É incrível como nos dias atuais
existem algumas doutrinas que, embora se digam cristãs, pregam uma espécie de
cristianismo invertido. Focam-se nos desejos mais básicos da humanidade e
relegam ao profundo esquecimento toda a fundamentação espiritual e ética da
doutrina de Cristo.
Apegam-se a letra de algumas
passagens do Antigo Testamento que relata as histórias dos povos ainda rudes do
início das civilizações ao mesmo tempo que distorcem ou citam fora de contexto
outras tantas do Novo Testamento para apequenar a imagem de Deus limitando Suas
Palavras às pregações estéreis e quase histéricas a respeito de prosperidade.
Cristo não é um animador de
televisão a perguntar quem quer dinheiro. Jesus veio nos dá a salvação e nos
ensinar a ter comunhão com o Pai.
Deus tornará todos ricos?
Enquanto se apegam a versículos
como o de Ageu 2.8 onde o Senhor afirma ser dEle toda a prata e todo o ouro,
buscando a partir disso difundir a ideia de que Ele tornará a todos ricos,
esquecem, por exemplo, que na oração que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso, o
clamor “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”
(Mt. 6.10) vem antes de “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt. 6.11).
Ainda no mesmo capítulo do
Evangelho de Mateus, Jesus nos recomenda a não nos preocuparmos com o dia de
amanhã quanto ao que beber, ao que comer ou ao que vestir, mas a buscarmos
primeiro o reino de Deus e a sua justiça e “todas estas coisas vos serão
acrescentadas. ” (Mt. 6.33).
...pregar ou aceitar pregação que torna Deus um mercador pronto a trocar bênçãos por dízimos e ofertas é se desviar do caminho do Senhor
O pecado que estamos cometendo
Quando, ao invés de buscarmos o
reino e a justiça do Senhor através do cumprimento da Sua Palavra, procuramos
uma igreja tão somente porque ela usa a falsa promessa de abrir as portas da
prosperidade de Deus para seus fiéis, além de estarmos sendo tolos, estamos
reduzindo Deus a uma divindade pagã qualquer cujos adoradores acreditavam poder
controlar a seu bel prazer e com isso, além de praticar idolatria, estamos
blasfemando contra o Senhor.
Lembremos o que o apóstolo Paulo
escrevendo aos gálatas nos alerta quando diz: “Não vos enganeis: de Deus não se
zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. ” (Gl. 6.7).
As nossas necessidades serão
supridas conforme a vontade do Senhor afinal, como afirmou Davi, “ Fui
moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua
descendência a mendigar o pão. ” (Sl. 37.25), porém pregar ou aceitar pregação
que torna Deus um mercador pronto a trocar bênçãos por dízimos e ofertas é se
desviar do caminho do Senhor e permanecer voluntariamente cego pelo inimigo e
impedido de ver resplandecer a luz do evangelho da glória de Cristo (2Co. 4.4).
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