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Mostrando postagens de 2020

A LEI COMO GUIA

  Quando o apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, diz: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” (Gl. 3.24) ele nos relata a dinâmica da revelação de Deus nas escrituras. Nesse texto a palavra aio significa guia, condutor e na língua em que esse texto foi escrito originalmente, a língua grega, a palavra utilizada é παιδαγωγός (paidagogós). Quem é da área de educação sabe que a palavra grega παιδαγωγός é a origem da nossa palavra pedagogo e por extensão da palavra pedagogia. O mundo greco-romano Na Grécia antiga o pedagogo ( παιδαγωγός ) era um escravo encarregado de conduzir (e depois levar de volta ao lar) os filhos de seus senhores a um preceptor que se encarregaria de ensinar os conhecimentos considerados fundamentais para a educação de um cidadão grego, grosso modo poderia se dizer que era o escravo encarregado de levar a criança a “escola” daquela época. Porém o pedagogo na Grécia antiga e ainda mais fo

VALE TUDO POR UM CLIQUE?

  Para o observador atento que navega mesmo que aleatoriamente pelas chamadas redes sociais virtuais fica claro o show de horrores que se tornou esses ambientes. São vídeos, em sua maioria, e frases que rompem o limite do mal gosto e que em grande quantidade de casos possuem um viés pornográfico ou sensual. O uso incorreto da língua vernácula também é característica dessas produções. O minuto de fama A expressão “quinze minutos de fama” só não descreve com maior propriedade a realidade atual dessas redes porque normalmente essas produções não vão muito além de um minuto. Essa é inclusive outra característica cada vez mais marcante desses ambientes virtuais: o tempo limite cada vez menor disponível nessas redes, que agora se apresentam primordialmente em aplicativos para smartphones, para produções áudio visuais. As primeiras soluções tecnológicas de rede virtual que disponibilizavam recursos de vídeos permitiam gravações relativamente longas para que o usuário pudesse postar o que

A PRESENÇA DO SENHOR

  Quando o Senhor disse a Moisés: “Vai, sobe daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a darei.” (Ex. 33.1), uma única coisa pediu insistentemente Moisés: “Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” (Ex. 33.15). A face de Deus A palavra hebraica que é traduzida por “tua presença” na versão bíblica utilizada aqui (ARA) é פניך ) Panicha) que significa tua face, tu mesmo, você mesmo. Isso significa que Moisés não se referia a algum tipo de presença mística ou subjetiva do Senhor, algum tipo de sensação de Deus estar com ele e o povo, mas pedia a presença da próprio Deus no meio deles. Ele foi tão enfático nesse pedido que disse que preferia permanecer ali onde estava, no deserto, a ir à terra prometida desacompanhado do Senhor. Moisés sabia bem a importância de ter o próprio Deus conosco quando temos um objetivo a alcançar, quando precisamos cumprir uma miss

DEIXAR PAI E MÃE

  Quando a Palavra de Deus fala em Gênesis que o homem deixa pai e mãe e se une a sua mulher tornando-se os dois uma só carne (Gn. 2.24) não está apenas instituindo a célula base de toda a sociedade, a família, nos moldes que Ele deseja, mas está também falando da própria completude do ser humano enquanto imagem e semelhança do Senhor. Veja, quando o primeiro capítulo do livro de gênesis descreve a criação do homem diz assim: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gn. 1.27). À semelhança de Deus Quando tomamos esse texto em seu idioma original, o hebraico, percebemos que a primeira palavra homem da frase (Criou Deus, pois, o homem...) é escrito אדם   (Adam) que na verdade tem a conotação de humanidade, ser humano. Assim o texto ficaria: Criou Deus, pois, o ser humano à sua imagem...Já na segunda palavra homem da frase (...homem e mulher os criou) a palavra hebraica utilizada é זכר ) zhar) que aí sim tem a conotação de ser do

AS DUAS PARTES

  Quem ler com atenção os dez mandamentos que encontramos no livro de Êxodo, capítulo 20, perceberá sem muita dificuldade que eles são divididos em duas partes: a primeira que diz respeito a nossa relação com Deus e a segunda referente a nossa relação com o outro, com o próximo, nossa relação social. As divisões dos mandamentos A primeira se inicia no primeiro mandamento que diz: “Não terás outros deuses diante de mim.” (Ex. 20.3), e se encerra no quarto mandamento que diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” (Ex. 20.8 - 11) A segunda parte se

ORIENTAÇÃO DE DEUS

Algumas vezes nos encontramos em determinadas situações onde a melhor escolha a se fazer é esperar a orientação de Deus para tomarmos alguma situação. É verdade que o Senhor nos dotou de sabedoria e discernimento para que, em condições normais, possamos nos sair bem nas situações da vida, no entanto convém lembrar que somos inteiramente dependentes do Altíssimo e que sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5). Por mais que estudemos determinadas situações e que tentemos prever consequências nunca seremos capazes de abranger todas as variáveis envolvidas, portanto sempre é útil orarmos ao Senhor, como fez Salomão (1Rs. 3.9), pedindo sabedoria para nos portarmos nas diversas situações do cotidiano. A orientação Ainda mais necessário é aguardarmos a orientação de Deus quando precisamos agir, porém existem dúvidas quanto à como, quando ou onde atuar. E não importa quanto tempo demorará para tal orientação vir pois, se estivermos atentos à voz do Senhor, devemos aguardar. No livro de Gênes

