É
verdade que Deus nos abençoa e nos dá livramento todos os dias de nossas vidas.
Só o fato de estarmos vivos mais um dia, tendo a oportunidade de nos achegarmos
mais a Ele e de nos arrependermos de nossos pecados já é uma enorme benção.
Diariamente
recebemos livramentos da parte de Deus e nem mesmo tomamos conhecimento disto:
são situações que iriamos passar, acidentes, aborrecimentos que nos esperavam
no caminho e que o Senhor amorosamente afasta de nós, sem sequer sabermos o que
nos esperava.
As bênçãos diárias do Senhor
Vez
por outra ouvimos relatos de pessoas que perderam o voo e se salvaram de
acidentes aéreos, muitas vezes um semáforo que abre quando nos aproximamos
dele, ou que fecha, o ônibus que chega mais cedo ou mais tarde, alguém que nos
chama no caminho e mudamos de rota, algumas coisas pequenas que acontecem em
nosso dia-a-dia, podem ser livramentos de Deus.
Reconhecendo
essa realidade ficamos gratos ao Senhor e o glorificamos por isso, e se não o
fazemos estamos sendo ingratos com Deus, mas e quando Ele não nos livra? Quando
os problemas superabundam e nada acontece? Quando a morte é iminente e nossas
orações não são atendidas? Continuamos sinceramente louvando ao Senhor?
Tomemos,
por exemplo, a história de Estevão. Discípulo de Jesus, Estevão era um homem
cheio de fé e do espírito Santo (At. 6.5) que, repleto de graça e poder fazia
prodígios e grandes sinais entre o povo (At. 6.8), no entanto alguns da
sinagoga foram contra ele, compraram com suborno testemunhas falsas e o levaram
ao Sinédrio (At. 6. 9-15).
No
Sinédrio, Estevão, certamente inspirado pelo Espírito Santo, sabiamente, em sua
defesa, discorreu sobre as escrituras e sobre como seus pais e aqueles que o
acusavam se tornaram traidores e assassinos (At. 7. 1-53).
Enfurecidos,
os homens que o acusavam o levaram para fora da cidade e o apedrejaram. O
Senhor não livrou seu filho Estevão da morte terrível do apedrejamento.
Algumas
pessoas ao lerem esse relato logo afirmam que Deus tinha o propósito da
divulgação do Evangelho ao tornar a morte violenta de Estevão um exemplo de fé
inabalável em Jesus. É possível, só Deus conhece todas as coisas, mas e
Estevão? Como ele se sentiu naquele momento? Homem cheio de fé, de graça e do
poder do Espírito Santo, passa a ser apedrejado justamente por crer em Jesus.
Qual foi sua atitude naquele momento?
Sem
vacilar em sua fé, nem mesmo questionar a Deus porque não o livrara, Estevão
apenas diz: Senhor Jesus, recebe o meu espírito (At.7.59). E, mostrando a
misericórdia dos verdadeiros cristãos, se ajoelha e clama: Senhor, não lhes
imputes este pecado (At. 7.60).
Uma
atitude como essa só é possível quando estamos dispostos a amar ao Senhor
independentemente dos resultados e não por causa dos resultados.
Fidelidade ao Senhor
No
capítulo 3 do Livro de Daniel encontramos, também, um relato sobre Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego. O texto diz que o rei Nabucodonosor fez no campo de Dura,
na província da Babilônia uma imagem de Ouro (Dn. 3.1) e ordenou que todo o
povo, no momento que ouvissem sons de trombeta e instrumentos musicais deveria
se prostrar e adorar a imagem que o rei havia levantado (Dn. 3. 4).
Quando
todos os povos então ouviram os sons de trombetas se prostraram e adoraram
aquela imagem de ouro, mas logo três homens judeus foram acusados de não
obedecerem tal decreto real, eram eles: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Devemos amar e adorar a Deus pelo que Ele é e não pelo que Ele nos dá...
Nabucodonosor
convoca os três acusados e lhes pergunta se o que ouvira falar sobre suas
desobediências era verdadeiro (Dn. 3.14) e ordena que naquele momento, ao ouvir
o som da trombeta e dos instrumentos, se prostrem e adorem a imagem, caso
contrário seriam imediatamente jogados na fornalha de fogo ardente. O rei ainda
questiona: “Quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos? ” (Dn. 3.15).
Sem
fraquejar na fé os três amigos respondem que se o Deus a quem serviam quisesse
os livrar Ele livraria, mas se não, eles, aqueles três amigos judeus fieis a
Deus, não serviriam aos deuses do rei e nem adorariam a imagem que o rei levantara
(Dn. 3.17-18).
Conhecemos
o final dessa história e sabemos que Deus os livra, no entanto naquele momento
eles não sabiam o que aconteceria e isso fica claro quando em suas respostas
eles consideram as duas possibilidades: Deus os livrar ou não.
O
importante, porém, é que, independentemente do que aconteceria a eles, todos
permaneceriam fieis ao Senhor.
Essa
tem sido também a nossa atitude diariamente? Continuamos amando, louvando,
honrando e glorificando ao Senhor mesmo que Ele não nos dê o que pedimos? Mesmo
quando Ele não nos livre de todas as aflições?
O
escritor Max Lucado nos faz uma pergunta muito válida e interessante em seu
livro Experimentando o Coração de Jesus: “Se Ele [Deus] nunca lhe desse mais do
que a vida eterna, você poderia pedir mais do que isso? ”.
Devemos
amar e adorar a Deus pelo que Ele é e não pelo que Ele nos dá, pois, como
afirma o apóstolo Paulo, o amor verdadeiro não procura seus interesses (1Co.13.5) e bem sabemos que aquele que não ama não conhece a Deus (1Jo. 4.8).
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