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AS OFERTAS DO MUNDO

A parábola do filho pródigo (Lc. 15. 11-32), contada por Jesus, revela-nos diversos ensinamentos, mas quero me ater, neste texto, às revelações contidas no versículo 17 onde aquele filho percebe o quanto tinha perdido ao optar por abandonar o seu pai.
A alegoria contada pelo Senhor diz que certo homem tinha dois filhos e que um deles, o mais moço, pediu ao pai a parte que lhe cabia na herança. O pai resolveu atender o pedido do filho e fez a divisão dos bens e entregou-lhe a parte que cabia. O filho, por sua vez, alguns dias depois, juntou tudo o que era seu e partiu para uma terra distante, onde gastou toda a sua herança com prazeres mundanos (Lc. 15. 11-13) e sexuais (Lc. 15.30).
Ao sobrevir uma grande fome na região onde o rapaz se encontrava, ele começou a passar necessidade e buscou trabalho no campo (Lc. 15. 14-15) onde, tamanhas foram as suas dificuldades, chegou até mesmo a desejar “fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. ” (Lc. 15.16).
“Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! ” (Lc. 15.17).

As tentações

Analisando o enredo da história, encontramos muitas verdades, já nesta primeira parte. Percebemos, por exemplo, que foi o filho mais novo quem pediu a antecipação de sua parte na herança, demonstrando ansiedade, um comportamento típico de quem ainda possui pouca maturidade. E essa maturidade, encontramos hoje, muitas vezes não apenas na idade e nas experiências próprias da vida, mas também na fé.
Hb. 5.13
Quantas pessoas, irmãs da igreja, que mal adentraram as portas da Casa de Deus e iniciaram o conhecimento de Jesus, que ainda estão se alimentando do leite (Hb.5. 11-14) e já desejam receber grandes revelações, possuir dons extraordinários e galgar cargos de destaque na congregação, sem avaliar se possuem a maturidade necessária para assumir tais responsabilidades.
Também percebemos no texto que aquele filho mais novo, embora, assim como o mais velho, dispusesse de grande fartura e comodidades e de tudo o que era de seu pai, sentia-se preso naquela abundância e desejou a liberdade enganadora do mundo.
Quantas pessoas alegam ser difícil seguir a Cristo, e muitas nem aceitam segui-Lo, porque julgam que vão abdicar de sua liberdade se buscarem a Palavra de Deus, quando na verdade é o pecado que nos faz prisioneiros (Rm. 7.23), porque foi para liberdade que Cristo nos libertou (Gl. 5.1).

Liberdade

Se você se sente preso ao buscar o evangelho de Jesus, se sente que está perdendo algo ao deixar os prazeres do mundo para estudar a Palavra, então você ainda não foi liberto por Cristo, pois se Cristo te libertar verdadeiramente sereis livres (Jo. 8.36). Devemos servir ao Senhor com alegria (Sl. 100.2) e não com pesar, e alegria verdadeira não se força, vem naturalmente. Continue caminhando e perseverando com Cristo e você alcançará essa liberdade oferecida pelo Senhor e a alegria verdadeira chegará, pois, o caminho de quem segue a Jesus vai brilhando mais e mais até ser perfeito (Pv. 4.18).

Essa é a face real do que o mundo pode nos oferecer e que se descortina, tão logo, se dissolva a ilusão da máscara inebriante de prazer e alegria...

Quando o jovem da parábola percebe que errou ao abandonar o pai para se entregar aos prazeres da carne, o texto nos revela também o que sente todo aquele que se descobre enganando pelas falsas promessas de felicidade e prosperidade do mundo, pois este jaz no maligno (1Jo. 5.19) e aquele que é mau desde o princípio (1Jo. 3.8), quer apenas roubar, matar e destruir. Somente Jesus Cristo pode nos dar vida em abundância (Jo. 10.10).
Aquele jovem lembrou-se que os servos de seu pai têm pão com fartura. Jesus é o pão da vida (Jo. 6.35), todo aquele que comer do seu pão jamais terá fome e quem beber de sua água jamais terá sede (Jo. 4.14).
Mas aquele jovem que deixou o seu pai, pensando em alcançar a liberdade e desfrutar os prazeres da vida, descobriu-se preso a outro senhor (Jo. 8.34), onde era servo e não filho, onde enfrentava sofrimentos em meio aos porcos e onde “morria de fome” (Lc. 15.17).
Essa é a face real do que o mundo pode nos oferecer e que se descortina, tão logo, se dissolva a ilusão da máscara inebriante de prazer e alegria que o inimigo usa para apanhar a todo aquele a quem possa devorar (1Pe. 5.8): a face da humilhação, do sofrimento e da fome de tudo, pois a paz que o mundo oferece jamais será a mesma que o Senhor nos dá (Jo. 14.27).

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