É
provável que todos os irmãos já tenham ouvido, dentro das suas congregações, a
palavra ministério. É comum ouvirmos
sobre “assumir ministério”, “aceitar seu ministério” e outras expressões
semelhantes.
Normalmente
tais expressões, quando ouvidas dentro da igreja, nos traz à mente a ideia dos
ministérios pastoral ou levítico, compreendido equivocadamente como única e
exclusivamente ligado a cantores e instrumentistas, ou, quando muito, ao
ministério de missões.
É
evidente que os ministérios citados são abençoados por Deus e fundamentais a
Sua igreja, no entanto, serão mesmo estes os únicos existentes na Casa de Deus?
Ou, ainda, seriam apenas esses os dignos de nota?
Os levitas
Iniciarei
esta reflexão com o versículo 15 do capítulo 35 do segundo Livro das Crônicas
que, para mim, é muito esclarecedor a esse respeito. Neste versículo é dito que
no momento da celebração da Páscoa, narrada na primeira metade do capítulo 35,
os cantores estavam em seus lugares, segundo o mandado de Davi, de Asafe, Hemã
e de Jedutum, como também os porteiros não necessitaram de se desviar do seu
ministério, porque seus irmãos, os levitas, preparavam o necessário para eles.
Embora
a palavra hebraica עבדתם (abhodhâthâm) tenha sua raiz na palavra עבודה
)abhodhâh(, que significa trabalho, ela foi
apropriadamente traduzida na ARA por ministério, pois de fato o trabalho dos
porteiros da Casa de Deus era e continua sendo um ministério, pois assim como
cantores, pastores e diáconos eles também estão servindo ao Senhor.
Outro ponto importante é que o texto cita os
porteiros e seus irmãos levitas que preparavam o necessário para àqueles. Se
lermos o capítulo 23 do Primeiro Livro das Crônicas veremos que o rei Davi
quando já “farto em dias” (1Cr. 23.1) ajuntou todos os príncipes de Israel como
também os sacerdotes e os levitas (1Cr. 23.2) e dentre estes últimos, foram
contados os acima de 30 anos e se achou trinta e oito mil homens (1Cr. 23.3).
Dentre estes levitas contados haviam os
superintendentes da Obra da Casa do Senhor, os oficiais e juízes, os porteiros
e os que louvavam o Senhor com os instrumentos que Davi fez. Fica muito claro,
portanto, que os porteiros e os responsáveis pelas obras também eram levitas e
tinham seu ministério.
Encontramos, ainda, no capítulo 6 do Segundo
Livro de Samuel o relato de que o Rei Davi juntou o povo de Israel para buscar
a Arca de Deus que estava em Baalá, Judá (2Sm. 6. 1-2). No caminho Uzá, filho
de Abinabe, que era um dos que trazia a Arca, foi atingido pela Ira do Senhor
(2Sm. 6.7) e isso deixou Davi temeroso (2Sm. 6.9) e fez com que o rei
desistisse de levar a Arca, naquele momento para Jerusalém, e resolvesse deixar
a Arca na casa de Obede-Edom, o heteu (2Sm. 6. 10).
A honra do ministério
O escritor bíblico revela em seguida que a
Arca ficou na casa de Obede-Edom por três meses e que o Senhor o abençoou e a
toda sua casa (2Sm 6.11) e quando lemos o capítulo 26 do Primeiro Livro de Crônicas ficamos sabendo que Obede-Edom tinha oito filhos e que todos eles,
inclusive o próprio Obede-Edom, eram porteiros da Casa de Deus.
Aquele homem recebeu a Arca do Senhor e foi
abençoado por Deus, ele e toda a sua casa, e nem por isso deixou de ser
porteiro e passou a ser líder, profeta, general, príncipe ou qualquer outra
função de destaque. Por que? Simplesmente porque todos são importantes na Casa
de Deus (1Co. 12.20). O fato de poder servir ao Senhor que fez os céus e a
terra já é uma grande benção e aos olhos do Senhor todos são igualmente
importantes.
Lembremos do alerta do Mestre que nos orienta a buscarmos os últimos lugares...
No entanto, sejamos sinceros, quem de nós
louvaria a Deus e se sentiria honrado se recebesse de seu pastor o ministério
da portaria, da limpeza ou da cozinha?
É necessário fazermos uma reflexão profunda
sobre a quem desejamos agradar quando buscamos ministérios na igreja, a Deus ou
ao nosso ego? Ao noivo Jesus Cristo ou a nosso orgulho e vaidade? Queremos
honrar ao Senhor com o nosso serviço ou queremos ser honrados pela nossa
posição?
O ministério pastoral, diaconal, missionário
e de louvor são, sem dúvida, importantes, mas, a rigor, todos os ministérios
são, pois são dados pelo Senhor, do contrário não serão ministérios, apenas uma
função, sem qualquer relação com a verdadeira Igreja.
Lembremos do alerta do Mestre que nos
orienta a buscarmos os últimos lugares quando formos convidados àquele casamento
(Lc. 14. 8-11) e a nos convertermos e termos a humildade de uma criança, pois
do contrário jamais entraremos no Reino dos Céus (Mt. 18.3-4).
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Perfeito, é mesmo desta forma que devemos agir com nossas responsabilidades, seja em qual campo da vida for.
ResponderExcluirUm forte abraço.
Amém!
ResponderExcluirO Senhor é nossa primícias
Temos que fazer o melhor em sua obra!
E agradecer pelo ministério que Ele nós concedeu!
E verdade todos os ministérios são importantes.
Amém irmã. É verdade irmã, devemos sempre louvar ao Senhor pelo Ministério que Ele nos dá, afinal poder participar da Obra de Deus já é uma grande benção. Fique na Paz.
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