A Palavra de Deus nos conta, no
Antigo Testamento, um relato muito interessante, que desejo comentar nesse
texto, a respeito de como se dá o agir de Deus. Trata-se do relato sobre a
vitória de Gideão sobre os midianitas.
O texto bíblico conta que Gideão,
filho de Joás, (Jz. 6.11) foi chamado por Deus para livrar o povo de Israel do
domínio dos midianitas (Jz. 6.11-24). Gideão assim, juntou o povo e acampou
próximo ao acampamento de seus opressores (Jz. 7.1).
Havia se disposto a acompanhar
Gideão na peleja contra os midianitas trinta e dois mil homens (Jz. 7.3), porém
o número dos combatentes inimigos era muito maior, pois “Os midianitas, os
amalequitas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como gafanhotos em
multidão; e eram os seus camelos em multidão inumerável como a areia que há na
praia do mar.” (Jz. 7.12).
Deus reduz o exército de Gideão
No entanto, apesar da aparente
inferioridade numérica dos homens de Gideão, Deus falou ao filho de Joás: “É
demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos”
(Jz. 7.2). Ora, se a quantidade de homens que estavam com Gideão já era
bastante inferior ao exército inimigo poderia parecer insano reduzir ainda mais
o número de combatentes israelenses naquele momento.
Porém, O senhor escolhe as coisas
loucas para envergonhar os sábios (1Co. 1.27). Os midianitas estavam oprimindo
o povo de Deus, mas era Ele quem estava no comando daquela batalha contra os
inimigos de israel. Por isso, Deus explicou o motivo de ter mandado Gideão
reduzir o contingente de seu exército: “Israel poderia se gloriar contra mim,
dizendo: A minha própria mão me livrou.” (Jz. 7.2).
Por duas vezes o Senhor ordenou a
Gideão que reduzisse a quantidade de guerreiros que estavam com ele (Jz. 7.3-7). Dos trinta e dois mil iniciais, permaneceram com Gideão para combater os
midianitas apenas trezentos homens (Jz. 7.7).
Difícil, para olhos humanos,
entender como um pequeno grupo de trezentas pessoas poderia prevalecer sobre um
povo que “cobria o vale como gafanhotos em multidão”. No entanto a Palavra de
Deus relata que, sob a orientação do Senhor, aqueles homens de fato obtiveram
vitória sobre seus inimigos (Jz. 7. 16-22).
Outra verdade importante que apreendemos nesse relato bíblico é que algumas vezes é necessário que Deus nos tire algo que possuímos para nos dar a vitória.
Ao lermos esse relato na íntegra
percebemos que Gideão estava sendo inspirado por Deus. Certamente se o filho de
Joás houvesse desejado resolver aquela batalha da forma dele, somente confiando
na força de seus homens teria sido massacrado pelo exército inimigo, pois não é
nossa força que nos faz prevalecer (1Sm 2.9).
Outra verdade importante que
apreendemos nesse relato bíblico é que algumas vezes é necessário que Deus nos
tire algo que possuímos para nos dar a vitória. Porém o Senhor não faz isso
para nos maltratar e sim para não cairmos na soberba de acharmos que nós somos
autossuficientes e que é por meio das nossas virtudes, e não pelo Seu poder,
que obtemos os resultados almejados em nossa vida. Devemos lembrar que tudo
coopera para o bem dos que amam a Deus (Rm. 8.28), inclusive as aparentes
perdas.
É preciso entendermos que sem o
Senhor em nossas vidas, de fato, nada podemos fazer (Jo. 15.5).
Gideão provavelmente achava que
aqueles trinta e dois mil homens seriam capazes de enfrentar os midianitas e
obter êxito diante deles, mas aquela missão havia sido dada pelo Senhor e,
portanto, deveria ser comandada por Ele.
Como Deus dá a vitória
Para o bem de Gideão, aprouve a
Deus retirar dele aquilo que ele imaginava ser a sua força – o seu exército
- antes de lhe dá a vitória.
O que teria acontecido ao filho
de Joás se houvesse se indignado contra o Senhor e, ao invés de seguir
confiando e seguindo as orientações de Deus, optasse por ficar reclamando as
suas perdas?
Por vezes, em nossa vida, Deus
também nos tira algo, não para nos fazer sofrer mas para que possamos repensar
os nossos caminhos e reconhecer que Deus é quem deve estar no controle dos
nossos planos.
Ao partir para a peleja,
certamente Gideão desejava a vitória mas imaginava uma batalha sangrenta e
direta com os inimigos, batalha essa que nem chegou a ocorrer porque Deus tinha
outros planos; e quão divinamente lindos e sábios são os planos do Senhor.
Nas lutas da vida, reconheçamos
em tudo o comando do Senhor, pois muitas vezes aquilo que entendemos como
perdas são na verdade o início da nossa vitória.
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