Na Primeira Parte deste estudo
afirmamos que quando lemos o texto de Ezequiel, capítulo 33, versículos 12 a 19
duas questões imediatamente nos saltam aos olhos: 1ª - Por que um único pecado
cometido por aquele que é justo é suficiente para fazer com que Deus “esqueça”
toda a justiça praticada por ele e o “condene” à morte? 2ª – Por que bastará ao
perverso se converter e praticar juízo e justiça para que toda uma vida de
pecados e iniquidades seja desconsiderada por Deus e ao perverso seja oferecida
a vida?
Na Segunda Parte do nosso estudo
buscamos responder a esses questionamentos, iniciando pela segunda pergunta uma
vez que seu entendimento é de mais fácil compreensão para aqueles que já
possuem alguma familiaridade com o texto bíblico.
Na Terceira Parte do nosso estudo
passamos a abordar o primeiro questionamento que se refere à aparente injustiça
para com o justo que, segundo o texto de Ezequiel, em virtude de um único
pecado será condenado.
Na Quarta Parte do nosso estudo
observamos que a atitude de autoconfiança daquele que é justo pode leva-lo a
cometer o pecado e abandonar a justiça.
Neste post, para concluirmos, esclareceremos
os termos justo e justiça de acordo com a Bíblia nesse contexto.
A Fé
A justificação nos é dada por
Deus mediante a nossa fé nEle. Vejamos o que diz Paulo em sua epístola aos
romanos: “É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios?
Sim, também dos gentios, visto
que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o
incircunciso. ” (Rm. 3.30). Ou seja, é pela fé em nosso Deus que seremos
justificados diante dEle, independentemente de onde viemos e de nosso passado.
Porém tudo isso não ocorre em virtude de nossos esforços em ser bom, mas mediante a fé.
Paulo ainda afirma: “Porquanto
aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a
esses também glorificou. ” (Rm 8.29-30). São aqueles que são conforme a imagem
de Cristo Jesus, ou seja, os que andam como Ele andou (1Jo. 2.6), que serão
considerados justos.
Porém tudo isso não ocorre em
virtude de nossos esforços em ser bom, mas mediante a fé. Lembremos que a fé de
Abrão em Deus lhe foi imputada por justiça (Gn. 15.6). E mediante a essa fé que
a Graça nos salva e “isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que
ninguém se glorie” (Ef. 2.8-9).
O arrependimento
A fé no Senhor nos faz reconhecer
nossos pecados e nos arrependermos deles, confessando-os diante de Deus e
deixando de praticá-los e assim alcançamos a Cristo que é “fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. ” (1Jo. 1.9).
No texto de Ezequiel o iníquo,
pela fé em Deus, se arrepende dos seus pecados, deixa-os sendo justificado e
tornando-se justo. O justo, pela fé em si mesmo, abandona a justiça, comete
pecado, não se arrepende e torna-se, assim, um iníquo. Não há injustiça no
julgamento de Deus, tampouco contradição em Sua Palavra.
Encerramos aqui este rápido
estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também
para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos
corações.
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