No evangelho de Mateus encontramos a chamada parábola do credor incompassivo que nos revela verdades sobre as quais devemos dedicar bastante atenção. Vejamos o texto:
A Simbologia da Parábola
“Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.” (Mt. 18. 23-35). Em primeiro lugar percebemos que Jesus está, com esta parábola, querendo enfatizar não apenas a importância, mas também a necessidade do perdão.
Cristo faz uma comparação entre a
relação entre senhor e servo em um governo humano e a relação do ser humano com
Deus. O texto faz uma clara referência ao dia do juízo quando diz: “o reino dos
céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos”
(v.23).
A partir daqui para que possamos
compreender melhor a profundidade desse texto dividirei esta parábola em cinco
partes numeradas que chamarei de Chaves de Compreensão as quais passo a expor
em três partes a serem publicadas nas postagens do blog Preceitos de Fé:
A Questão da Dívida
CHAVE 1 - O texto continua
dizendo que trouxeram ao rei um servo que lhe devia dez mil talentos e que este
não tinha como pagar sua dívida (vs. 24-25). Saltando para o versículo 28
veremos que esse servo era credor de outro que lhe devia cem denários. Aqui
cabe um esclarecimento a respeito de tais valores: 1 denário correspondia
naquela época a mais ou menos o salário de um dia de trabalho de um trabalhador
comum, portanto o conservo da parábola devia ao primeiro servo cerca de 100
dias de trabalho. Ocorre que 1 talento correspondia a aproximadamente seis mil
denários e o servo devia ao rei dez mil denários. Em uma conta rápida
percebemos que o primeiro servo devia ao rei aproximadamente 60 milhões de
denários, enquanto o conservo, como diz o texto, devia ao servo 100 denários.
CHAVE 2 -No texto vemos que o rei
havia ordenado que ele, sua mulher, seus filhos e tudo que possuía fossem
vendidos para que a dívida fosse paga, porém compadecendo-se das súplicas do
servo o rei perdoou-lhe a dívida (vs. 25-27). É importante notar aqui que o rei
não deu um prazo maior para que a dívida fosse paga, como havia pedido o servo,
mas fez mais do que ele havia pedido e lhe perdoou a dívida.
CHAVE 3 - Em seguida o texto
relata que o servo ao sair da presença do rei encontrou aquele conservo que lhe
devia 100 denários e cobrando-o o sufocava. Seu conservo, assim como ele mesmo
havia feito diante do rei, lhe implorava paciência para que pudesse saldar a
dívida, porém ele lançou o conservo na prisão até que a dívida fosse saldada
(vs. 28-30).
Na próxima postagem veremos as
duas últimas Chaves de Compreensão e iniciaremos os esclarecimentos a respeito
de cada chave. Então até lá.
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