A
Palavra de Deus relata que o rei Josias, em seu reinado, fez o que era reto
perante o Senhor (2Rs. 22.2), que antes dele não houve rei que lhe fosse
semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, de toda a sua
alma e de todas as suas forças e que mesmo depois dele, nunca se levantou outro
rei igual (2Rs. 23.25).
O
Segundo Livro das Crônicas, no capítulo 34, afirma que aquele rei, no oitavo
ano de seu reinado, ainda moço (ele começou a reinar com 8 anos de idade (v.1))
passou a buscar o Deus de Davi, seu pai (v. 3).
O Rei Josias
Aqui,
lembramos que Josias era filho de Amom e neto de Manassés, dois reis que
cometeram muitas abominações contra o Senhor. Embora seu avô Manassés tenha,
quando em cativeiro, se humilhado perante Deus (2Cr. 33.12), seu pai Amom, não
fez o mesmo (2Cr. 33.23), portanto, certamente Josias não foi, desde a
infância, ensinado a reconhecer que o Senhor é Deus, por isso o escritor
bíblico afirma que, quando jovem, o rei Josias passou a buscar o Deus de Davi.
No duodécimo
ano de seu reinado (4 anos após iniciar sua busca pelo Senhor) o rei começou a
purificar toda a Judá e Jerusalém. Tirou os altares dos baalins, derrubou os
postes-ídolos, destruiu as imagens de escultura (2Cr. 34.4) e fez isso não
apenas em Jerusalém, mas também nas cidades de Manassés, de Efraim e de Simeão
até Naftali (2Cr. 34.6).
Depois
de toda a limpeza e purificação que promoveu em toda a terra de Israel (2Cr.34.7) o rei Josias voltou para Jerusalém.
A
Palavra de Deus revela, então que no décimo oitavo ano de seu reinado, já tendo
purificado a terra e a casa, Josias inicia a reparar a Casa do Senhor (2Cr.34.8).
É
importante notar que o rei Josias, após buscar a comunhão com Deus, poderia ter
iniciado suas obras em louvor ao Altíssimo pela reforma da Casa do Senhor, mas
não foi isso que ele fez. Com a sabedoria que é característica daqueles que
buscam a Deus, Josias, humildemente, reconheceu que antes de reformar a Casa do
Senhor, deveria reformar a sua própria casa, a sua terra, o seu povo.
Dessa
forma, retirou de seu ambiente, de sua vida, de sua terra, tudo aquilo que não
agradava ao Senhor: os ídolos, as abominações, os pecados e, então, depois
disso, buscou louvar a Deus restaurando a Sua Casa.
Nos livrar do velho homem
Devemos
mirar esse exemplo ao nos lembrarmos que para nos achegarmos a Deus e adorá-lo
devemos nos livrarmos do velho homem (Ef. 4.22) e não buscarmos servir a Deus e
ao mundo (Mt. 6.24).
Isso
significa que somos capazes de nos salvar, de nos dar a salvação por nossas
obras? De forma nenhuma, bem sabemos que a salvação é pela graça (Ef. 2.8) e
que foi ele que nos escolheu e não nós a ele (Jo. 15.16) e, além do mais, sem
Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5).
Também
não quero afirmar que só quem pode adorar ao Senhor é aquele que estiver sem
pecados, porque dessa forma não haveria adoradores, pois todos pecamos (1Jo.1.10).
...busquemos, antes de tudo, ter o espírito quebrantado e o coração contrito e compungido...
No
entanto, devemos lembrar que não podemos buscar a Deus e alimentar os prazeres
do mundo, o caminho da comunhão com Deus segue em direção diametralmente oposta
daquele que leva aos prazeres do mundo e exige tempo e determinação, pois a
vereda dos justos é como luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser
dia perfeito (Pv. 4.18).
Até
mesmo ao ofertar ao Senhor, o próprio Cristo alerta-nos, que se algum irmão tem
algo contra nós, devemos deixar nossa oferta de frente ao altar, nos acertarmos
com nosso irmão e depois retornar e oferecermos nossas primícias (Mt. 5.23-24).
Portanto,
como queremos agradar a Deus com palavras se ainda não o fazemos com ações e
sentimentos?
Infelizmente,
vemos muitos irmãos, tão logo têm os primeiros contatos com a Palavra, se
arvorar mestres, pregadores e levitas. Empostam a voz, falam rebuscadamente e
passam a apontar o argueiro no olho do irmão, mas esquecem a trave dentro do
próprio (Mt. 7.3).
Observemos,
pois, os exemplos de humildade de Davi que sabia ter sido gerado em pecado (Sl.51.5), de Salomão que pediu sabedoria (1Rs. 3.9), de Josias que reconheceu
precisar limpar todo seu ambiente para poder agradar a Deus (2Cr. 34. 4-7) e do
próprio Jesus que não julgou usurpação o ser igual a Deus e se esvaziou se
tornando como homem (Fl. 2.6-7), e busquemos, antes de tudo, ter o espírito
quebrantado e o coração contrito e compungido, pois é assim que começaremos a agradar
ao Senhor (Sl.51.17).
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