Todos
sabemos que a visão, juntamente com a audição, são dois dos sentidos que mais
contribuem para que conheçamos o mundo ao nosso redor. Quando perdemos um
desses sentidos nossa interação com o mundo fica comprometida e o nosso corpo é
obrigado a fazer compensações na tentativa de minimizar os prejuízos.
Os
recentes estudos da Neurociência demonstram que a experiência visual tem
tamanha importância para a vida do seu humano que este sentido ocupa, em nosso
cérebro, uma área maior do que a reservada aos demais sentidos.
Os
estudiosos do cérebro humano também revelam que não nascemos, como se pensava
anteriormente, com a habilidade de enxergar pronta, ou seja, mesmo que tenhamos
nossos órgãos visuais em perfeito estado, ao nascermos precisamos “aprender” a
enxergar, e esse aprendizado se dá, inconscientemente, em contato com a
família.
A importância espiritual dos nossos olhos
Porém,
a visão não é importante apenas para a interação do homem com o mundo físico em
que vivemos, mas tem também influência direta em nosso relacionamento com Deus
e, da mesma forma que na visão física, precisamos aprender a enxergar de um
patamar espiritual.
Encontramos
no evangelho de Lucas o sábio ensinamento do Senhor a esse respeito, quando o
Mestre diz: “São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem
bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em
trevas. Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, portanto,
todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo
resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz. ” (Lc. 11.34-36).
Percebamos
que o Senhor Jesus chama os nossos olhos de lâmpada do corpo, ou seja, deles
dependem o estado geral em que nos encontraremos, se estaremos em trevas ou em
luz. Notemos também que o Senhor não diz que, se nossos olhos forem maus,
apenas ficaremos sem luz, Ele é categórico em nos afirmar que, em nossos olhos
sendo maus, nossa luz serão trevas, ou seja, na verdade espiritual não existe
meio termo, ou é bom ou é mal, ou é pecado ou não é, não existe meio pecado.
Os olhos de Eva
Quando
Eva comeu do fruto proibido no Jardim do Éden, não foi apenas a retórica da
serpente que a convenceu, mas também o fato de que ela desejou o fruto com os
olhos (Gn. 3.6). O apóstolo João afirma também que a concupiscência dos olhos
não provém de Deus, mas do mundo (1Jo. 2.16).
De
fato, a forma como enxergamos e em que dedicamos a nossa atenção são as causas
de grande parte dos pecados que cometemos. É difícil desejarmos ou invejarmos
aquilo que não vemos.
Acã
quando a viu a capa babilônica entre os despojos do inimigo a desejou e, por
isso, cometeu o pecado de leva-la consigo (Js. 7. 1-26). Davi, se não tivesse
visto Bate-Seba se banhar, provavelmente, não teria cometido os pecados do
adultério e do assassinato (2Sm. 11).
É
importante lembrar que o sentido da visão não se resume aos olhos, estes são
apenas os órgãos por onde entram os estímulos luminosos que chegam ao nosso
cérebro, mas a experiência visual é um processo complexo que envolve, além dos
olhos, regiões cerebrais como o lobo parietal e o lobo occipital, portanto as
imagens mentais que desenvolvemos, normalmente, também estão relacionadas ao
sentido da visão.
Portanto, irmãos, precisamos educar a nossa visão para que nos dediquemos a enxergar a Cristo e abandonemos a concupiscência dos olhos.
Jesus,
fala sobre imagens mentais quando diz: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.
Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no
coração, já adulterou com ela. ” (Mt. 5. 27-28) e completa o ensinamento se
referindo à seriedade com que devemos tratar o controle de nossos olhos quando
diz: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te
convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no
inferno. ” (Mt. 5.29)
Portanto,
irmãos, precisamos educar a nossa visão para que nos dediquemos a enxergar a
Cristo e abandonemos a concupiscência dos olhos.
Para
isso é necessário buscarmos sempre a comunhão com o Senhor por meio do estudo e
da prática de Sua Palavra que é pura e ilumina os olhos (Sl. 19.8), clamando a
Deus que nos permita contemplar as maravilhas da Sua Lei (Sl. 119.18) e que
nossos olhos não vejam a vaidade (Sl. 119.37), mas que nos esforcemos a
eleva-los continuamente ao Senhor (Sl. 25.15), fixando nossa atenção em Sua
benignidade e andando em Sua verdade (Sl. 26.3), fazendo assim, nossos olhos
serão bons e em todo o nosso resplandecerá a luz de Deus.
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Verdade irmão... Como de diz popularmente: "os olhos são as janelas da alma."
ResponderExcluirE tudo que por ele entra reflete diretamente em nossos pensamentos, impregna nossa mente, nossos corações.
É necessário sim vigiar e selecionar tudo aquilo que vemos, para que nossos olhos sejam as janelas das boas e edificantes mensagens. Urge que procuremos identificar o que é saudável, leituras, filmes, programas de TV, mensagens de uma forma geral, que nos tragam elevação de pensamento, ideias sadias que nos ajudem a edificar nossos vidas e levarmos o nosso dia a dia com a mente voltada para o bem, o amor, a paz interior.
Pois o pensamento, tudo que guardamos em nossa mente, especialmente pela visão, é força de atração, que a própria ciência em seus estudos provou ser. Primeiro passo para a construção do mundo ao nosso redor. E esse entendimento nos leva a perceber quanta responsabilidade temos com relação ao vemos e pensamos, direcionado a nós mesmos e ao nosso próximo.
Deus Te Abençoe e Te Mantenha Firme no Propósito.
Amém irmã, Deus continue te abençoando e te guiando em todos os passos.
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