Em
uma postagem anterior que teve o título: “De onde vem a violência?” fiz uma
análise, à luz da Palavra de Deus, das causas da violência nos dias atuais. Naquela
postagem abordei o pecado original e como ele trouxe consequências fúnebres
para toda a vida na terra e como tais consequências perduram até hoje.
Hoje
quero falar sobre como a deterioração causada pelo pecado original que habita
em nós (Rm. 7.17) influencia nossos pensamentos, nossas palavras e nossas
atitudes no dia-a-dia e como, dessa forma, estamos nós, também, contribuindo
para a violência atual.
Conceito de violência
Quando
ouvimos falar em violência logo pensamos em agravo físico, estamos habituados a
considerar violência apenas agressões físicas e, por isso, se não as
praticamos, consideramo-nos isentos da culpa da violência.
Parece-me
consenso entre a maioria das pessoas, nos dias atuais, que atitudes de
exploração, opressão, assédio moral e/ou sexual, discriminação, engano,
soberba, dilapidação, dentre outras atitudes execráveis, são também
consideradas como violência.
Porém,
a Palavra de Deus deixa bem claro que a violência não se resume apenas a ações,
quando diz em Pv. 10.11 que “na boca dos perversos mora a violência”, portanto,
se a violência pode estar na boca, consideremos que palavras ameaçadoras,
humilhantes, maliciosas, enganosas e qualquer tipo de palavra torpe que não
conduza à edificação (Ef. 4.29), são palavras de violência, pois são elas que
moram na boca dos perversos.
Outro
ponto importante é que sabemos que “a boca fala do que está cheio o coração”
(Mt. 12.34) e o nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto (Jr.17.9). O apóstolo Tiago chega a nos alertar para os pecados da língua (Tg.3.1-12), dessa forma compreendemos que dependendo de como utilizamos a nossa
língua, podemos semear benção ou maldição, paz ou violência.
Proferimos
benção e paz quando tratamos o próximo, como próximo, com amor, quando não
usamos de indiferença, de mentiras, de falso interesse, de arrogância, de
inveja, de ciúmes, de ira, pois do contrário estamos sim contribuindo para a
violência do mundo atual.
Nossa responsabilidade
Devemos
lembrar também que não proferimos palavras de violência quando elas não já
tenham sido acalentadas em algum momento em nosso coração e em nossos
pensamentos. Não proferimos palavras de inveja se não somos invejosos, de
ciúmes se não somos ciumentos, de falso interesse se não somos hipócritas, de
arrogância se não nos achamos superiores, repito o que disse Jesus: “a boca
fala do que está cheio o coração” (Mt. 12.34).
...nas pequenas coisas do dia-a-dia, buscando nEle forças para vencermos nossas tendências pecaminosas, deixarmos de contribuir para o estado de violência que reina no atual século.
A
Bíblia também é bem clara quanto a capacidade que tem nossas atitudes
contrárias à vontade do Senhor, de colaborar para a existência da violência,
quando no capítulo 8 de Ezequiel ao descrever as abominações cometidas pelo
povo hebreu, o versículo 17 diz: “Então o SENHOR me disse: - Homem mortal, você
está vendo isso? Essa gente de Judá faz todas as coisas vergonhosas que você
viu aqui e ainda não fica satisfeita. Por causa deles há violência por toda
parte, no país inteiro.” (Ez. 8.17 –NTLH).
Existe
uma assertiva secular muito conhecida no meio corporativo que diz: “se você não
faz parte da solução, então faz parte do problema” e o Senhor Jesus chega a
dizer que se alguém não é por Ele, é contra (Lc. 11.23). O apóstolo João afirma
que se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos em trevas, somos
mentirosos (1Jo. 1.6), portanto, quando deixamos de refletir a Cristo em nossos
pensamentos, palavras e atitudes, deixamos de estar com quem veio nos dar vida
em abundância e passamos a colaborar com àquele que veio para praticar a
violência (Jo. 10.10).
Assim,
mesmo sabendo que não conseguiremos resolver o problema da violência no mundo,
pois só o Senhor tem tal poder, podemos sim, ao buscarmos ajustar nosso
comportamento ao padrão de Deus (Mc. 12. 30-31) nas pequenas coisas do
dia-a-dia, buscando nEle forças para vencermos nossas tendências pecaminosas,
deixarmos de contribuir para o estado de violência que reina no atual século.
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Interessante observar, no tema apresentado pelo irmão nesta postagem que, ao nos referirmos a todos estes aspectos, estamos nos referindo a nós mesmos. Por que, como coloca a própria Palavra, nunca houve um puro no mundo além do Cristo.
ResponderExcluirEm maior ou menor monta, somos todos portadores de imperfeições, as quais carregamos dentro de nós como fardos pesados a serem extirpados.
Realmente, só a presença de Cristo em nosso viver, e o seguir o seu exemplo, pode nos mostrar a maneira certa de agirmos e de estarmos neste mundo, que, a todo tempo, nos coloca em situações que nos ofertam a possibilidade de cair em engano.
Ler, estudar e também buscar vivenciar o Exemplo do Cristo, principalmente, é requisito primordial e inadiável para alcançarmos a perfeita comunhão com Ele, fazendo, em nosso viver, segundo a Vontade do Pai.
É um caminho fácil? Com certeza que não. Pois todos nós temos, assim como Paulo, aquele espinho cravado na carne, que nos machuca a todo momento, nos fazendo lembrar o quanto somos pequenos, e que todo poder e força vem d'Ele. Estar em Sua presença, rogando por sua misericórdia, nos colocando como filhos desejosos do aprendizado, e do Seu amor incondicional,creio ser, e falo por experiência, a postura a ser assumida por todos nós, a fim de usufruirmos da Sua Graça.
Muitas mudanças ocorreram e continuam ocorrendo em minha vida depois que aceitei Jesus como Senhor e Salvador, e o meu dia a dia tem sido testemunho do Sua ação em meu viver.
O pensamento que me acompanha a todo momento é de pura gratidão e contentamento.
Deus te Abençoe e Fica na Paz irmão!
Um forte abraço!
De fato, irmã Eliane, todos pecamos e carecemos da glória de Deus (Rm. 3.23). Muito bonito seu testemunho aqui. Precisamos seguir sempre com Jesus em nossa vida, nos momentos felizes e nos não tão felizes, essa é nossa maior vitória, pois, como escreveu o apóstolo Tiago "Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam." (Tg. 1.12). Fique na Paz.
ExcluirUm forte abraço