Algumas pessoas quando ouvem falar em revelação de Deus relacionam essa expressão com os Escritos Sagrados – a Bíblia, no entanto é importante que se saiba que a revelação de Deus não compreende apenas os livros do Antigo e do Novo Testamento, na verdade não se limita nem a qualquer revelação escrita.
Por se tratar de um tema
relativamente complexo proponho um estudo em três partes a serem publicadas nas
postagens do blog Preceitos de Fé. Iniciemos então com uma análise minuciosa
desse fato:
O Texto Sagrado
Em primeiro lugar os textos das
Sagradas Escrituras estão localizados no centro de uma grande tradição oral
judaica e cristã. De fato, os relatos contidos no que hoje conhecemos por
Antigo Testamento foram transmitidos oralmente de geração em geração antes de
serem registrados pela escrita. O mesmo aconteceu com os livros do Novo
Testamento, de forma que além do que foi registrado no Texto Sagrado muitos
outros relatos das palavras e ações dos profetas e dos reis citados no Antigo
Testamento circulavam entre o povo hebreu, assim como também ocorria com os
relatos dos milagres e das palavras de Jesus no meio cristão.
Porém a revelação também não se resume aos relatos, sejam orais ou escritos, da ação de Deus na história da humanidade, mas compreende também a própria ação. Quando o livro de Êxodo, por exemplo, conta que Moisés saiu com o povo hebreu do Egito, não é apenas o relato dessa saída que é uma revelação de Deus, mas o próprio ato da saída do povo se constitui em revelação divina. Portanto, Revelação divina é toda manifestação de Deus por atos e palavras na história da humanidade que descortina algo de seu Ser e de Seu plano salvífico.
À luz desse conceito fica
evidente que a revelação de Deus não pode se resumir apenas aos textos
bíblicos. Porém, devemos entender melhor a amplitude do conceito, pois é
preciso se compreender que a revelação divina não se limita nem mesmo a relação
do Senhor com o povo de Israel e nem com os Cristãos.
Na História
É fácil perceber que Deus já
vinha se revelando bem antes do surgimento do povo hebreu e ainda mais dos
cristãos: Deus se revelou a Adão e Eva, Deus se revelou a Enoque, Deus se
revelou a Noé...
Encontramos na carta de Paulo aos
romanos os seguintes textos:
“Porquanto o que de Deus se pode
conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os
atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua
própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das coisas que foram criadas...” (Rm. 1.19-20).
...Deus se revela à humanidade e não apenas aos judeus ou aos cristãos, porém é evidente que o Senhor se utilizou de várias formas de se revelar ao homem.
“Quando, pois, os gentios, que
não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei,
servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu
coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente
acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus,
julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.” (Rm.
2.14-16).
Dos dois textos acima se
depreende que Deus se revela à humanidade e não apenas aos judeus ou aos
cristãos, porém é evidente que o Senhor se utilizou de várias formas de se
revelar ao homem.
No entanto, como teria se dado
essas diversas formas de revelação divina em outros povos que não os hebreus
antigos? A esse respeito conversaremos na SEGUNDA PARTE de nosso estudo que
será publicada na próxima postagem do blog Preceitos de Fé. Então até lá.
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