Quando Satanás, na figura da serpente, teve a conversa com Eva relatada no capítulo 3 do livro de Gênesis ele questiona a ordem de Deus dizendo: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (Gn. 3. 1b). Essa pergunta se referia as determinações estabelecidas pelo Senhor a Adão que encontramos no capítulo 2 do mesmo livro: “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn. 2. 16-17).
A Estratégia do Inimigo
Percebamos que a orientação
divina a qual o Inimigo se referia era muito mais permissivamente generosa do
que restritiva. Deus dizia que de todas as árvores do Jardim o homem (ser
humano) poderia comer e apenas de uma única árvore não lhe era permitido lançar
mão. Porém Satanás enfatiza o caráter restritivo da orientação divina para
colocar na mente de Eva a insatisfação com o Senhor e fazê-la esquecer do livre
acesso às bênçãos (todas as outras árvores) que Ele a havia facultado.
Se estivermos atentos perceberemos que ainda hoje a técnica utilizada pelo Inimigo para nos afastar do Senhor é a mesma. O culto a uma falsa liberdade pregada no mundo atual sugere que estamos todos presos a amarras angustiantes que urgem serem quebradas. O mundo clama por liberdade mesmo sem saber exatamente o que ela significa.
Satanás, assim como fez com Eva,
sempre se dedicará a enfatizar em nossa vida os aspectos restritivos ou
punitivos da nossa existência. Assim será ele que nos torturará com acusações
quando da ocorrência de deslizes morais em nosso procedimento, ele é quem
tentará nos convencer que somos tolhidos de alguma forma e que precisamos
abraçar a satisfação dos nossos desejos mais infames, é ele que estimula a
insurgência contra as supostas “regras da igreja” ... não é à toa que ele é
chamado de acusador e adversário.
O Agir de Deus
É verdade que Deus nos coloca
limites, pois vivemos em sociedade e nós enquanto cristãos precisamos buscar
assemelhar nossa comunidade, tanto quanto possível, ao Reino de Deus e isso só
é possível agindo com decência e ordem (1Co. 14.40). É verdade também que tais
limites não devem ser transgredidos flexibilizando o que foi estabelecido de
forma a comportar todo tipo de opinião e comportamento (Pv. 22.28), porém a
intenção de Deus externada em Sua Palavra não pode ser considerada em absoluto
como restritiva.
Precisamos estar atentos a que ideias estamos dando crédito, a que voz estamos ouvindo...
Jesus, quando esteve no meio de
nós, afirmou que veio para nos dar vida e vida em abundancia (Jo. 10.10), O
apóstolo Paulo nos afirma que foi para liberdade que Cristo nos libertou (Gl.
5.1), como essas afirmações poderiam se coadunar com leis que tolhessem a
liberdade daqueles que buscam fazer a sua vontade?
Ocorre que, assim como fez com
Eva, Satanás tem instigado às sociedades a crerem que o que Deus pretende é
restringir nossa liberdade, tolher nossas iniciativas e nos tirar o sentido da
vida. Ora, como podemos imaginar que aquele que é a própria vida (Jo. 14.6)
pode possuir tais objetivos?
Precisamos estar atentos a que
ideias estamos dando crédito, a que voz estamos ouvindo: a de Satanás, que
enfatiza as limitações, mas oculta as bênçãos pois é mentiroso e pai da mentira?
(Jo. 8.44) ou a de Deus que delimita o caminho para nos levar pela estrada que
nos transformará em mais do que vencedores (Rm. 8.37)?
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