados, de dura cerviz como seus pais, que não creram no SENHOR, seu Deus rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o SENHOR lhes havia ordenado que não as imitassem. ” (2Rs. 17.14-15).

O Senhor é longânime, paciente, mas não pode conviver com o mal

Lc. 16.31
Ao invés de abandonarem o pecado e se voltarem ao Senhor, o povo de Israel, mesmo tendo sido alertado por Deus, permaneceu com suas abominações e ainda “queimaram a seus filhos e a suas filhas como sacrifício, deram-se à prática de adivinhações e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocarem à ira” (2Rs. 17.17).
O Senhor teve paciência e misericórdia com o povo de Israel, tolerou por um tempo o seu pecado, mas os alertou de seus maus caminhos, porém diante do completo desprezo dos Israelitas por Sua Palavra o “SENHOR muito se indignou contra Israel e o afastou da sua presença” (2Rs. 17.18).
O Senhor é longânime, paciente, mas não pode conviver com o mal (2Co. 6.14-15) e diante de nossa insistência em permanecer no pecado, não Lhe resta outra alternativa que não seja nos retirar de Sua presença, pois os nossos pecados criam uma barreira entre nós e o nosso Criador (Is. 59.2).

Deus também nos avisa

Deus ainda hoje nos alerta quando estamos caminhando por veredas tortuosas, através do Espírito Santo que nos convence do pecado da justiça e do juízo (Jo. 16.8) e por meio da Sua Palavra.
A esse respeito, Jesus ao contar a parábola O Rico e o Mendigo, relata que o rico ao morrer, já em meio a tormentos, pede a Abraão que mande Lázaro, o mendigo, que também havia morrido mas encontrava-se no seio de Abraão, (Lc. 16.22), a sua casa paterna “porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. ” (Lc. 16.28-31).
Deus continua nos alertando de nossos maus caminhos, por meio de Sua Palavra e ainda nos espera pacientemente, pois não quer que nenhum de nós se perca (2Pe. 3.9), mas não terá Ele outra alternativa, se insistirmos em nos comprazermos no pecado, senão nos entregar à imundícia, pelas concupiscências de nosso próprio coração (Rm. 1.24) e com isso nos deixar sofrer as consequências de nossa insensatez.

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