Algumas
pessoas imaginam encontrar contradição entre o aspecto divino de Cristo e o Seu
clamor antes da morte na cruz, quando Ele diz: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste? (Mt. 27.46). De fato, ao lermos esse texto pode nos surgir a
pergunta: Se Jesus era o Filho do Deus vivo, como pode Ele, em seu último
momento de agonia, ter se julgado desamparado pelo Pai?
Analisemos
com atenção essa questão. Em primeiro lugar precisamos entender que Jesus tinha
uma natureza divino-humana, ou seja, Ele era Deus e era também homem e isto
está posto em Jo.1, quando no versículo 1 o discípulo amado, falando da
criação, diz que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo
era Deus” e no versículo 14 afirma que “o Verbo se fez carne e habitou entre
nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória”. (Jo. 1.14)
E
João ainda reafirma a segunda natureza de Cristo (a natureza humana) quando em
sua primeira epístola, no capítulo 4, versículo 2 diz que “todo espírito que
confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus”. (1Jo. 4.2).
Devemos compreender que Jesus, como homem, também sentia fome (Mt. 4.2), cansaço (Jo4.6), sono (Mt. 8.24), sentia angústia, suava (Lc. 22.44) e obviamente sentia dor, portanto, em todos os momentos em que os homens lhe infligiram algum sofrimento físico, certamente Ele sentiu essa dor, inclusive na crucificação.
Devemos compreender que Jesus, como homem, também sentia fome (Mt. 4.2), cansaço (Jo4.6), sono (Mt. 8.24), sentia angústia, suava (Lc. 22.44) e obviamente sentia dor, portanto, em todos os momentos em que os homens lhe infligiram algum sofrimento físico, certamente Ele sentiu essa dor, inclusive na crucificação.
Jesus é o cumprimento das profecias
Outro
ponto fundamental é que as profecias do Antigo Testamento sobre a vinda do
Messias, se cumpriram nEle, o próprio Jesus afirma que não veio para abolir a
Lei e os Profetas, mas que veio para cumprir (Mt. 5.17). Cristo era o
cumprimento de diversas profecias feitas pelos profetas de Deus, nos tempos do
Antigo Testamento, como, por exemplo, de Isaías (Is. 7.14; 9.6; 53.2-12), Miqueias(Mq.5.2)
e Daniel que predisse o período exato do início do ministério e da morte de
Jesus (Dn. 9.24-26).
Sabendo
disso, percebemos, ao analisar a vida de Jesus, que diversos acontecimentos em
sua trajetória, se deu para cumprimento das profecias que haviam a seu
respeito, é o caso, por exemplo da entrada de Jesus em Jerusalém, montado em
uma jumentinha, quando o povo passou a bendize-lo (Lc. 19.38), fato esse, que
cumpria o anunciado no Salmo 118.26. Outro fato se deu quando, após
crucifica-lo, Suas vestes foram repartidas entre seus algozes (Mt. 27.35) que
cumpria o que Davi escrevera no Salmo 22.18.
Jesus é o Messias
Jesus,
durante todo seu ministério demonstra naturalmente, que Ele é o Messias, Ele é
o próprio Deus em semelhança de homens (Fl. 2.7). E mesmo em meio ao sofrimento
brutal da crucificação Jesus nos dá uma última comprovação inquestionável de
que era sobre Ele que as escrituras falavam, quando clama ao Pai: Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste? Pois, tais palavras tinham sido
profeticamente anunciadas pelo Rei Davi no (Salmo 22.1).
Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste? Escreveu Davi. Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste? Clamou Cristo, evidenciando ser Ele o Messias.
Se
ainda restar alguma dúvida sobre, se Jesus naquele momento de tanto sofrimento,
teria mesmo desejado revelar Sua natureza messiânica, lembremos de Jo. 19.28
que relata: "vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir
a Escritura, disse: Tenho sede!".
...mesmo em meio ao sofrimento brutal da crucificação Jesus nos dá uma última comprovação inquestionável de que era sobre Ele que as escrituras falavam
E,
se por acaso, nos questionarmos se Davi seria mesmo capaz de profetizar,
recordemos suas últimas palavras: “O Espírito do Senhor fala por meu
intermédio, e a sua palavra está na minha língua” (2Sm. 23.2).
Não
há, pois, qualquer contradição entre o clamor de Jesus e sua natureza divina. O
que aprendemos aqui é que Ele nos amou de forma tão inexplicável que mesmo em
meio ao sofrimento e à morte nos convidava a crer nEle e em Sua salvação. Pense
nisso.
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