Na
Primeira Parte deste estudo fizemos um rápido histórico sobre o estabelecimento
da Aliança de Deus com Abraão e sua descendência e sobre a circuncisão, bem
como citamos alguns fatos a respeito da Nova Aliança e do batismo.
Neste
post buscaremos entender com maior profundidade o significado e o valor do
batismo na Nova Aliança.
Iniciaremos
perguntando: Se na antiga aliança o sinal não era mais importante do que a
própria aliança, ou seja, se o ato da retirada do prepúcio, a circuncisão, não
era o que importava, mas sim o que esse ato representava, acaso deveria ser
diferente na Nova Aliança? Ou seja, o ato do batismo é mais importante do que o
que ele representa?
Por
extensão ainda podemos perguntar: o fato de participarmos do ritual do batismo
nos garante a salvação?
Embora
pareça, à primeira vista, um questionamento complexo e que necessita de
extensas argumentações teológicas para ser respondido, na verdade a Palavra de
Deus nos responde de forma muito clara.
O batismo
Ao
lermos o relato da crucificação de Jesus (Lc. 23. 26-49) notamos que, como
havia sido profetizado (Is. 53.12), Cristo foi colocado entre dois malfeitores.
Um deles zombava de Cristo, enquanto o outro pediu que o Senhor se lembrasse
dele quando viesse em Seu reino, ao que Jesus respondeu: “Em verdade te digo
que hoje estarás comigo no paraíso. ” (Lc. 23.43).
Existe
alguma dúvida de que esse segundo malfeitor foi salvo? No entanto, Jesus não
desceu da cruz para batiza-lo, não há relato de que ele havia sido batizado anteriormente,
ao contrário, como ele mesmo reconheceu, estava sendo castigado pelos seus
próprios atos de maldade. O que houve nesse momento foi uma conversão real,
aquela que deveria acompanhar todo ato de batismo.
Naquele
momento o malfeitor, reconheceu a Jesus como Senhor (Lc. 23.40), arrependeu-se
ao considerar justa a punição de suas ações (Lc. 23.41) e clamou pela
misericórdia de Deus (Lc. 23. 42). Nesse momento aquele homem se tornou uma
nova criatura, sem o ritual exterior da imersão nas águas, mas com o verdadeiro
batismo do coração.
Ao
lermos o capítulo 16 do evangelho de Marcos encontramos Jesus comissionando
seus discípulos a ir por todo o mundo pregar o evangelho (Mc. 16.15) e em
seguida o Senhor afirma: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não
crer será condenado” (Mc. 16.16).
Cristo,
assevera que quem crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será
condenado, não o que não for batizado. Jesus demonstra claramente que o que
importa é o batismo do coração não o da carne, é crer firmemente em suas
palavras e não simplesmente mergulhar nas águas.
A Conversão
No
entanto, não podemos deduzir que o ato do batismo nas águas é desnecessário ou
inútil, de forma alguma. O batismo nas águas é a nossa declaração pública de
que a partir daquele momento reconhecemos a Jesus como Senhor e Salvador da
nossa vida e que, por isso, somos uma nova criatura, um novo homem ou uma nova
mulher.
Infelizmente
nem sempre acontece dessa forma. Algumas pessoas insistem em considerar o
batismo apenas um ritual exterior. Se batizam mas continuam sendo a mesma velha
criatura vivendo em pecado e se comprazendo neles. Estes, de fato, não se
batizaram, apenas tomaram um banho.
A nossa participação nesta Nova Aliança é representada pelo batismo de imersão nas águas, mas deve ser efetivada em nosso coração...
Devemos
lembrar que a Palavra de Deus afirma que “O que encobre as suas transgressões
jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. ” (Pv.28.13). Aquele que se batiza e permanece vivendo no pecado está desejando
encobrir suas transgressões encenando uma conversão que não existe e esse não
alcançará a misericórdia do Senhor.
A
Nova Aliança, instituída por Jesus já havia sido anunciada pelo Senhor ao
profeta Jeremias quando disse: “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei
nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança
que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra
do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver
desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de
Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas
leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o
meu povo. ” (Jr. 31. 31-33).
A
nossa participação nesta Nova Aliança é representada pelo batismo de imersão
nas águas, mas deve ser efetivada em nosso coração, do contrário é apenas
engano.
Encerramos
aqui este rápido estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que
tenha sido também para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais
aos nossos corações.
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