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A PAZ DO SENHOR

É comum irmãos evangélicos se cumprimentarem dizendo “a paz do Senhor”, no entanto o que, de fato, significa essa paz?
Jesus, afirmou, certa vez, que a paz que ele dava, não a dava como dá o mundo (Jo.14.27), ou seja, o Mestre disse que a sua paz é diferente da paz que o mundo proporciona. Então, permanece a pergunta, como é essa paz?
Se analisarmos o versículo citado acima, já podemos obter uma indicação, pois logo após ofertar a paz aos discípulos, Jesus, completa dizendo “Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” (Jo. 14.27).
Compreendemos que a Paz de Jesus deve trazer alívio ao nosso coração, e, além, de alívio, coragem. Quando analisamos o, tão conhecido, salmo 23, percebemos que Davi afirma que “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. ” (Sl.23.4).
Percebemos nesse verso os mesmos elementos da afirmação de Jesus: a coragem para não temer mal algum; e o consolo, para que nosso coração não se turbe; e o motivo de ambos os elementos: o fato de o Senhor estar conosco.

A Paz e as aflições

Jo. 16.33
Outro texto esclarecedor encontramos em Jo.16.33, onde o Mestre diz: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”
Nesse versículo Jesus explica que aquelas suas palavras têm por finalidade dá paz aos discípulos, no entanto, logo em seguida afirma que no mundo eles (e nós) padecerão aflições. Percebamos, portanto, que a paz do Senhor não significa que estaremos sempre livres das aflições, mas, que as suportaremos e venceremos com bom ânimo. Penso que nesse ponto é que reside o fundamento da diferença entre a falsa paz dada pelo mundo e a paz verdadeira em Cristo Jesus.
Ocorre que a paz do mundo busca ser algo externo, que conseguimos por meio de atos exteriores e que, segundo essa lógica, ao fim de nossos esforços por alcança-la premia-nos com uma tranquilidade paradisíaca.
Esse conceito distorcido é o que resulta no fracasso de todos os movimentos, organismos, esforços e instituições em prol da paz que já se construíram em nosso planeta, porque todos eles enxergam a paz como algo externo a ser conquistado e não algo interno a ser distribuído.
Ora, para nós, cristãos, que conhecemos à verdade, e por isso somos livres dessas ilusões, sabemos que o mundo em que vivemos não é aquele imaginado por Deus na criação (Gn. 1.31), mas um mundo corrompido em virtude do nosso pecado (Gn.3.18), dessa forma é utópico acharmos que, antes da volta do Senhor, conseguiremos, de algum modo, vivermos uma vida só de alegrias e felicidades. Os problemas existem e, vez por outra, nos atingirão.

A paz do mundo

Na verdade, a carência de paz que todo ser humano sente e que é o motivo da multiplicação exorbitante desses movimentos em prol dela, tem um significado escatológico, e percebemos isso claramente quando lemos, no capítulo 5 da primeira epístola de Paulo aos tessalonicenses, o alerta do apóstolo ao dizer: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. ”. (1Ts. 5.3).

Portanto, percebemos que a paz não é algo exterior, mas sim um estado de espírito que alcançamos quando buscamos de todo o nosso coração a comunhão com o Senhor.

É patente que a paz que o mundo quer oferecer é ilusória e improdutiva, se reduzindo, quando muito, há momentos de lazer, diversão e, na grande maioria das vezes, lascívia. Porém, essas coisas, além de serem passageiras, apenas ocultam a dor e o sofrimento, não os elimina; de alguma forma eles sempre estarão presentes torturando a vida daqueles que buscam tal paz.
Lembremos que o escritor da epístola aos hebreus classifica esse tipo de vida como “prazeres transitórios do pecado” (Hb. 11.25) e que o apóstolo Paulo expõe a oposição que há entre o pendor da carne que gera a morte e o do Espírito que traz vida e paz. (Rm. 8.6).
Portanto, percebemos que a paz não é algo exterior, mas sim um estado de espírito que alcançamos quando buscamos de todo o nosso coração a comunhão com o Senhor. Essa é a paz de Cristo, a paz da comunhão, do amor que cobre a multidão de pecados (1Pe. 4.8).

A Paz do Senhor

A paz do Senhor é algo que vem de dentro para fora e não de fora para dentro. Lembremos que Cristo nos ensinou que o que nos contamina não é o que vem de fora para dentro, mas o que vem de dentro para fora (Mt. 15.11). Não é o exterior que tira a nossa paz, mas sim o nosso interior, pois é através dele que enxergamos, traduzimos e introjetamos os eventos externos.
Se possuirmos o coração repleto do Espirito Santo, teremos paz, independentemente do que ocorra a nosso redor. Lembremos que o apóstolo Paulo, se referindo a ele próprio, afirmava que “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos. (2Co. 4.8-9). O apostolo Paulo tinha paz, a verdadeira paz, e nós também podemos tê-la.
Essa é a paz do Senhor, a única paz, que excede todo o entendimento e guarda o nosso coração e nossa mente em Cristo Jesus. (Fp. 4.7).

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