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OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS - PARTE 3

Na Primeira Parte desse estudo começamos a descrever a Parábola dos Trabalhadores na Vinha, contada por Jesus e analisamos como era contado o tempo pelos judeus dos tempos do Novo Testamento
Na Segunda Parte deste estudo iniciamos uma análise sobre o conteúdo literal e simbólico dessa parábola que encerra um profundo ensinamento do Senhor, e percebemos como ele ainda se aplica nos dias atuais.
Encerrando nosso estudo, buscaremos entender como Deus exerce Sua justiça ao dar àqueles que O conheceram e O receberam nas últimas horas a mesma benção que entrega aos que logo O aceitaram.
Percebamos que aqueles que recebem ao Senhor nas primeiras experiências de sua existência, embora possam passar por muitas lutas e aflições durante a vida, geralmente são tomados por uma força incansável (Is. 40. 30-31) e uma certeza da vitória (Rm.8.37) que os faz seguir em frente com perseverança, experiência e esperança (Rm.5.3-4). Portanto, estão como que permanentemente protegidos, desde cedo, da derrota e da morte eterna.

Os que se demoram no pecado

Mt. 19.24
Porém, aqueles que passam longos anos vivendo na carnalidade do mundo, antes de receberem ao Senhor em seus corações, embora possam até viver uma vida aparentemente feliz, na verdade passam todo esse período em meio à dor, ao medo, à mentira e a angustia, pois de fato, enquanto não entregam o controle de suas vidas ao Pai, vivem na corda bamba, podendo a qualquer momento caírem no vácuo da morte eterna.
Sendo assim, estes últimos passam muito mais tempo flertando com a morte do que com a vida, e consomem muito mais de suas vidas lutando contra o sofrimento do que aqueles que desde cedo estão debaixo da proteção do Senhor.
Na verdade, analisando a essência da realidade, o sofrimento, o sacrifício e o esforço que fazem aqueles que passaram uma longa parte da vida em meio ao pecado, para se entregarem ao Senhor e abandonarem os vícios, os prazeres, a subjugação da carne, os falsos conceitos, as amizades nocivas e tantos outros malefícios que o mundo proporciona, são muito maiores do que daqueles que logo se entregaram a Deus e passaram, a partir daí, a viver, mesmo que em meio a angustias, sob os auspícios do Senhor.

... aqueles que passam longos anos vivendo na carnalidade do mundo, antes de receberem ao Senhor em seus corações, embora possam até viver uma vida aparentemente feliz, na verdade passam todo esse período em meio à dor, ao medo, à mentira e a angustia

Por isso, Jesus afirma que é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus (Mt. 19.24), o rico aí representa os que passam a vida em meio as alegrias do mundo, e, para eles, é muito mais difícil enxergar a Deus, porque o mundo lhe embota o entendimento do Sagrado. (2Co. 4.4). Por isso o Senhor falou que há muito mais regozijo no céu em um pecador que se arrepende do que em noventa e nove justos (Lc. 15.7).
A situação do que tarda a sua escolha por Cristo comparada com aquele que logo cedo se entrega ao Senhor é semelhante à dos dois filhos da parábola do filho pródigo. O que logo cedo reconhece a Jesus como seu Senhor e Salvador, assemelha-se ao filho que permaneceu no lar e poderia desfrutar, mesmo em meio ao trabalho, de tudo que pertencia ao pai, pois tudo que era do pai também era dele (Lc. 15.31).
Porém o que tarda a se encontrar com Deus, assemelha-se ao filho pródigo que, embora tenha o mesmo pai que seu irmão, escolheu outros caminhos e viveu muito sofrimento até que se arrependeu e voltou ao lar. (Lc. 15.21).
Portanto, Deus age, além de com bondade e misericórdia, com justiça quando dá àquele que tardou em aceitar a Jesus, o mesmo céu, as mesmas bênçãos, a mesma salvação que dá ao que logo cedo entendeu que está com Cristo é incomparavelmente melhor (Fp.1.23), pois, em última análise, o sofrimento daquele e a luta para enxergar as bênçãos do Senhor foram muito maiores do que as deste. O apóstolo Paulo nos diz que onde abundou o pecado superabunda a graça. (Rm. 5.20).

Devemos retardar nossa escolha?

