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PARA QUE SE MANIFESTE A GLÓRIA DE DEUS

Com os avanços da ciência e as novas descobertas no campo da genética humana hoje sabemos que informações fundamentais da vida biológica de cada ser humano estão contidas em seu DNA. Sabemos também que muitas dessas informações são transmitidas hereditariamente e que alterações nessas moléculas podem acarretar alterações físicas ou até mesmo comportamentais.
Também é conhecido que fatores como o uso de drogas ou álcool por uma mãe durante a gestação pode provocar o surgimento de doenças ou deficiências em seu feto ou mesmo a morte dele.
Estudos recentes sugerem que a avançada idade da mãe e até mesmo do pai, pode contribuir para a maior possibilidade de ocorrência de gestação de bebês que apresentem algum tipo de problema.  
É verdade também que a nossa própria imperícia ou imprudência pode vir a nos causar algum tipo de dificuldade. Ao dirigir excessivamente cansado, por exemplo, o motorista está sujeito a dormir ao volante e provocar um acidente que pode lhe causar danos físicos sérios, como a perda de um membro ou de um dos sentidos, além de provocar danos a outros.
Nós, cristãos, compreendemos que todos esses males têm origem no processo de degradação da criação iniciado em virtude do pecado cometido pelo primeiro casal ainda no Jardim do Éden (Gn. 3. 1-18).

Males inexplicáveis?

No entanto, alguns males que surgem em crianças não possuem uma causa facilmente perceptível e não parecem ser consequência de alguma atitude, comportamento ou condição dos pais. Um exemplo é a Síndrome de Down, que surge em virtude de uma alteração genética produzida pela presença de um terceiro cromossomo no par 21, mas que ainda hoje não se conhece bem os motivos que originam essa alteração.
A Palavra de Deus relata um caso onde o mal de que foi acometido certo homem não possuía origem em algo feito por seus pais ou por ele mesmo.
Gn. 3.17
No capítulo 9 do Evangelho de João lemos que: “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. ” (Jo. 9.3).
Como deixa claro o texto, aquele homem havia nascido cego, no entanto aquela cegueira não se deu em virtude de pecados cometidos por seus pais, ou mesmo por ele, ou seja, não havia sido uma vida desregrada, repleta de pecados dos pais que provocara alterações no desenvolvimento do feto durante a gestação causando-lhe a cegueira. Da mesma forma a cegueira daquele homem não era consequência de suas atitudes irrefletidas, pois ele já nascera assim.
Tipicamente, aquele problema possuía origem genética desconhecida, mas que Deus havia permitido que perdurasse até aquele momento para que se manifestasse nele as Suas Obras.
Parece estranho ou até cruel que Deus permita o sofrimento de alguém por uma vida inteira “apenas” para manifestação de Sua Glória? Na verdade, só pensamos dessa forma porque temos uma compreensão limitada da vida e do nosso Criador.

Consequências do pecado

Precisamos entender que a partir do momento que o homem pecou e escolheu desobedecer a Deus, ele passou a viver fora do paraíso e sujeito às condições do mundo que ele mesmo optou por degradar (Gn. 3.17-18). Sendo assim, todos estamos sujeitos às intempéries da vida, a acidentes, dificuldades, problemas, doenças, perseguições e tantos outros males.
As disfunções genéticas são apenas mais uma consequência da destruição causada pelo pecado original e todos os bebês gerados em nosso mundo compartilham a possibilidade de possui-las ou não.
Não é Deus que, apontando o seu dedo, escolhe quem vai nascer são e quem vai nascer com dificuldades, mas o nosso Senhor pode sim nos livrar de todas elas segundo a Sua soberana vontade, ou pode permitir que a carne sofra ou até morra para que o espírito seja salvo. (1Co. 5.5). Afinal, de que adianta ter os dois olhos e ser lançado no inferno de fogo? (Mt. 18.9)

Precisamos entender que a partir do momento que o homem pecou e escolheu desobedecer a Deus, ele passou a viver fora do paraíso...

Aquele cego de nascença não era um homem pecador, ao contrário ele conhecia a Deus e demonstrou isso quando testemunhou perante os fariseus (Jo. 9.30-33), porém ainda não conhecia o Filho do Homem (Jo. 9. 35-36), mas ao conhece-lO creu e O adorou (Jo. 9. 38).
Bem sabemos que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus (Rm. 8.28), talvez se não houvesse nascido cego aquele homem não tivesse se importado em conhecer ao Senhor e nem teria crido no Filho do Homem, sua carne estaria sã, mas, e seu espírito para onde iria?
Ao curar aquele homem e manifestar nele as Obras de Deus, Jesus certamente fez com que muitos se convertessem, mas sobretudo deu àquele homem a oportunidade de conhecer ao Deus que a sua cegueira já o havia apresentado.

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