Muitas vezes nos perguntamos por
que o antigo povo hebreu, mesmo depois de ser retirado da escravidão do Egito
pela força de tantas maravilhas executadas por Deus, não suportou os quarenta
dias e quarenta noites da ausência de Moisés no Monte Sinai sem se perder em
idolatrias, chegando a construir um bezerro de ouro para adorar. (Ex. 32.1-5).
É evidente que não se pode
creditar a fraqueza na fé daquele povo hebreu a apenas uma causa, muitas podem
ser citadas, dentre elas, por exemplo, a adaptação aos costumes egípcios depois
de passarem tantos anos em suas terras e a característica de “dura cerviz” do
próprio povo. No entanto, certamente, um dos motivos determinantes para sua
corrupção após a temporária ausência de Moisés quando subiu ao monte para
receber as Tábuas da Lei foi o foco que os hebreus tinham nele e não em Deus.
A quem os antigos hebreus seguiam
Não obstante tenha sido sempre
Deus (e não Moisés por força própria) quem libertou e guiou o povo, os hebreus
concentraram sua atenção em Moisés e não no Senhor e o escolheram como líder a
ser seguido.
Percebamos que Deus havia
escolhido todo o povo hebreu para ser “reino de sacerdotes e nação santa” (Ex.19.6), porém eles tiveram medo e pediram Moisés, dizendo-o: “Fala-nos tu, e te
ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos. ” (Ex. 20.19).
Atitude semelhante teve o povo de
Israel quando rejeitaram a Deus como único soberano e pediram a Samuel que lhes
constituísse um rei (1Sm. 8.6-7).
Todos esses acontecimentos nefastos se deram na história do povo de Deus porque por muitas vezes eles esqueceram de seguir ao Senhor e desejaram seguir a homens.
Essa atitude do povo hebreu de
seguir ao líder e não a Deus fez com que suas esperanças fossem destruídas ao
acharem que Moisés poderia estar morto (Ex. 32.1) esquecendo-se que quem os
guiava e protegia era Deus e não o descendente da casa de Levi (Ex. 2.1). Ao
perderem a fé e a esperança sucumbiram à corrupção e à idolatria sofrendo as
consequências de suas ações.
Na história do povo de Israel,
sob o regime monárquico, percebemos, em diversos relatos bíblicos, que a nação
era abençoada ou amaldiçoada conforme o Rei que a comandava era fiel ou não a
Deus, pois muitos deles fizeram a nação pecar contra o Senhor.
Todos esses acontecimentos
nefastos se deram na história do povo de Deus porque por muitas vezes eles
esqueceram de seguir ao Senhor e desejaram seguir a homens.
Em quem mantemos nosso foco?
Quantas vezes também nós não nos
inclinamos a fazer o mesmo esquecendo-nos que o nosso modelo deve sempre ser o
Senhor, que nosso guia deve ser Deus e não o Pastor da Igreja, o diácono, o
obreiro ou algum pregador. Todos esses são seres humanos iguais a nós (At.14.15), estão sujeitos a falhas e jamais poderão estar sempre ao nosso lado. E
o que faremos se nosso pastor nos decepcionar? O que faremos se aquele irmão de
aparente fé inabalável pecar? Abandonaremos a Deus e construiremos nosso
“bezerro de ouro”?
Os líderes da igreja são
missionários de Deus realizando a Sua Obra que podem e devem nos ajudar a
conhecer o caminho, a verdade e a vida (Jo. 14.6), mas nosso Mestre deve ser
sempre o Senhor é a Ele a quem devemos seguir, é Sua Palavra que devemos ouvir.
Qualquer outro em quem colocarmos nosso foco, mais cedo ou mais tarde pode nos
levar à decepção.
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