A
Palavra de Deus nos relata a instigante história de Sansão. Ele foi juiz entre
o povo de Israel por vinte anos (Jz. 16.31).
Sansão
nasceu em um período em que, por causa dos pecados do povo, Deus havia
entregado Israel nas mãos dos filisteus (Jz. 13.1). Seu pai, Manoá, era casado
com uma mulher estéril, mas cuja fertilidade foi dada pelo Senhor (Jz. 13 3-24). Ao anunciar, o anjo do Senhor, que a mulher de Manoá conceberia,
determinou também que o menino deveria ser nazireu, ou seja, consagrado ao
Senhor desde o ventre e revelou que seria ele que começaria a libertar a Israel
dos filisteus. (Jz. 13.5).
A
mulher engravidou e nasceu Sansão que foi abençoado por Deus. Porém quando
cresceu interessou-se por uma mulher filisteia (Jz. 14.1). Embora seus pais
tenham discordado da vontade de Sansão (Jz. 14.3), pois bem sabiam que o Senhor
não se agradava de ver Seus filhos fazer aliança com povos que cultuavam deuses
estranhos (Js. 23.12-13), Sansão casou-se com aquela filha dos filisteus. Deus,
que conhece todos os nossos dias antes mesmo de nascermos (Sl. 139.16), sabia
que Sansão cairia nessa fraqueza e que seria por meio dessa queda que Ele
retiraria o domínio filisteu sobre Israel. (Jz. 14.4).
Já envolvido
pelo pecado da desobediência ao Senhor, Sansão, soberbamente, lançou um difícil
enigma aos presentes em suas bodas (Jz. 14.10-14). Ameaçada pelo seu povo, a
mulher de Sansão o enganou e o fez revelar a resposta do enigma e a contou a
seus patrícios. (Jz. 14-15-18). O casamento que mal iniciara, acabou e a mulher
do juiz de Israel foi dada a outro homem (Jz. 14.20).
Sansão erra outra vez
Porém
Sansão não aprendeu com o erro e mais uma vez decidiu fazer aliança com o povo
inimigo do Senhor e envolveu-se com Dalila e, uma vez que quem se envolve com o
inimigo tem sua vida gradativamente dominada pelo sofrimento, desta vez os
príncipes dos Filisteus não precisaram ameaçar a mulher de Sansão, bastou
oferecer-lhe dinheiro para que o traísse. Da mesma forma, também não queriam
apenas a resposta de um enigma, mas desejavam amarrá-lo e subjugá-lo (Jz.16.6).
Depois
de diversas tentativas frustradas, Dalila conseguiu enfim revelar o segredo da
força de Sansão a seus compatriotas. O juiz foi então subjugado e a Palavra de
Deus revela que tendo ele sido acordado por Dalila sob o grito de que os
filisteus vinham sobre ele “disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como
dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha
retirado dele. Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o
fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um
moinho no cárcere. (Jz. 16.20-21).
Sansão
acreditou que sua força estava em algo nele, algo que podia dispor da forma que
desejasse. Seu cabelo comprido era apenas um sinal exterior da aliança interior
com Deus. O juiz de Israel não perdeu a força apenas quando teve seu cabelo
cortado, mas começou a perde-la verdadeiramente quando optou por desprezar ao
Senhor e seu nazireado fazendo aliança com os inimigos de Deus.
Quando
Sansão tentou combater os filisteus que o prendiam ele não encontrou forças,
não porque estava de cabelo curto, mas porque “já o SENHOR se tinha retirado
dele” (Jz. 16.20).
As coisas exteriores podem nos servir como referência da nossa relação com Criador, mas não está nelas o poder de nos libertar ou abençoar.
Após
ser humilhado Sansão recobrou as forças por um momento e com isso matou
milhares de filisteus e também morreu, mas o ressurgimento de sua força não
ocorreu porque seu cabelo crescera outra vez, mas porque “Sansão clamou ao
SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só
esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus
olhos. (Jz. 16.28).
A
força de Sansão, assim como a nossa, não estava em algo exterior, mas na
aliança feita com o Senhor.
As
coisas exteriores podem nos servir como referência da nossa relação com
Criador, mas não está nelas o poder de nos libertar ou abençoar. Se
participamos do ritual do batismo nas águas e não nos tornamos efetivamente
novas criaturas nada fizemos, se lemos a bíblia e não procuramos ouvir e
obedecer a voz do Senhor ela será para nós apenas um livro. Sobre isso o
próprio Deus nos alertou quando disse “De que te serve repetires os meus
preceitos e teres nos lábios a minha aliança,
uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? (Sl.50.16-17).
Convém
sempre lembramos, portanto, que, assim como era em Sansão, a nossa força, o
nosso refúgio não está em algo que temos ou em um ritual que fazemos, mas tão
somente no nosso Senhor (Sl. 28.7; 91.2).
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Deus abençoe
ResponderExcluirAmém! Deus te abençoe poderosamente.
ExcluirForte estou ne sentindo no momento como sansão muito triste
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