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O PAI NOSSO

Em um texto anterior tratei a respeito das dúvidas que normalmente surgem entre os cristãos sobre como devemos orar a Deus, se existe uma maneira correta. Naquele texto mencionei o fato de que algumas pessoas veem no Pai Nosso, ensinado por Jesus (Mt. 6.9-13), uma espécie de fórmula pronta que deve ser repetida.
A partir de hoje desejo começar um estudo sobre esta oração que o Senhor nos ensinou quando esteve entre nós.
Por conter verdades fundamentais e profundas que tratam de temas como adoração, submissão, amor, ética, dentre outros, pretendo fazer um estudo em cinco partes, buscando analisar um pouco cada trecho da oração do Senhor.

O início da oração

Em primeiro lugar lembremos que encontramos a oração do Pai Nosso em dois dos evangelhos: o de Mateus (Mt. 6.9-13) e o de Lucas (Lc. 11.2-4). Ao compararmos os dois textos percebemos que existem algumas diferenças na forma em que foram escritos, no entanto, o conteúdo da mensagem é o mesmo.
A oração descrita em Mateus é um pouco mais longa, a que encontramos em Lucas é mais sintética.
Mt. 6.9
Tomemos hoje, então, a primeira parte da oração que diz: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mt. 6.9), (“Pai, santificado seja o teu nome” – em Lucas).
Jesus, nesse momento, indica como devemos enxergar a Deus e quem Ele, de fato, é para nós: um Pai. Não apenas o Deus criador de Gênesis (Gn. 1. 1-31), não apenas o Senhor de Êxodo (Ex. 20.2), não somente o Santo de Israel (Is. 43.3), não apenas o Guerreiro que vence os inimigos (Js. 5.14), mas um Pai, um Pai que abrange todas as demais características, porque é quem cria, é a ele que seus filhos devem obediência, é sinônimo de perfeição para sua criação, é quem os protege e além de tudo isso é quem os ama incondicionalmente.

Deus Pai

Ao iniciar a oração, dirigindo-se a Deus como Pai, um pai que está não no céu, mas nos céus, em todos os lugares, presente a todo momento, como de fato é a característica de um verdadeiro Pai, Jesus nos indica que devemos a Ele adoração, louvor e amor.
Jesus nos ensina também que Deus é um pai a quem devemos respeito, pois está bem acima de nós, e não obstante sua infinita superioridade, nos ama, nos aconselha, nos corrige quando necessário, nos orienta e nos perdoa, pois a Sua misericórdia dura para sempre (Sl. 106.1).
O Pai é aquele em quem podemos nos refugiar quando estamos com medo (Lc. 13.34), com quem podemos contar quando precisamos de ajuda (1Sm. 7.12), quem nos orienta quando estamos com dúvidas (Sl. 25.12), quem nos dá o sustento (Mt. 6. 25-34) e que nunca nos abandonará (Sl. 27.10).
É a esse Deus que Jesus nos ensina a orar, não ao Deus que está pronto a condenar e apontar as nossas faltas, não ao Deus que está sempre esperando uma barganha para nos oferecer suas bênçãos, mas ao Deus de amor e misericórdia que é o Nosso Pai.

É a esse Deus-Pai, que Jesus nos apresenta no início da oração dominical, o Pai Nosso, a quem devemos louvar e honrar...

E um Pai tão maravilhoso como o que Jesus nos apresenta deve ter o Seu nome santificado. Não que Ele necessite de nossa santificação, pois Ele Já é santo (Is.6.3) o seu nome é santo (Sl. 103.1), nós é que precisamos reconhecer isso, viver isso.
Precisamos louvar seu nome entre as nações (Sl. 105.1), precisamos transmitir a boa nova (Mc.16.15), precisamos ser seus imitadores (Ef. 5.1), andar em espírito (Gl. 5.16), fazer tudo para glorificar ao Pai (1Co. 10.31) e até mesmo nossos pensamentos (Fp. 4.8) e nossos pedidos a Ele sejam para Sua glorificação (Jo. 14.13).
É dessa forma que estaremos santificando o Seu nome, o nome do Nosso Pai, que está em toda parte, pois, onde estivermos, lá ele estará (Sl. 139.8), porque Deus, nosso pai é amor (1Jo. 4.8).
É a esse Deus-Pai, que Jesus nos apresenta no início da oração dominical, o Pai Nosso, a quem devemos louvar e honrar, não apenas com palavras (Mt. 15.8), mas em espírito e verdade (Jo. 4.24) ofertando a Ele nossa vida e o buscando de todo o coração (Jr. 29.13).
Na nossa próxima postagem do blog Preceitos de Fé continuaremos este estudo, analisando mais um verso da maravilhosa e inspiradora oração que Cristo nos ensinou, então até lá.

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