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CRISTO É A CABEÇA DA IGREJA - PARTE 1

Quando Deus criou o homem Ele se expressou dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn. 1.26). Porém o primeiro homem, em sua liberdade, não foi capaz de refletir permanentemente essa realidade e optou pela desobediência e afastamento do Senhor, fazendo que sua natureza, em princípio imagem de Deus, fosse deteriorada.

Com a natureza já corrompida pelo pecado, Adão (e Eva) gerou filhos e filhas (Gn. 5.4) e passou a ser a cabeça de toda a sua descendência, de todos nós, por isso trazemos uma natureza comprometida pela degradação, motivo que esclarece as palavras de Davi ao dizer: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl. 51.5).

Por se tratar de um tema relativamente complexo proponho um estudo em duas partes a serem publicadas nas postagens do blog Preceitos de Fé. Iniciemos então com uma análise minuciosa desse fato:

Adão

É importante lembrar que o ideal de Deus, o Seu modelo de humanidade não era a corrompida pelo pecado – o que não quer dizer que Deus não soubesse que isso ocorreria – mas de fato a humanidade que refletia Sua imagem e, dessa forma, a possibilidade de nos tornarmos o modelo ideal do Senhor ainda não está irremediavelmente perdida. É nesse ponto que entra o plano salvífico de Deus.

Assim como Adão foi a cabeça da humanidade a qual fazemos naturalmente parte, Jesus é a cabeça da nova vida a qual aceitamos fazer parte espiritualmente quando nos tornamos uma nova criatura (2Co. 5.17). O apóstolo Paulo diz que, “Pois, assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.” (1Co. 15.45). O primeiro Adão era o homem natural, o segundo Adão (Cristo), espiritual. (1Co. 15.46).

...o primeiro homem nos transmitiu a natureza material por meio das sucessivas gerações, porém o último Adão nos transmitirá a natureza espiritual...

Existe um adágio que diz: “errar é humano”, porém o errar é característica do humano decaído, pois esse não é padrão de humanidade da forma em que foi criada. Quando Paulo fala em segundo Adão revela que o conceito de humanidade deixou de ser realizado no primeiro Adão, mas é plenificado no segundo. Adão pecou e por isso foi a causa da degeneração de sua descendência, Cristo em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb. 4.15) e é Ele a causa de nossa regeneração.

Jesus

Falando a respeito de Jesus, o escritor da carta aos hebreus diz: “[...]antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas; vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles.” (Hb. 2. 6-10).

Gn. 1.26

O paralelo com Adão, a quem foi dado “[...] domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” (Gn. 1.26), é claro revelando que o primeiro homem nos transmitiu a natureza material por meio das sucessivas gerações, porém o último Adão nos transmitirá a natureza espiritual quando nos transformarmos efetivamente em uma nova vida.

Entendemos, portanto, que o padrão de humanidade não é Adão, pois este não conseguiu atingi-lo, mas, Cristo que o realiza plenamente. Porém em que termos Jesus é padrão da humanidade, como atingi-lo? E qual a relação com a Igreja? A esse respeito falaremos na SEGUNDA PARTE de nosso estudo a ser publicado na próxima postagem do blog Preceitos de Fé. Então até lá.

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