Algumas
pessoas pensam sinceramente que não necessitam de qualquer religião em suas
vidas e, o que é pior, acreditam que não precisam de Cristo para serem salvas.
As
pessoas as quais me refiro, creem em algum tipo de vida após a morte e na
existência de alguma recompensa no mundo porvir, no entanto, pensam que a
garantia do recebimento de tais recompensas celestes reside no mérito de seus
esforços.
Supõem,
tais pessoas, que a presença de virtudes morais e a ausência de desvios de
caráter é o suficiente para agradar a Deus.
Por
muitas vezes já ouvi a frase: “não preciso de igreja para estar com Deus” ou
ainda: “Não faço nada de errado, não preciso estar lendo a Bíblia para agradar ao
Senhor”.
A
parábola dos talentos, contada por Jesus, nos esclarece a verdade sobre esse
tipo de pensamento.
Os talentos
O
Senhor conta que um homem que iria se ausentar do país chamou seus servos para
lhes confiar seus bens e deu a um deles cinco talentos (moeda da época que
poderia ser de prata ou de ouro), a outro, dois, e a outro, um, a cada
um segundo a sua própria capacidade.
Quando
voltou a seu país o homem reuniu seus servos para que lhe prestassem conta dos
talentos que haviam recebido.
O
servo que recebera cinco talentos devolveu o que recebera e ainda mais cinco
talentos que ganhara durante o período em que aquele homem esteve fora. Ao se
aproximar o servo que recebera dois talentos, este também devolveu a seu senhor
o que havia recebido e ainda mais dois talentos, que, assim como o primeiro
servo, havia ganho no período em que aquele homem estava ausente do país.
No
entanto, ao se aproximar o servo que havia recebido um talento, este disse a
seu senhor: “Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste
e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui
tens o que é teu. ” (Mt. 25.24).
Embora
tenha devolvido tudo o que recebera do seu senhor a resposta que recebeu foi: “Servo
mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria,
portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar,
receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem
dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não
tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas
trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes. ” (Mt. 25. 26-30).
Pode
parecer à primeira vista que a reação daquele senhor contra o servo que recebeu
um talento foi desproporcional, afinal, embora ele não houvesse multiplicado o
dinheiro de seu senhor, tinha sido absolutamente honesto com ele, pois devolveu
tudo o que recebeu sem subtrair nada de seu patrão.
Dons e bênçãos
A
parábola de Jesus, embora use a figura do dinheiro, na verdade está nos
ensinando a respeito dos dons e das bênçãos que o Senhor Deus nos dá nessa vida
e de como devemos usá-los.
Esse
princípio contido na parábola é o mesmo que encontramos nas palavras do Senhor
Jesus quando disse a seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode
esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para
colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. ” (Mt.5. 14-16).
Observemos
que o objetivo maior aqui é glorificar a nosso Pai que está nos céus. Devemos
então utilizar aquilo que o Senhor nos deu, a vida que Ele nos deu, como
ferramenta para glorificar o Seu Santo Nome.
Não nos iludamos com a ideia de que alguma recompensa na vida porvir virá em virtude de nossos esforços...
Na
parábola dos talentos, o servo deveria usar o dinheiro que recebeu e
multiplicar os bens de seu Senhor, na recomendação de Jesus a seus discípulos,
eles (e nós) deveriam fazer brilhar a luz que receberam para que o nome do Pai
fosse glorificado.
Tudo
que temos na vida, nossos bens, nossa inteligência e até nossas virtudes, nos
foram dadas pelo Senhor e, portanto, devemos usa-los para glorificar o Seu
Nome, mas como faremos isso se cremos que não precisamos dEle? Como faremos
isso se não nos interessamos no que Ele tem a nos dizer em Sua Palavra?
Não
nos iludamos com a ideia de que alguma recompensa na vida porvir virá em
virtude de nossos esforços em ser bom, pois bom só existe um (Mc. 10.18) e sem
Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5), além do mais todos sabemos que sem fé é
impossível agradar a Deus (Hb. 11.6).
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