Encontramos no Evangelho de Mateus (e também no de Marcos) um relato muito interessante a respeito de uma segunda multiplicação de pães e peixes que Jesus realizou. Lucas e João relatam apenas a primeira multiplicação. O texto de Mateus diz: “E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho. Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão? Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete e alguns peixinhos. Então, tendo mandado o povo assentar-se no chão, tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu, e deu aos discípulos, e estes, ao povo. Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete cestos cheios. Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças.” (Mt. 15. 32-38).
Esse relato está repleto de
significado. Por se tratar de um tema relativamente complexo proponho um estudo
em duas partes a serem publicadas nas postagens do blog Preceitos de Fé.
Iniciemos então com uma análise desse relato bíblico:
Em primeiro lugar, evidentemente,
ele é a descrição de um dos muitos milagres de Jesus que tinham por finalidade
anunciar a chegada do Reino de Deus. Mas se observarmos o texto com atenção
perceberemos a riqueza de revelações contidas nas simbologias das palavras.
A Compaixão de Jesus
O texto diz que Jesus teve
compaixão da multidão (v. 32). O profeta Miqueias, no Antigo Testamento, no
último capítulo de seu livro revela a vida do Messias e Seu reino de justiça e
escreve: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te
esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua
ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de
nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas
profundezas do mar.” (Mq. 7. 18-19).
Aliás foi o profeta Miqueias que fez a revelação a respeito da cidade onde nasceria o Messias: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq. 5. 2). Aqui há inclusive a revelação da dupla natureza de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pois embora fosse nascer em Belém suas origens eram desde a eternidade. O próprio Jesus cita um texto de Miqueias (Mt. 10. 34-36) a respeito da divisão entre os homens em virtude da corrupção moral (Mq. 7.6).
O início do
texto de Mateus revela então a identidade Messiânica de Jesus, Ele é o Senhor
que voltara a ter compaixão de nós.
Os Três Dias
Porém o texto
continua e Jesus revela o motivo da compaixão: “porque há três dias que permanece
comigo e não tem o que comer” (v. 32). Veja, os três dias aqui remetem aos três
dias que Jesus passou na sepultura (1Co. 15.3-4) antes da ressurreição. Cristo
usou também essa simbologia quando, falando aos escribas e fariseus, afirmou
que o único sinal que os daria seria o sinal de Jonas que havia passado três
dias no ventre de um grande peixe (Mt. 12.40) e também quando disse a seus
discípulos que destruiria o templo e o reconstruiria em três dias (Jo. 2.19). Jesus
falava de Sua morte em favor de nós.
Esse texto
ainda possui muitas revelações em seu conteúdo que quero abordar e nós as
descobriremos na próxima postagem do blog Preceitos de Fé. Então, até lá.
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