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HONESTIDADE NÃO É O BASTANTE

Algumas pessoas pensam sinceramente que não necessitam de qualquer religião em suas vidas e, o que é pior, acreditam que não precisam de Cristo para serem salvas.
As pessoas as quais me refiro, creem em algum tipo de vida após a morte e na existência de alguma recompensa no mundo porvir, no entanto, pensam que a garantia do recebimento de tais recompensas celestes reside no mérito de seus esforços.
Supõem, tais pessoas, que a presença de virtudes morais e a ausência de desvios de caráter é o suficiente para agradar a Deus.
Por muitas vezes já ouvi a frase: “não preciso de igreja para estar com Deus” ou ainda: “Não faço nada de errado, não preciso estar lendo a Bíblia para agradar ao Senhor”.
A parábola dos talentos, contada por Jesus, nos esclarece a verdade sobre esse tipo de pensamento.

Os talentos

O Senhor conta que um homem que iria se ausentar do país chamou seus servos para lhes confiar seus bens e deu a um deles cinco talentos (moeda da época que poderia ser de prata ou de ouro), a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade.
Quando voltou a seu país o homem reuniu seus servos para que lhe prestassem conta dos talentos que haviam recebido.
O servo que recebera cinco talentos devolveu o que recebera e ainda mais cinco talentos que ganhara durante o período em que aquele homem esteve fora. Ao se aproximar o servo que recebera dois talentos, este também devolveu a seu senhor o que havia recebido e ainda mais dois talentos, que, assim como o primeiro servo, havia ganho no período em que aquele homem estava ausente do país.
Mt. 5.14
No entanto, ao se aproximar o servo que havia recebido um talento, este disse a seu senhor: “Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. ” (Mt. 25.24).
Embora tenha devolvido tudo o que recebera do seu senhor a resposta que recebeu foi: “Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes. ” (Mt. 25. 26-30).
Pode parecer à primeira vista que a reação daquele senhor contra o servo que recebeu um talento foi desproporcional, afinal, embora ele não houvesse multiplicado o dinheiro de seu senhor, tinha sido absolutamente honesto com ele, pois devolveu tudo o que recebeu sem subtrair nada de seu patrão.

Dons e bênçãos 

A parábola de Jesus, embora use a figura do dinheiro, na verdade está nos ensinando a respeito dos dons e das bênçãos que o Senhor Deus nos dá nessa vida e de como devemos usá-los.
Esse princípio contido na parábola é o mesmo que encontramos nas palavras do Senhor Jesus quando disse a seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. ” (Mt.5. 14-16).
Observemos que o objetivo maior aqui é glorificar a nosso Pai que está nos céus. Devemos então utilizar aquilo que o Senhor nos deu, a vida que Ele nos deu, como ferramenta para glorificar o Seu Santo Nome.

Não nos iludamos com a ideia de que alguma recompensa na vida porvir virá em virtude de nossos esforços...

Na parábola dos talentos, o servo deveria usar o dinheiro que recebeu e multiplicar os bens de seu Senhor, na recomendação de Jesus a seus discípulos, eles (e nós) deveriam fazer brilhar a luz que receberam para que o nome do Pai fosse glorificado.
Tudo que temos na vida, nossos bens, nossa inteligência e até nossas virtudes, nos foram dadas pelo Senhor e, portanto, devemos usa-los para glorificar o Seu Nome, mas como faremos isso se cremos que não precisamos dEle? Como faremos isso se não nos interessamos no que Ele tem a nos dizer em Sua Palavra?
Não nos iludamos com a ideia de que alguma recompensa na vida porvir virá em virtude de nossos esforços em ser bom, pois bom só existe um (Mc. 10.18) e sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5), além do mais todos sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6).

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