O TEMPO DE DEUS

Quem é cristão certamente já ouviu a afirmação de que tudo acontece no tempo de Deus, porém devemos nos perguntar: o que de fato isso significa? Qual afinal é o tempo de Deus? A atemporalidade de Deus Quando observamos o relato da criação no primeiro capítulo do livro de Gênesis percebemos que o sol e a lua são criados apenas no quarto dia da criação, portanto, é evidente que os dias dessa criação não podem ser dias de 24 horas como os que temos na terra. Aliás basta sairmos da terra que percebemos que o dia de 24 não acontece nem mesmo em todos os lugares da nossa galáxia, Vênus, por exemplo, tem a duração de dias e anos bem diferente dos da terra em virtude de serem seus movimentos de rotação e translação diversos dos do nosso planeta. É evidente também que Aquele que criou o tempo não poderia ficar limitado a sua própria criação, é fácil entender então que o tempo de Deus não é idêntico ao nosso. Porém ainda permanece a pergunta: Qual é o tempo de Deus? Encontramos na carta

CLAMORES NÃO OUVIDOS

Em tempos trágicos de Pandemia em que muitas vidas estão sendo ceifadas em virtude de um vírus que a ciência demora em descobrir formas eficientes de combater, tenho observado nas pessoas as reações mais diversas. O luto, o medo, a preocupação, a dor, a negação são algumas das reações mais evidentes que ocorrem em diversos grupos sociais. Porém quero me ater aqui especialmente ao meio cristão. Clamores Cristãos? Têm se multiplicado, seja nas redes sociais virtuais ou fora delas, a exposição de frases bíblicas (normalmente fora de contexto) como um mantra de positivismo, muitas orações e clamores (alguns inclusive em tom imperativo como se estivesse dando uma ordem ao Senhor), pedidos e chamamento para orações, e até mesmo tenho visto convocações para a prática de jejum, toda essa atividade realizada com o objetivo de afastar a pandemia da atual realidade mundial. Se desejamos ser atendidos em nossos clamores ao Senhor e fazê-los sinceros, precisamos saber pedir... Em qu

PENSAR COMO A PALAVRA

Se você já estudou algum idioma além da língua portuguesa provavelmente já ouviu de seu professor que a melhor forma de dominarmos o idioma estrangeiro estudado é começar a pensar naquele idioma. Por exemplo, se você estuda inglês deve começar a pensar em inglês ao falar naquele idioma evitando assim pensar em uma frase em português, traduzi-la mentalmente para o inglês e só então falar. Da mesma forma se você estudar espanhol, deve pensar em espanhol, se estudar hebraico deve pensar em hebraico e assim sucessivamente. Algumas escolas de idiomas, inclusive promovem, para exercitar o costume de pensar no idioma estrangeiro, aulas ou momentos de imersão onde os alunos só podem se comunicar no idioma estudado e seus interlocutores também só falarão naquele idioma. O idioma divino Da mesma forma quando desejamos conhecer a vontade e os ensinamentos de Deus contidos em Sua Palavra e buscar andar como Ele andou quando esteve no meio de nós ( 1Jo. 2.6 ) devemos pensar como a Sua

A BÍBLIA E A CIÊNCIA

Durante muito tempo se acreditou, e infelizmente muitos ainda acreditam, que o conhecimento de Deus ou da Bíblia fosse incompatível com o conhecimento científico. Para aqueles que se prendiam ao que a ciência podia “provar”, crer em Deus ou em Sua Palavra era acreditar em histórias fantasiosas e em personagens mitológicos o que denotava ignorância. Para os ligados à fé cristã todo o conhecimento que surgisse de alguma origem que não fossem as Sagradas Escrituras era falso e, portanto, levaria aos que acreditassem nele à irremediável perdição. Nos dias atuais esse entendimento está mais flexível e já se aceita, mesmo no meio cristão, as descobertas científicas e os benefícios que elas trazem para o cotidiano. Por outro lado, alguns estudiosos da ciência se sentem mais à vontade para declarar a existência de um Deus, (é bom que se diga que sempre existiram cientistas que criam em Deus e na Bíblia). O fato é que quando o conhecimento científico parece contrariar a Palavra de Deus,

UM CONVITE ESPECIAL PARA VOCÊ

JESUS E O PECADOR

É comum nos dias atuais observarmos demonstrações de intolerância seja ela religiosa, comportamental, sexual, econômica, ideológica. E pior que isso é observar que tais demonstrações intolerantes, muitas vezes até violentas, não são dirigidas apenas as ideias, ou costumes, ou opções das quais se discorda, mas também e principalmente às pessoas que defendem tais ideias, comportamentos, opções. Mais triste ainda é perceber que grande parte dessas demonstrações intolerantes vêm de pessoas que se dizem cristãs, como se elas fossem todas puras, sem pecados e detentoras da verdade absoluta. É evidente que ideias, costumes, ações, palavras que são contrárias à vontade Deus devem ser evitadas e por vezes até combatidas, sobretudo quando provém de nós mesmos, pois devemos combater o bom combate ( 2Tm. 4.7 ) porém as pessoas que promovem ou praticam tais coisas devem ser orientadas e não excluídas.  O Exemplo de Jesus Se nos denominamos cristãos é evidente que nosso modelo deve ser

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