No entanto, isso não significa que devemos adiar a nossa conversão e desfrutarmos dos prazeres mundanos o máximo que pudermos, isso seria uma grande tolice.
Paulo nos alerta que, pelo fato de estarmos na graça, isso não significa que podemos pecar liberalmente e depois nos arrependermos e seremos perdoados. (Rm. 6.1-2). A graça não foi dada por Deus para que pecássemos.
Devemos lembrar que de Deus não se zomba (Gl. 6.7). Recordemos também que nenhum de nós sabe a hora que Ele voltará (Mt. 24.36), e, se quando o Senhor voltar formos surpreendidos desprevenidos (Mt. 25.1-13) vivendo em pecado? Não haverá mais tempo para arrependimentos. E por fim, devemos lembrar ainda que um pecado chama outro pecado (Sl. 42.7) e quando percebemos já estamos presos em suas cadeias (Pv. 5.22).
Na parábola os trabalhadores que foram chamados à undécima hora não estavam sem trabalho por opção, mas porque ninguém os havia contratado (Mt. 20.7). Portanto, a alegoria usada no texto por Jesus se refere àqueles que não conheceram a Deus, que vivem no mundo porque ainda não conhecem a verdade, quanto aos que o conheceram e o rejeitaram, a parábola dos lavradores maus (Mt. 21. 33-40) é mais apropriada a eles.

No entanto, isso não significa que devemos adiar a nossa conversão e desfrutarmos dos prazeres mundanos o máximo que pudermos, isso seria uma grande tolice.

Portanto, irmãos, se ainda não o fizemos verdadeiramente, entreguemos hoje nossas vidas, por completo, ao Senhor Jesus e tenhamos a certeza de que a partir desse momento viveremos uma vida transbordante da bondade, misericórdia e justiça de Deus.
Encerramos aqui este estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos corações.

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Comentários

  1. Muito bom este estudo irmão Carlos. Esta parábola é muito rica de ensinamentos, se atentarmos para a profundidade das questões, que aqui foram bem trabalhadas pelo irmão.
    Se observarmos bem, percebemos que a maioria de nós, aqui na Terra, ainda se encontra como os trabalhadores da última hora. Poucos são aqueles que despertam cedo para as realidades espirituais da vida.
    Vivemos, a maior parte do tempo, ignorantes da nossa própria condição de pecadores, e do verdadeiro propósito ao qual nos reserva a vida, que é o de servir ao Pai em seus desígnios.
    E desta forma vivemos, mesmo estando muitas vezes rodeados do conhecimento que a Palavra nos dá.
    Vivemos, porque Deus Pai É infinito amor e misericórdia, e nos possibilita, aos poucos, irmos dispertando para as Suas Verdades.
    Nesse início de ano, quero parabenizar-te pela perseverânça e coragem neste trabalho. E desejar-te, sempre, mais luz, mais força, mais discernimento e mais sabedoria em tua caminhada.
    Que Deus Esteja Contigo Sempre!

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    1. Obrigado irmã Eliane. Toda honra e toda glória ao Senhor. Que Deus te ilumine e guarde. Fique na Paz.

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  2. Muito bom este estudo irmão Carlos. Esta parábola é muito rica de ensinamentos, se atentarmos para a profundidade das questões, que aqui foram bem trabalhadas pelo irmão.
    Se observarmos bem, percebemos que a maioria de nós, aqui na Terra, ainda se encontra como os trabalhadores da última hora. Poucos são aqueles que despertam cedo para as realidades espirituais da vida.
    Vivemos, a maior parte do tempo, ignorantes da nossa própria condição de pecadores, e do verdadeiro propósito ao qual nos reserva a vida, que é o de servir ao Pai em seus desígnios.
    E desta forma vivemos, mesmo estando muitas vezes rodeados do conhecimento que a Palavra nos dá.
    Vivemos, porque Deus Pai É infinito amor e misericórdia, e nos possibilita, aos poucos, irmos dispertando para as Suas Verdades.
    Nesse início de ano, quero parabenizar-te pela perseverânça e coragem neste trabalho. E desejar-te, sempre, mais luz, mais força, mais discernimento e mais sabedoria em tua caminhada.
    Que Deus Esteja Contigo Sempre!

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    1. Obrigado irmã Eliane. Toda honra e toda glória ao Senhor. Que Deus te ilumine e guarde. Fique na Paz.

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