É bem conhecido no meio cristão o fato de que Jacó é personagem fundamental na história do povo de Deus. Foi a partir de seus filhos que se formaram as 12 tribos de Israel e na descendência de um deles (Judá) é que nasceu Jesus.
Os Erros de Jacó
Quem conhece um pouco da história
dos filhos de Isaque sabe que o Senhor já havia revelado a eleição de Jacó
quando ele ainda estava no ventre de sua mãe: “Duas nações há no teu ventre,
dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro,
e o mais velho servirá ao mais moço.” (Gn. 25.23).
Porém se enganará quem pensar que
por ser uma figura de tamanha envergadura na história do povo de Deus, Jacó era
um homem perfeito, que não cometia erros e muito maior o engano será se se
pensar que em virtude da eleição de Deus Jacó estaria livre de sofrer as
consequências de seus erros.
No relato bíblico do início da história de Jacó percebemos que ele cometeu ao menos dois grandes erros: 1°- Se aproveitando da exaustão física e da indiferença de seu irmão Esaú pelas coisas de Deus, obteve o direito a primogenitura que por direito de nascimento não lhe pertencia (Gn. 25. 29-34). 2°- Se aproveitando da idade avançada de seu pai e utilizando de um plano astuto de sua mãe recebeu as bênçãos paternas que seriam dedicadas a seu irmão Esaú (Gn. 27. 1-30).
Jacó era um homem escolhido por
Deus antes mesmo de seu nascimento, porém isso não o eximiu de sofrer as
consequências desses erros. Percebamos que a astúcia e o engano eram o centro
de seus erros: ele usou de astúcia com seu irmão para obter a primogenitura e
ele concordou em enganar seu pai para obter as bênçãos de Esaú.
Embora aparentemente o engano e a
astúcia o tenham favorecido a verdade é que, como consequência, Jacó passou boa
parte do restante de sua vida sendo enganado.
As Consequências
Jacó foi enganado pelo seu sogro,
Labão, quando trabalhou por sete anos para receber a Raquel por esposa, mas
recebeu Lia (Gn. 29. 15-27). Também por Labão foi enganado em sua relação
trabalhista a ponto de declarar a suas esposas: “Vós mesmas sabeis que com todo
empenho tenho servido a vosso pai; mas vosso pai me tem enganado e por dez
vezes me mudou o salário; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal
nenhum.” (Gn. 31. 6-7).
Não acreditemos, pois, que o fato de sermos escolhidos do Senhor ou usados por Ele nos tornará isentos de sofrer as consequências de nossos erros...
Jacó também foi enganado por seus
filhos quando, após venderem José aos mercadores ismaelitas (Gn. 37. 28), o
fizeram crer que José havia sido devorado por algum animal selvagem no campo
(Gn. 37. 31-35).
Jacó foi enganado até mesmo por
José, seu filho querido, homem muito abençoado por Deus que chegou a ser
governador do Egito. Mesmo sem ser a intenção de José o enganar ao pai, ele
manteve Jacó por muito tempo sem saber que aquele homem poderoso do Egito que
havia o socorrido e a sua família era na verdade seu filho querido que ele julgava
morto (Gn. 42.7- 45.1).
Não acreditemos, pois, que o fato
de sermos escolhidos do Senhor ou usados por Ele nos tornará isentos de sofrer
as consequências de nossos erros e nos dará permissão de pecar sem preocupação
(Rm. 6. 15-16) afinal “...de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear,
isso também ceifará” (Gl. 6.7).
Gostou desta postagem? Comente,
compartilhe, recomende. Utilize os botões abaixo para postar esse texto em sua
rede social ou enviar por e-mail para seus amigos. Ajude a semear a Palavra de
Deus.
Comentários
Postar um comentário