Pular para o conteúdo principal

A TORRE DE BABEL E A GLOBALIZAÇÃO

A Bíblia relata em Gn. 11 como surgiram as diversas línguas existentes no mundo atual. Conta a Palavra de Deus que naquela época havia apenas uma linguagem e apenas uma maneira de falar na terra (Gn. 11.1).

A história da torre

Essa história se passa com os descendentes dos filhos de Noé. Ninrode, filho de Cuxe, filho de Cam (aquele que zombou da nudez de seu pai (Gn. 9.22)), foi o primeiro homem relatado na bíblia que edificou reinos(Gn. 10.8-12) e o princípio do reino que ele edificou foi Babel (Gn. 10.10), cujo nome, daria origem à Babilônia, cidade que foi edificada naquele lugar muito tempo depois.
Segundo o historiador judeu Flávio Josefo foi Ninrode quem levou o povo a desprezar a Deus, convencendo a toda a população que deviam a si mesmos, e não a Deus, sua boa fortuna, e se oferecendo para protege-los do Senhor, caso Ele decidisse promover novo dilúvio. Para isso, deveriam construir uma grande torre, tão alta que as águas não poderiam alcançar o topo, e com isso ele também vingaria a morte de seus antepassados, ocorrida em virtude do dilúvio.
Mt.23.8
A Palavra de Deus também relata que o povo passou a construir a torre para tornar célebre seus nomes e para não serem espalhados por toda a terra (Gn. 11.4).
Ocorre que Deus não se agradou dessa atitude dos homens e, assim como havia visto que a maldade do homem tinha se multiplicado na terra antes do dilúvio (Gn. 6.6), também viu que aquela atitude insana era apenas o começo e que, uma vez que todos falavam a mesma língua, não haveria restrição para o que desejassem fazer (Gn.11.6).
O Senhor então confunde a língua dos povos e como não entendiam um a linguagem do outro, todos se dispersaram e deixaram de construir a cidade e a torre (Gn.11.7-8).
No entanto, depois deste evento, desde os tempos antigos, o homem procura desfazer este ato divino. O povo foi disperso e as línguas foram multiplicadas para que a humanidade não se perdesse mais profundamente entre pecados e abominações. Porém, desde os mais remotos séculos o homem busca reverter esse processo.
Nos tempos antigos, tão logo surgiu o comércio, surgiu também a busca por novas fronteiras, novos mercados. Quando se desenvolveu a navegação a procura por novas regiões onde se pudesse haver a busca e a oferta de novos produtos era incessante, com isso o interesse em uma linguagem comum a todos foi iniciado.
Reinos e impérios se sucederam na história da humanidade e muitos deles buscavam impor a sua língua materna como língua oficial sobre as nações que estavam sob seu domínio.
A língua grega e a língua romana (latim) durante séculos, foram faladas por boa parte das nações por motivos econômicos e políticos.

O início da globalização

Após os tempos dos grandes impérios, já no mundo capitalista, alguns povos e consequentemente algumas línguas passaram a se destacar no cenário mundial devido ao poder político, econômico ou militar de suas nações.
Na segunda metade do século XIX um médico polonês, buscando desenvolver uma língua que fosse comum a todos os povos em suas comunicações internacionais, criou o esperanto.

Deixemos, pois, o Espírito Santo tocar o nosso coração para entendermos que apenas Cristo pode nos unir a todos...

Nos dias atuais, com o fenômeno chamado de globalização (embora alguns estudiosos do mundo corporativo questionem tal fenômeno, pois a distribuição econômica continua favorecendo apenas algumas nações) o inglês, não obstante, não ser a língua mais falada no mundo, tornou-se a língua mais difundida e usada nas relações comerciais.
No entanto, em que pese as tendências políticas e comerciais e até mesmo, a boa intenção do jovem médico polonês, todas essas iniciativas de “unir as pessoas de todo o mundo”, “promover a convergência das nações em torno dos mesmos interesses” e globalizar o mundo de forma a todos falarem uma “mesma linguagem” são contrárias à vontade de Deus.
Isso quer dizer que Deus pretende manter as pessoas desunidas? De forma nenhuma, pois Ele mesmo diz que virá para ajuntar todas as nações e línguas (Is. 66.18) e que Cristo, com seu sangue, comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap. 5.9).
Porém, essa obra pertence a Deus e não aos homens, as pessoas, nações e línguas se unirão em torno e em nome de Cristo Jesus e não por motivos comerciais, econômicos, sociais ou políticos. Enquanto procurarmos a globalização de interesses mesquinhos caminharemos cada vez mais para o isolamento do homem em comunidades virtuais de “amigos” desconhecidos e nos afastaremos da verdadeira união.

Deixemos, pois, o Espírito Santo tocar o nosso coração para entendermos que apenas Cristo pode nos unir a todos como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas (Mt. 23.37), pois só em Cristo Jesus seremos verdadeiramente todos irmãos (Mt.23.8).
Gostou desta postagem? Comente, compartilhe, recomende. Utilize os botões abaixo para postar esse texto em sua rede social, colocar em seu blog ou enviar por e-mail para seus amigos. Ajude a divulgar a Palavra de Deus.

Comentários

Postar um comentário

Compartilhe