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A BÍBLIA E A CIÊNCIA


Durante muito tempo se acreditou, e infelizmente muitos ainda acreditam, que o conhecimento de Deus ou da Bíblia fosse incompatível com o conhecimento científico. Para aqueles que se prendiam ao que a ciência podia “provar”, crer em Deus ou em Sua Palavra era acreditar em histórias fantasiosas e em personagens mitológicos o que denotava ignorância. Para os ligados à fé cristã todo o conhecimento que surgisse de alguma origem que não fossem as Sagradas Escrituras era falso e, portanto, levaria aos que acreditassem nele à irremediável perdição.

Nos dias atuais esse entendimento está mais flexível e já se aceita, mesmo no meio cristão, as descobertas científicas e os benefícios que elas trazem para o cotidiano. Por outro lado, alguns estudiosos da ciência se sentem mais à vontade para declarar a existência de um Deus, (é bom que se diga que sempre existiram cientistas que criam em Deus e na Bíblia).

O fato é que quando o conhecimento científico parece contrariar a Palavra de Deus, se torce o nariz tanto do lado dos religiosos como dos defensores da ciência. Uns chamando a Bíblia de mito e outros dizendo que os cientistas querem “saber mais que Deus”. 

Bíblia X Ciência


1Co. 2. 13-14
Ocorre que essa dualidade entre Bíblia e ciência, de fato, nunca existiu. A falta de compreensão do papel e da posição de cada um desses conhecimentos é que criou essa imaginária oposição. 

... a Bíblia não é um livro de ciências, embora tenha informações científicas, não é um livro de história, embora tenha informações históricas...


O apóstolo Paulo ao escrever a respeito do ensino do Espírito Santo diz: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.” (1Co. 2. 13-15).

A revelação é clara ao dizer que as coisas espirituais devem ser conferidas espiritualmente (v. 13) e que elas se discernem espiritualmente (v. 14). É preciso entender que a Bíblia não é um livro de ciências, embora tenha informações científicas, não é um livro de história, embora tenha informações históricas, não é um livro de sociologia, de antropologia, embora também possua informações dessas áreas de conhecimento. A Bíblia é um livro de Salvação, que nos apresenta Cristo afim de sermos justificados pela fé (Gl. 3.24). A ciência, em suas diversas expressões, por sua vez trata do mundo material em que vivemos e serve como ferramenta para nos ajudar a conhece-lo e dominá-lo (Gn. 1.28). 

Conhecimentos complementares


Perceba, portanto, que o conhecimento bíblico e o científico não são opostos, mas complementares: A Bíblia fala das coisas do Espírito, a ciência das coisas da matéria, e o que somos nós se não a união entre o Espírito e a matéria que formam um ser vivente? (Gn. 2.7).

Vivemos em um mundo material e por isso é válido e importante nos dedicarmos ao conhecimento científico que inclusive nos ajuda a abrir a mente. Porém da mesma forma devemos nos dedicar de todo o coração ao conhecimento espiritual através do estudo da Palavra de Deus, e evitarmos os “achismos” tão comuns na igreja de hoje, pois cada um desses conhecimentos aborda a existência através de seu prisma específico que juntos formam um todo, mas, como disse o apóstolo “o homem espiritual julga todas as coisas” (1Co. 2.15a).

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Comentários

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  3. Texto perfeito, meu caro. Eu havia comentado sobre a complementariedade da relação da Palavra com a ciência lá na comunidade, antes de le-lo. Muito interessante.

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