POR QUE DEUS PERMITE AS CALAMIDADES? - PARTE 3

Na Primeira Parte deste estudo lembramos que, muitas vezes, quando surgem as grandes calamidades na história da humanidade, como o holocausto nazista, por exemplo, nos perguntamos onde está Deus, ou, ainda, supomos que o Senhor não está naquele local, ou até mesmo questionamos se Ele existe de fato.

Na Segunda Parte deste estudo observamos que a Bíblia não corrobora com a ideia desse século que coloca o homem como centro do universo.

Esclarecemos também que ao optar pelo pecado, Adão e Eva, entregaram a administração do mundo, que antes pertenceria ao ser humano, ao inimigo.  

No estudo de hoje faremos uma análise macrocósmica e uma microcósmica dos eventos trágicos não naturais que atingem a humanidade e como entender a permissão de Deus nesses acontecimentos.

Aspectos das calamidades

Sabemos bem que, até os fios de nossa cabeça estão contados (Mt. 10.30) e que nada acontece no mundo que não tenha a permissão de Deus (Mt. 10.29). No entanto, devemos entender que as calamidades não naturais são consequências do pecado da humanidade e não de uma pessoa ou um grupo específico.

É evidente que o holocausto não foi consequência do pecado daqueles judeus, mas da humanidade que, por uma sucessão de desvios da Palavra do Senhor durante a história, levou o mundo a uma conjuntura econômica, política, social e cultural que estimulou o povo alemão daquela época a desenvolver e a aceitar aquelas ideias genocidas. 

Em contraponto a esta visão macrocósmica de tais eventos, podemos perceber uma visão microcósmica dos mesmos eventos. Através dela percebemos as histórias e os dramas individuais das pessoas e famílias que passaram ou passam pelas tragédias humanas.

Veja, existem dois aspectos que devemos considerar quando analisamos as calamidades não naturais:

Em sentido amplo elas são consequências do pecado humano e não de um povo específico, mas qualquer país, qualquer povo, qualquer grupo social pode ser atingido por elas, Deus permite isso, porque Deus permite a consequência para o pecado, se assim não fosse, se não houvesse consequências para o pecado, aí poderíamos falar em injustiça, mas Deus é justo e bom e deixou bem claro que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23).

A presciência de Deus

As calamidades não naturais, portanto, embora Deus já as conheça antes mesmo de elas acontecerem, não são um plano de purificação da humanidade, nem fazem parte de um objetivo especifico já arquitetado previamente pelo Senhor com algum fim “divino” para os homens ou para um povo específico.

Em sentido restrito, os motivos que levaram a cada pessoa, cada família a estar naquele lugar determinado quando uma calamidade não natural acontece, só Deus os conhece verdadeiramente, mas é fato que mesmo em meio a calamidades, muitos testemunhos de milagres acontecem, muitos livramentos são relatados e muitas virtudes são desenvolvidas.

...sabemos que os filhos sinceros do Senhor que sofrem em tragédias como essas, ainda que percam a vida, se apresentarão salvos, naquele dia...

Veja, Deus tem um relacionamento universal com a humanidade, e nesse relacionamento determina que o pecado traga consequências, e um relacionamento particular com Seus filhos, e nele entrega a salvação.

É evidente que em tragédias como o holocausto muitos filhos sinceros de Deus sofrem e até morrem, mas o evento em sí não foi obra do Senhor e nem houve uma permissão especial especifica para que ele acontecesse exatamente como aconteceu, mas apenas a permissão para o pecado trazer consequências, as atrocidades daquele evento são produtos única e exclusivamente da maldade do homem.

Da mesma forma bem sabemos que os filhos sinceros do Senhor que sofrem em tragédias como essas, ainda que percam a vida, se apresentarão salvos, naquele dia, junto ao Trono de Deus.

Encerramos aqui este estudo que, para mim, foi muito gratificante e espero que tenha sido também para os irmãos e irmãs. Desejo que o Espírito Santo fale mais aos nossos corações.

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